A s osgas são répteis, ou seja, têm o corpo coberto de escamas. Dependendo das espécies, o tamanho pode variar entre os pequeninos 1,8 centímetros da osga-anã, da República Dominicana, aos 30 centímetros da osga-gigante-da-Nova-Caledónia!
Imagina! A primeira cabe numa moeda de 5 cêntimos e a outra tem o comprimento da revista VISÃO Júnior!
Em Portugal, vivem três espécies de osgas: a osga-turca, a osga-moura e a osga-das-selvagens. As duas primeiras são comuns, existindo, também, noutros países. A última só existe nas ilhas Selvagens, no arquipélago da Madeira, ou seja, é uma espécie endémica desta zona.
Em Madagáscar vivem osgas de hábitos diurnos, tais como a PHELSUMA. De cor verde brilhante e com manchas azuladas, esta osga está bem camuflada entre a vegetação.
Alimenta-se de insectos e de néctar das flores.
Todas diferentes, todas iguais
A família das osgas é bem variada Nas fl orestas da Ásia vive a OSGA-VOADORA-DE-KUHL (Ptychozoon kuhli), cujo corpo, patas e cauda têm membranas especiais que as ajudam a planar de árvore em árvore!
Como são seres vivos de “sangue frio”, não controlam a temperatura do corpo, ao contrário dos mamíferos. Assim, as osgas apenas existem em zonas do nosso planeta onde as temperaturas não são muito baixas. Vivem nos trópicos, nas regiões mais desérticas e nas zonas quentes.
Para se aquecerem colocam-se ao sol, perto das tocas onde se escondem. Quando as temperaturas descem, no Inverno, as osgas conseguem hibernar.
Preferem fazer as suas vidas durante a noite e saem dos seus refúgios ao final do dia. Muitas vezes são vistas nas paredes, junto dos candeeiros, à espera dos insectos atraídos pela luz. Comem insectos e pequenos animais e são muito importantes no controlo de insectos nocivo, como os mosquitos, que nos podem transmitir doenças quando nos picam.
Se as osgas desaparecessem, além de perdermos riqueza natural, poderíamos ser invadidos por insectos!
Tal como os outros répteis, as osgas põem ovos. Por exemplo, as fêmeas da osga-moura, também chamada osga-comum (Tarentola mauritanica), colocam um a dois ovos debaixo de pedras ou em buracos.
Engenharia nas patas
Como é que as osgas conseguem andar nas paredes, nos tectos e sobre o vidro? O segredo está nas patas. Estão forradas de pequenas escamas com a forma de pêlos, muito fininhas, as setae. Cada setae é cerca de 35 vezes mais fina que um cabelo dos teus!
Uma autêntica creche! Dependendo da temperatura ambiente, os ovos levam entre 5 e 12 dias a incubar, até nascer a pequena osga. Completamente inofensivas, as osgas não nos fazem mal algum. Se, por acaso, encontrares uma dentro de casa, é porque está muito calor ou porque foi atrás de insectos!
Não te quer fazer mal, só se enganou no caminho! Basta que abras a janela para ela sair!