Abril é sempre o mês da liberdade, por causa da revolução que há 47 tornou possível que hoje nos expressemos sem medo. Mas este ano, por causa do desconfinamento, a ideia ganha um significado muito próprio. Sejamos livres, pois então! Eis as nossas 9 sugestões para pais e filhos
Museus de portas abertas!
Na segunda-feira, dia 5, juntamente com as escolas do 1º, 2º e 3º ciclos, reabrem esplanadas e museus. E há museus que, além de uma visita, merecem também um passeio pelos seus jardins. Duas sugestões: em Lisboa, o Museu da Cidade, ao Campo Grande, tem um jardim onde se passeiam bonitos pavões e um pavilhão onde vale a pena espreitar a exposição sobre as hortas da cidade. No Porto, o inesquecível Parque de Serralves tem obras espalhadas pelo jardim, e um passadiço ao nível da copa das árvores que vale mesmo a pena experimentar.
Bibliotecas e livrarias abertas!
Amanhã, 2 de abril, assinala-se o Dia Mundial do Livro Infantil e a 23 o Dia Mundial do Livro. Bons pretextos para entrar numa livraria com os seus filhos e terem o prazer de desfolhar os livros que quiserem, descobrirem as novidades e deixarem-se encantar por mil e uma histórias. Esses sítios mágicos que são as bibliotecas (e hoje todos os municípios têm bibliotecas) também já estão de portas abertas. E há lá melhor passaporte para a liberdade do que um livro…
Entradas com desconto no Pavilhão do Conhecimento
O Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, em Lisboa, tem uma campanha especial para celebrar a reabertura de portas. Chama-se ‘Pais à beira de um ataque de nervos´ e oferece, na compra de um bilhete para criança, 50% do valor do bilhete de adulto. Subida a enorme escadaria exterior, os seus filhos vão logo divertir-se sentando-se na cadeira gigante, em frente à mesa gigante. Por lá pode ver-se, até 25 de abril, uma exposição muito atual: «Viral» fala-nos de bactérias, vírus e do poder da ciência.
Ver as cidades, sem turistas
Esta é uma boa altura para irmos aos sítios onde deixamos de ir, nas nossas cidades, por causa da quantidade de turistas. Passear no elétrico 28, em Lisboa, por exemplo, é agora possível com uma tranquilidade de quase já não tínhamos memória. É uma experiência ver o Martim Moniz, a Graça, a Sé, a Baixa e a Estrela à janela do 28. No Porto, o elétrico 1, que retoma a atividade no dia 5, sai do bonito do Jardim do Passeio Alegre, na Foz, e percorre a marginal do Douro até à Alfandega.
Festival Play: o que é a liberdade?
Ser livre pode ser não tomar banho ou acordar demasiado tarde para ir à escola? As curtas-metragens que o Festival Play, organizado pelo teatro Lu.ca, propõem falam sobre liberdade. Não podia ser de outra forma, já que estamos em abril.
10 e 11 de abril, 18h30, Facebook e Youtube do Lu.Ca. Para maiores de 6 anos.
O lápis azul, que cortava a liberdade
Uma leitura encenada a partir dos livros O Tesouro, de Manuel António Pina, e Era Uma Vez um Cravo, de José Jorge Letria, feita por Ana Ventura, abre a porta para contar aos mais pequenos o que se passava antes do 25 de abril (a censura usava lápis azul). Um espetáculo com a duração de 25 minutos.
23 de abril, 18h. 24 de abril, 10h30 e 11h45. Sala do teatro Lu.ca.
Aula aberta sobre instrumentos tradicionais
Será que consegue distinguir entre uma viola, uma guitarra, um cavaquinho ou um bandolim? Estes são instrumentos que fazem parte da nossa música tradicional, tema de uma aula aberta dada pelo músico Marco Campaniça, no Centro Cultural da Malaposta, para um público maior de 6 anos. Mais informações aqui.
24 de abril, 15h30. Inscrição prévia obrigatória. Maiores de 6 anos.
Teatro online: os sapatos do sr. Luiz
Enquanto as salas de espetáculo não reabrem (o que está previsto para dia 19), uma hipótese é ver uma peça online. O Teatro S. Luiz apresenta na sua sala virtual o espetáculo Os Sapatos do sr. Luiz, um espetáculo de Madalena Marques que nos vai levar a espaços muito diferentes deste teatro centenário. Mais informações aqui.
Dias 2,3, 10, 11 e 18, mediante inscrição prévia. Bilhete: €3. Dos 3 aos 10 anos.
Histórias para ver e ouvir sem sair de casa
Na salinha online do Teatro D. Maria II, a que se acede aqui, encontramos 20 histórias para crianças, para todos os gostos. Desde O Chapeleiro e o Vento, contado em animação, ou O Gato e o Escuro, de Mia Couto, em que o corpo de quem nos está a contar a história serve de papel de cenário para se irem desenhando as personagens, ou às leituras mais tradicionais de vários contos de Estranhões e Bizarrocos, de José Eduardo Agualusa. Há também duas peças de teatro, Juro que é Mentira, e Onde é a Guerra?, tudo de acesso livre.
Salinha online do D. Maria II. Qualquer dia. Qualquer idade.