Quase toda a gente gosta de espirrar. Nem que seja para logo a seguir ouvir dizer: «santinho» ou «saúde». De qualquer forma, um espirro traz em geral uma sensação de alívio, porque com isto o nosso corpo está a resolver um desconforto qualquer. A principal função do espirro é limpar a cavidade nasal, expulsando objetos estranhos que tenham entrado no nariz: pó e substâncias produzidas quando estamos constipados. Para que se produza um espirro, há um sinal nervoso que vai do nariz até ao cérebro, dizendo que é preciso eliminar qualquer coisa.
Um espirro é assim uma forma de nos protegermos. Quando estamos doentes, os espirros servem para ajudar a expulsar os vírus e bactérias que nos estão a infetar e que andam por ali, entre a boca e o nariz. O problema é que esta é também a forma deste micróbios infetarem outras pessoas – saem do nosso corpo e vão logo agarrar-se à próxima vítima.
Há ainda pessoas que espirram quando olham para o Sol – uma característica classificada como ftossensibilidade (pessoas sensíveis à luz) e que é herdada dos nossos pais. Uma em cada três pessoas reage assim à intensa luz do Sol.
Por outro lado, quando estamos a dormir, os nervos do espirro também adormecem, logo é muito raro espirrarmos nesta altura. Já quando se está a praticar exercício físico, é frequente haver necessidade de espirrar. Isto porque o nariz e a boca secam, como resultado da respiração acelerada. Esta secura obriga à produção de um corrimento para humedecer estes canais, o que por sua vez leva ao espirro.
Não há certezas de que resulte, mas uma forma de parar com um ataque de espirros pode ser respirar pela boca e beliscar a ponta do nariz. Ou então, deixa-te ir. Será difícil bateres o recorde mundial de espirros que pertence a uma senhora inglesa: um ataque que durou 978 dias seguidos!
Sabias que…
… a iguana é o animal que mais espirra? Estes répteis precisam de o fazer para eliminar certos sais que resultam do seu processo de digestão dos alimentos.
Artigo originalmente publicado na VISÃO Júnior nº 125