Para estes programas em família basta espírito de aventura e boa disposição. São brincadeiras e jogos diferentes que vão surpreender os mais novos e divertir toda a família.
Ir à procura de pirilampos
Pode não ser fácil, mas que é mágico ninguém pode negar. Se nunca o fez com os miúdos, está na hora de partilhar com eles uma das aventuras mais fascinantes que as noites de verão nos oferecem: ver pirilampos. O primeiro passo é procurar um local arborizado e pouco iluminado, por isso, esqueça os centros das cidades e vá para o campo. Os melhores meses para os encontrar são maio e junho, mas é possível observá-los até agosto. Se vive na zona da Grande Lisboa, o parque natural da Arrábida é perfeito. Há quem tente apanhar os pirilampos e metê-los em frascos, mas nós sugerimos apenas desligar as lanternas e apreciar o espetáculo. Sabia que em Portugal estão identificadas 10 espécies de pirilampos?
Trocar de papéis
Às vezes, eles dizem que querem ser crescidos para fazerem «o que lhes apetece». Que tal aproveitar a ocasião e propôr-lhes serem adultos por um dia e vocês serem crianças? O desafio é trocar de tarefas e responsabilidades por um dia: os miúdos ficam encarregues de irem ao supermercado fazer as compras do dia, cuidarem do animal de estimação (se tiverem, claro) e tratarem do jantar. Os mais radicais, podem também escolher a roupa para os pais usarem no dia seguinte. Os adultos, por sua vez, não precisam de fazer a cama ou arrumar a cozinha antes de sair de casa para o trabalho, podem comer doces antes do jantar e ver televisão enquanto os miúdos arrumam a cozinha. Mas pode ajudá-los um bocadinho e fazer-lhes os TPC. Só hoje!
Ensinar a fazer algo antigo
Se não houvesse dezenas de canais de televisão, nem computadores ou telemóveis, como passaríamos o tempo? Talvez a fazer croché ou origami. Bora lá? Aproveite um dia chuvoso e ensine aos mais novos uma atividade do tempo da sua infância ou dos seus avós. Fazer um cachecol em tricô, bordar em ponto cruz o nome da banda de música que eles preferem ou construir um carrinho de rolamentos podem ser boas ideias. Não sabe? Procure tutoriais no youtube e vai, com certeza, encontrar o que precisa.
Limpar a praia
Junte a família, passe-lhes sacos do lixo e luvas de borracha para a mão e leve-os para a praia. Organizar uma limpeza de praia pode ser uma boa maneira de sensibilizar os mais novos para os problemas ambientais, como a poluição e o desperdício. Para que lhes faça mais sentido, escolha uma praia para onde costumem ir. A melhor altura é de manhã, de preferência com a maré vazia. Podem atribuir tarefas: uns apanham beatas, outros garrafas, outros embalagens várias ou cordas. No final, podem pesar os sacos e anotar quanto lixo apanharam. Divertiram-se? Podem repetir!
Escrever cartas uns aos outros
Lembra-se da última carta que escreveu ou que recebeu na caixa do correio? E-mails não valem… Escrever cartas é uma atividade que caiu em desuso e é muito provável que os seus filhos nunca tenham recebido uma. Proporcione-lhes essa satisfação ao abrirem o correio, e peça-lhes que lhe escrevam a si também. Todos têm de o fazer para que todos possam receber. Mas tem de ser feito a sério: num envelope, com selo e metido num marco de correio.
Passar um dia sem ecrãs
Não suspire já de alívio: este é um desafio para fazer em família, por isso, os adultos também têm de pôr os telemóveis de lado. Não é fácil desligar todos os aparelhos e ficar offline, mas vale a pena experimentar. O desafio começa de manhã e prolonga-se até à hora de deitar, talvez num fim de semana, para evitar desencontros e problemas no trabalho. Quando os miúdos começarem a resmungar, ponha-lhes um jogo de tabuleiro à frente ou as batatas que precisam de ser descascadas para o assado do almoço. Se estiver bom tempo, saiam de casa, peguem nas bicicletas, joguem à macaca, vão fazer uma caminhada ou jogar à bola. Diga-lhes que não se trata de um castigo, mas de uma oportunidade para se divertirem juntos.
Fazer um «retrato» de família
Esqueça a máquina fotográfica ou a câmara do telemóvel: estes retratos são especiais. A ideia é cada elemento da família desenhar e colorir o retrato de um outro. Não valem autorretratos, tem muito mais piada perceber como os outros nos veem! Depois, emoldurem os retratos e pendurem-nos na parede para fazerem uma original «galeria de família», que garantirá gargalhadas a todos os que forem a vossa casa.
Dar um passeio de olhos vendados
Este é um passeio só para corajosos, mas os mais medricas podem arriscar. Como funciona? É simples: escolham um local relativamente calmo, como um jardim. A pares, um venda os olhos e o outro pega-lhe na mão e faz de guia. Não tenham pressa, pois a ideia não é pregar sustos. O melhor é andarem devagar para a pessoa que não está a ver possa prestar atenção aos sons e aos cheiros que o rodeiam sem se preocupar com quedas. Um excelente exercício de concentração e confiança.
Escrever um cadáver esquisito
É provável que conheça este jogo e o tenha feito em criança. Trata-se de um jogo coletivo criado pelos surrealistas franceses no início do século passado. A ideia era subverter o discurso literário, já a nossa sugestão é escrever-coisas-malucas-e-engraçadas. Numa folha de papel A4 uma pessoa escreve uma frase e dobra o papel de forma a que não se veja. Passa o papel a outro jogador que faz o mesmo e assim sucessivamente. Devem ser frases curtas e com ideias cómicas. Quando chegarem ao fim da folha, desenrolam e leem o resultado. De certeza que vai acabar em risota!
Uma curiosidade: o nome do jogo tem origem no primeiro jogo conhecido escrito pelos surrealistas que começava com a frase «O cadáver esquisito beberá/o vinho novo».
Ver as estrelas
Aproveite as férias ou um fim de semana e, no meio da natureza, ponham os narizes ao alto. Se meter um manta debaixo do braço, podem deitar-se confortavelmente e apreciar o escuro da noite. Há aplicações para telemóvel que ajudam a identificar as constelações. Se o fizer em agosto, é muito possível que assista à famosa chuva de estrelas perseidas, ou seja, o rasto de meteoros deixados pelo cometa Swift-Tuttle que todos os anos é visível nesta altura.
Organizar um concurso de subir às árvores
Calcem os ténis e vistam umas calças velhas. Pode haver estragos e até um joelho esfolado, mas vale a pena subir a uma árvore e mudar a maneira de ver o mundo. Neste concurso, têm de participar miúdos e graúdos; as árvores devem ser de tamanho semelhante e começam todos ao mesmo tempo ao sinal de «partida». Evitem os galhos finos, para não os quebrarem: neste concurso, valem todas as macacadas, menos estragar as árvores… e dar grandes trambolhões.