O Bando das Cavernos e o Bichinho-da-Leitura
05 de dezembro de 10 000 a.C.
15h – Nada sede do Bando das Cavernas
– Acooorda! – gritava a Ruby, enquanto o Tocha, o Menir, o Kromeleque, o Sabre e o Tzick subiam até à casa no alto da árvore, onde os nossos amigos do Bando gostavam de se encontrar depois das aulas.
– O que se passa? – perguntou o Tocha, curioso.
– Estou a tentar despertar o Bichinho-da-Leitura! – respondeu a Ruby.
– Bichinho-da-leitura? – espantou-se o Kromeleque, aproximando.se para observar mais de perto a pequena criatura que dormia profundamente sobre os livros de aventuras do Bando.
– Grrrrraaauuuu! – rosnou o Sabre, o grande tigre.
– Tzick! Tzick! – fez o lagartinho voador, sobrevoando o bichinho.
– Como é que sabes que é o Bichinho-da-Leitura? – perguntou ainda o Tocha.
– Porque está escrito nesta folha que encontrei ao seu lado! – respondeu a Runy, mostrando um papel.
– Já repararam que ele foi logo deitar-se mesmo junto aos livros da nossa coleção? – sorriu o Menir.
– Pois é! – exclamou o Kromeleque. – Como terá ele vindo aprar a qui e porque será que não acorda?
– Esperem – disse de repente a Ruby –, afinal há mais qualquer coisa escrita no outro lado da folha!
O Bando reuniu-se de imediato à volta da sua amiga. A Ruby leu em voz alta:
– «Para despertarem o Bichinho-da-Leitura, terão de o levar até ao território da Tribo-dos-Livros-Fixes, que fica mesmo no coração da Floresta da Imaginação!»
– Boa! – disse logo o Kromeleque. – Imaginação é comigo. Mas… onde é que isso fica?
– «Atenção!» – continou a Ruby a ler. – «A Floresta da Imaginação encontra-se entre o território da Tribo-dos-Doidos-Varridos e da Tribo-dos-Pensadores. Todos eles guerreiros temíveis, sem qualquer medo das palavras.»
– Bem – exclamou o Tcoha, quebrando o silêncio que se seguiu –, então estamos à espera de quê? Vamos lá a essa floresta. – E, virando-se para o Menir, disse: – Como és o mais forte, levas tu o Bichinho-da-Leitura do colo!
Estavam a descer da árvore quando o Menir exclamou:
– Sinto um bichinho aqui…
– Claro que sentes – interrompeu o Kromeleque –, levas o Bichinho-da-Leitura ao colo e…
– Não! – explicou o Menir – Sinto um bichinho no estômago. Acho que estou com fome!
Claro que ao ouvirem estas palavras do amigo, todos desataram a rir, menos o Bichinho-da-Leitura, que continuava profundamente adormecido.
Capítulo II
Guilherme Dias, 9 anos
Depois o Bichinho-da-Leitura acordou e disse:
– Olá, quem são vocês?
– Eu sou o Tocha.
– Eu sou a Ruby.
– E eu sou o Kromeleque.
– O que estão a fazer na minha casa? – perguntou o Bichinho-da-Leitura.
– Isso perguntamos nós! Estás a dormir em cima dos nossos livros – disse o Menir.
– Porque tens um papel ao teu lado a dizer Bichinho-da-Leitura? – perguntou o Tocha.
– Bem, realmente o meu nome é tito-rabito – respondeu o Bichinho-da-Leitura.
– Então porque mudaste de nome? – perguntou o Kromeleque.
– Porque anda um grupo de três pessoas atrás de mim.
– São o bando dos que têm a mania de que são bons?
– Sim, são esses – respondeu o Bichinho.
– O que querem eles de ti? – perguntou a Ruby.
– Querem obrigar-me a ir buscar a sua bola.
– Nós amanhã vamos dar-lhe uma lição. Por enquanto fica aqui.
No dia seguinte, prepararam uma armadilha para eles, e eles ficaram de pernas para o ar e todos se riram.
Capítulo III
Por Joana Ferreira, 8 anos
No dia seguinte, o Bando das Cavernas acordou, enquanto o Bichinho-da-Leitura permaneceu adormecido. Como a Ruby tinha lido na folha, tinham de o levar até ao território da Tribo-dosLivros-Fixes, na Floresta da Imaginação. Como ninguém sabia onde ficava tal floresta, a Ruby foi buscar o seu Livro das Curiosidades e encontraram um mapa sobre como chegar lá.
– Olhem, aqui é o Prado das Zebras Risotas! -exclamou o Kromeleque – Porque será que se chama assim?
– Pelo que diz aqui – disse a Ruby – parece que é porque as zebras que lá vivem estão sempre a rir!
– Ah! Ah! Parece que também precisamos de passar pelo campo das Ervas Danadas! – riu-se o Menir – Com este nome, se nos morderem os tornozelos, quem vai ficar danado sou eu!
E todos desataram a rir.
Depois de se recomprem, decidiram pôr pés ao caminho.
– Quem leva a merenda? – perguntou o Menir – É que é muito provável que eu fique com fome durante a viagem!
– Oh meu guloso, sempre a pensar em comida! – disse o Kromeleque.
Começaram então a viagem para o território da Tribo-dos-Livros-Fixes.
Passado algum tempo, chegaram ao Prado das Zebras Risotas e logo ficou claro porque se chamava assim. As zebras passavam o dia a contar anedotas e a rir.
– Ei, sabes qual é o cúmulo da estupidez? – perguntou uma zebra ao Tocha.
– Não! Qual é? – respondeu o Tocha.
– É um restaurante ao meio dia ter uma placa a dizer “Fechado para almoço”!
Todos os elementos do bando rebolaram no chão a rir.
Quando conseguiram sair daquele prado, retomaram a caminhada e aceleraram o passo, sempre com Menir a segurar o Bichinho-da-Leitura com muito cuidado.
Chegaram enfim ao Campo das Ervas Danadas. E aí tiveram mesmo de correr a sete pés porque as ervas não paravam de lhes morder os tornozelos!
– Ai! Ui! – gritaram todos enquanto fugiam.
Quando se livraram das Ervas Danadas, pararam para consultar o livro da Ruby. Perceberam que estavam já muito perto do território da Tribo-dos-Livros-Fixes.
Andaram mais um pouco e, quando chegaram, repararam que o Bichinho da Leitura estava a começar a abrir os olhos!
Quando despertou completamente, saltou das mãos do Menir e começou a correr em círculos, muito contente!
– Parece feliz por estar em casa! – disse a Ruby.
E todos se sentiram muito felizes por terem cumprido esta missão!
Capítulo IV
Por João Melo, 6 anos
19h00 – Na casa do Kromleque
– Esta série está a ser muito fixe! – disse o Tocha.
Mas enquanto o Bando estava reunido em casa do Kromeleque, depois de um dia cheio de aventuras, o Bichinho-da-leitura ficou cheio de saudades do Bando das Cavernas e decidiu por isso voltar para a Sede do Bando, pensando que eles estavam lá. Só que quando lá chegou estava tudo silencioso e então o Bichino resolveu procurá-los por toda a cidade.
Depois de muito procurar, já só faltava ver em casa do Kromeleque. Abriu a porta e viu os nossos quatro amigos a verem a série. O Bichino-da-leitura saltou de imediato para o sofá e ficou a ver a série, aconchegado no meio dos nossos amigos.
O Bando das Cavernas, já convencido que tinha de ir outra vez passar pelo território da Tribo-dos-Livros-Fixes e pelos territórios da Tribo-dos-Doidos-Varridos e da Tribo-dos-Pensadores, viu de repente o Bichinho-da-leitura a sair pela porta. Foram todos espreitar pela janela para ver o que ele estava a fazer, mas o Bichinho-da-leitura estava a regressar sozinho para a sua cidade. Tinha aprendido o caminho!
À noite estavam todos felizes!
– Esta aventura foi boa, mas boa! – disse o Kromeleque.
– Quando nós estamos cansados, o Bichinho-da-leitura vai sozinho para casa! E desataram todos a rir!
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