Francisco Alves, 10 anos,conquistou a alcunha de”especialista” por ser o mais entendido em matéria de diábolos na turma do 4.º A da EB1 JI Sá de Miranda, em Oeiras. Aos poucos, mais colegas de turma se entusiasmaram com os malabarismos que esta espécie de ioiô gigante permite fazer e, às tantas, até a professora se deixou conquistar. “Passámos a usar o diábolo para estudar matemática”, conta, entusiasmado. Beatriz Silva, 9 anos, explica a ideia: “Por exemplo, basta olhar para o diábolo para vermos que ele é composto por duas meias esferas.”
As figuras geométricas e os ângulos são as matérias que turma aplica aos diábolos. Assim, ao mesmo tempo que praticam truques no recreio, reveem a matéria dada. Marta Costa, 9 anos, está contente por a turma ter descoberto esta brincadeira, e não é só por causa da utilidade na matemática. “Agora fazemos mais coisas além de estarmos no computador ou com o telemóvel”, diz, sorridente. Madalena Santos,10 anos, deixa uma mensagem de alerta: “Uma vez decidi treinar em casa e parti um candeeiro…
Aconselho toda a gente a só praticar ao ar livre.” Arpad Marques Terner, 7 anos, não pertence ao 4.º A, mas também é fã de diábolos e já viveu algumas aventuras por causa desta brincadeira… “Uma vez ficou preso no ramo de uma árvore e tive de ir lá busca-lo!”, conta, divertido. Além de praticar sozinho, Arpad também participa nos ateliers de circo do Chapitô, em Lisboa, onde aprende alguns truques, tal como Clara Pestana, 9 anos, que se entusiasmou com os diábolos porque adora ver os movimentos no ar. “Calma” é, na opinião de Clara, a palavra-chave para conseguir apanhar o diábolo depois de o atirar ao ar e também o segredo para não perder a paciência quando não se faz um truque à primeira. Enquanto o 4.º A presta mais atenção à matemática do jogo, Arpad e Clara destacam a coordenação de movimentos como uma das principais vantagens desta brincadeira. Por isso, toca a mexer!