Um meteorologista é a pessoa responsável pela previsão do tempo, o que implica inúmeros cálculos que as pessoas nem imaginam. Todos os dias, usamos modelos matemáticos e físicos para estudar os movimentos na atmosfera como temperaturas, ventos e ondas, que depois analisamos.
Na sala de previsões meteorológicas, os ecrãs mostram vários gráficos e imagens de satélite e de radar que são enviadas por equipamentos espalhados pelo nosso país e pelo mundo. Depois de analisar estas informações, o meteorologista pode dizer como vai estar o tempo.

O que tem de estudar?
O curso mais indicado é o de Meteorologia, Oceanografia e Geofísica, que existe em Lisboa e em Coimbra. Há outros semelhantes – mas com nomes diferentes – no Porto. No entanto, muitos meteorologistas estudaram Matemática, Física ou Biologia. Para seguires estes cursos, tens de escolher Ciências e Tecnologia, no Secundário.
Como é o seu dia a dia?
Os meteorologistas trabalham por turnos de 12 horas para que a vigilância seja permanente. Quando chegam ao IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) começam com a passagem de turno: quem lá está explica a quem chega o que se passou nas últimas horas. Depois analisam dados e informam a Proteção Civil sobre as previsões do dia.
No verão dá-se mais atenção aos riscos de incêndio; no inverno, o mais importante é o vento, a chuva e a agitação marítima. Ao longo do dia, vão verificando os dados para informarem a comunicação social. Acreditas que ainda há pessoas que ligam para o IPMA para saber como vai estar o tempo?
Qualidades que um meteorologista deve ter
- Responsabilidade (porque a previsão do tempo pode influenciar a vida das pessoas)
- Capacidade de concentração
- Lidar bem com o stresse
- Capacidade de adaptação (para, por exemplo, trabalhar em turnos rotativos)
Porque gosto da minha profissão
Nunca pensei trabalhar como meteorologista. Depois de tirar [a licenciatura de] Agronomia, vim para o IPMA estudar a situação hídrica das plantas. De seguida, fiz um curso de formação para meteorologista e fiquei cá.

Aquilo de que gosto mais é do desafio: venho sempre curioso por saber o que se passa na atmosfera e interpretar essas situações. Gosto também de descodificar a informação para o público, ou seja, o que preciso de dizer, e como, para que as pessoas entendam.
Este artigo foi originalmente publicado na VISÃO Júnior nº 175