Os filmes estão agrupados por géneros e, para ajudar à escolha, indicamos as idades aconselhadas. Depois, só têm de enterrar-se no sofá e puxar a manta. Divirtam-se.
AVENTURA
Indiana Jones e Os Salteadores da Arca Perdida
Já lá vão mais de 40 anos desde a estreia em Portugal, mas a saga Indiana Jones continua tão emocionante como na década de 1980. Este foi o primeiro dos quatro filmes que nos contam as aventuras do destemido arqueólogo Dr Henry Walton “Indiana” Jones, Jr., protagonizados por Harrison Ford.
Em junho, estreia-se no cinema o quinto título da saga, Indiana Jones and the Dial of Destiny. Aconselhamos, por isso, a começar pel’Os Salteadores da Arca Perdida e devorar, uma a um, todos os filmes da saga em casa. Gargalhadas e arrepios não vão faltar.
M/12
Hook
Mais um filme assinado por Steven Spielberg que entrou rapidamente para a prateleira dos ‘filmes que tenho de voltar a ver com as crianças’. Protagonizado por Robin Williams e Dustin Hoffman, o filme revisita a história de Peter Pan. Agora, já adulto e pai de dois filhos, Peter perdeu todas as lemranças de infância.
Porém, quando os filhos são raptados por capitão Gancho, Peter é obrigado a regressar à Terra do Nunca, com a ajuda da fada Sininho, que lhe ‘sopra’ as recordações antigas. É então que a aventura começa!
M/6
Jumanji: Bem-vindos à Selva
Com efeitos especiais mais atuais, mas com níveis de aventura semelhantes, Jumanji (2107) tem a receita perfeita para agarrar miúdos e graúdos. As piadas e os momentos de perigo estão tão bem equilibrados que o filme não permite fechar os olhos. Com um enredo que vai de encontro aos interesses dos mais jovens (videojogos, realidade virtual, avatares), é uma boa aporta para um tarde fria enterrados no sofá.
M/12
ANIMAÇÃO
Coco
O feriado do Dia dos Mortos é o mote deste ternurento musical da Pixar Studios. Conta a história de Miguel Rivera, um menino mexicano de 12 anos, que se vê inesperadamente «atirado» para o mundo dos mortos.
Para ajudá-lo a regressar ao mundo dos vivos, Miguel precisa da ajuda do trisavô músico, e é então que começa a desvendar a história da sua família. O tema da morte é tratado com delicadeza e inteligência neste filme que comove novos e velhos.
M/6
Os Monstros das Caixas
Fábula encantadora e poética, apesar do ambiente decadente em que decorre a história. Cada frame é uma obra de arte e a história não se fica pelo óbvio. Metáforas e alegorias não faltam, pelo que, apesar de ser um filme para maiores de 6 anos, talvez escapem algumas ideias aos mais novos.
A história passa-se em Ponte de Queijais, uma cidade cujos habitantes ricos têm uma obsessão por queijos. Assustados, acreditam que, debaixo de suas casas e ruas, vivem monstros que lhes querem roubar os queijos e os filhos. Contudo, os «monstros» são, afinal, criaturas dóceis que apenas gostam de se vestir com caixas de cartão. Onde está, afinal, o perigo: abaixo ou acima do solo?
M/6
A Ganha-Pão
Nomeado para o Óscar de Melhor Filme de Animação em 2001, este filme não podia ser mais atual, já que a história desenrola-se num Afeganistão dominado pelos talibã. É ali que Parvana, uma menina de 11 anos, vê a sua vida mudar completamente quando o pai é injustamente preso.
Como, segundo a lei talibã, as mulheres estão proibidas de trabalhar fora de casa, Parvana, a mãe e a irmã ficam em dificuldades. É então que a menina, correndo todos os riscos, decide disfarçar-se de rapaz para ajudar a família a sobreviver. Um filme duro mas atual, excelente ponto de partida para conversas em família sobre os direitos humanos.
M/12
FANTASIA
Charlie e a Fábrica de Chocolate
Juntemos a imginação de Roald Dahl – o brilhante autor de livros como Matilda, O Grande Gigante Gentil e As Bruxas – à excentricidade de Tim Burton e o resultado é um doce exagero a que é difícil ficar indiferente. Johnny Depp ajuda à festa, dando corpo ao excêntrico Willy Wonka, o dono da lendária fábrica de chocolate que ninguém visita há 15 anos.
Mas o chocolateiro está cansado e decide dar a um punhado de crianças a oportunidade de visitarem a fábrica, escondendo aleatoriamente cinco «bilhetes dourados» dentro de chocolates. Um dos bilhetes é encontrado por um menino pobre que não acredita na sua sorte. Uma história extradoce, imprópria para diabéticos e para aqueles que não gostam de finais felizes.
M/6
O Regresso de Mary Poppins
Em 1964, Julie Andrews imortalizou a simpática ama que consegue voar com a sua sombrinha. O musical resistiu ao tempo, a ama cantora encantou gerações até que, em 2018, Hollywood decidiu ressuscitá-la e Emily Blunt vestiu-lhe a pele em O Regresso de Mary Poppins.
Diz quem viu os dois (esta que vos escreve incluída) diz que a magia não se perdeu: o feitiço de Mary continua a funcionar e vai, de certeza, encantar toda a família. É difícil não regressarmos à infância ao vermos as maravilhosas cenas que misturam imagem real e desenho animado.
M/6
A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares
Baseado no primeiro livro da trilogia com o mesmo nome, este filme leva-nos a um universo de pura fantasia – um quanto ao quanto mórbida -, bem ao gosto de Tim Burton. Na casa que dá nome ao filme, vivem crianças e jovens com características e dons que os tornam peculiares e verdadeiros párias. Há quem seja invisível, quem coma com a nuca ou consiga voar. E todos estão a cargo da enigmática Sra. Peregrine, que os protege.
Mas este mundo, a que Jacob, um rapaz de 16 anos, tem acesso acidentalmente através de uma fenda temporal, não é exatamente o nosso . Ali, nada é o que parece ser. Um filme que nos fala de amizade, empatia e coragem e no qual não faltam fantasia e uns terríveis monstros para «agitar» as águas.
M/12
PARA VER E COMENTAR
Recreio
Um murro no estômago. Assim é a primeira longa-metragem da realizadora belga Laura Wandel que se debruça sobre o bullying e nos leva de mão dada até ao recreio de uma escola primária. E ali somos largados, tal como a pequena Nora, que entra para o primeiro ano e descobre um novo mundo – semelhante ao dos adultos, mas não tão acolhedor quanto deveria ser.
O título original do filme é, aliás, Un Monde, e é nesse mundo, delimitado pelas grades da escola, que assistimos a atos de crueldade e sofrimento. Um filme duro sobre a infância, que deve ser visto em família e que pode ajudar à discussão sobre o bullying.
M/12
A Vida é Bela
Se tem mais de 30 anos, dificilmente terá perdido este filme de Roberto Begnini, enorme sucesso de bilheteira na década de 1990, que emocionou milhões de pessoas em todo o mundo. Fazer uma comédia passada num campo de concentração nazi parece coisa impossível, mas Begnini não só o fez, como o conseguiu fazer de forma comovente e delicada.
O filme conta a história de um judeu italiano que, ao ser levado para um campo de concentração com a mulher e o filho pequeno, decide poupar o menino à realidade. Para isso, fá-lo acreditar, através das suas brincadeiras, que toda a situação não passa de um jogo, cujo objetivo é ganhar um tanque de guerra.
M/12
Clube dos Poetas Mortos
A década de 1980 estava a terminar quando o filme de Peter Weir chegou aos cinemas e pôs toda a gente a dizer Carpe diem, uma experessão latina que significa «aproveita o dia» ou, numa forma mais lata, «vive o momento».
Robin Williams interpreta John Keating, um professor pouco ortodoxo de Inglês que agita as águas no colégio masculino de elite onde começa a dar aulas. Através da poesia e do seu método de ensino incomum, incita os alunos a tornar as suas vidas maravilhosas e a lutar pela liberdade. Mas essa é uma luta difícil.
M/12