Agora que já podemos sair de casa (com todos os cuidados, claro!), há que aproveitar o sol, o ar livre e recuperar o tempo perdido. Eis cinco ideias de locais a visitar e de que os seus filhos vão gostar. Sem gastar dinheiro!
Conhecer o Castelo de S. Jorge e fazer ioga
É verdade, um dos monumentos mais visitados em Portugal é gratuito para quem vive no concelho de Lisboa. E vale mesmo uma visita. Aqui poderá passear nas muralhas, serpentear entre o arvoredo, apreciar a maravilhosa vista da cidade. E imaginar com os seus filhos como era viver no bairro islâmico que lá existia no séc. XI, pensar como D. Afonso Henriques terá conquistado o castelo aos mouros (e como estes terão vivido durante o cerco de três meses). As crianças também vão gostar de passear pelas ruas estreitas que têm de se percorrer até chegar à entrada do Castelo – e é aproveitar enquanto os turistas não voltam em peso.
Há também atividades gratuitas para fazer em família, que exigem inscrição prévia. A oficina para toda a família «Puzzles com História – Reconstruir Monumentos da Cidade», em que podem participar miúdos a partir dos 6 anos e os pais, realiza-se no dia 15, às 11h e 15h. E nas segundas-feiras de maio (nos dias 10, 17 e 24), às 6 da tarde, há aulas adaptadas com princípios de ioga e pilates, abertas a pessoas entre os 6 e os 60 anos: já imaginou a maravilha de estar ao ar livre a fazer uma aula, com aquela vista, em família?
Castelo de S. Jorge. Todos os dias, 10-19h. Oficina para a família «Puzzles com História – Reconstruir Monumentos da Cidade», dia 15, 11h e 15h. Aulas de ioga e pilates duas 10, 17, 24, às 18h. Inscrições prévias obrigatórias: info@castelodesaojorge.pt ou tel. 218 800 620
Aproveitar o Festival Jardins Abertos
Nos fins de semana de 22 e 23, e de 29 e 30, os jardins mais bonitos de Lisboa estão abertos gratuitamente, graças a esta iniciativa promovida por amantes do ar livre e da natureza nas cidades. Há visitas livres (sem necessidade de inscrição prévia) à Quinta Pedagógica dos Olivais, Estufa Fria e Parque Botânico do Monteiro Mor, visitas guiadas e atividades para famílias (frutas e legumes, os animais que vivem nas plantas, o que é biodiversidade), que decorrem nos jardins do Museu de Lisboa e na Quinta Pedagógica dos Olivais. A inscrição é obrigatória e tem de ser feita na segunda-feira anterior à atividade.
Vários locais de Lisboa, 22 e 23 de maio, 29 e 30 de maio. Programação completa e mais informações em https://www.jardinsabertos.com/
Brincar às escondidas numa peça de Joana Vasconcelos
Bem no centro do Largo do Intendente, está uma peça de Joana Vasconcelos, artista plástica que os miúdos conhecem e de quem habitualmente gostam muito. «Obra de arte viva e multifuncional», que é ao mesmo tempo «escultura, banco e jardim», faz as delícias de quem gosta de jogar à apanhada sem ter de correr, pois uma pessoa esconde-se facilmente (e sem perigo) na escultura. Outras obras de arte que costumam fazer as delícias das crianças estão no Parque das Nações: a girafa que se vê ao espelho, de Fernanda Fragateiro (ao pé do Pavilhão do Conhecimento), e os cones de ferro de Rui Chafes (a peça chama-se ‘Horas de Chumbo’), na zona do Pavilhão de Portugal, que nos permite ouvir o eco da nossa própria voz e o barulho do vento.
Largo do Intendente e Parque das Nações
Tocar numa barra de ouro verdadeira!
Apesar de estar instalado num sítio cheio de passado (a antiga Igreja de S. Julião), o Museu do Dinheiro é um museu do futuro: permite a quem o visita uma experiência muito interativa. Tocar numa barra de ouro verdadeira, ver filmes em 3D, ecrãs porque o visitante vai interagindo com o que aprende e vê sobre a história do dinheiro, ver como ficaria a nossa cara numa nota, cunhar uma moeda são algumas das experiências.
Largo de S. Julião (Baixa). De 4ª a dom, 10-18h.
Sair da cidade…. sem sair da cidade (e trepar a aranha)
O Parque do Bensaúde é um dos segredos mais bem guardados de Lisboa. Não tem um parque infantil, mas há aqui uma daquelas enormes estruturas em forma de aranha a que as crianças podem trepar – com a vantagem de estar rodeada de árvores, num sítio que nos faz esquecer completamente a cidade. Ainda por cima, há no Parque umas simpáticas mesas para piquenique (são poucas, atenção), equipamentos de fitness e, sobretudo, muito espaço para as crianças brincarem e os pais lerem aproveitando a sombra dos plátanos. Vive por lá o sobreiro mais antigo identificado na cidade de Lisboa.
Parque Bensaúde, final da Rua Francisco Baía (perto do Estádio de Benfica).