Era uma vez uma cidade que era toda cor-de-rosa. As árvores eram cor-de-rosa, as escolas também, mas havia um cão chamado Skype que não era cor-de-rosa. Um dia, Skype estava a passear e perdeu-se, porque para ele era tudo igual. Quando deu por isso, estava numa escola. Um pouco depois ouviu assim:
– Olha Luís, sabes quanto é 3×9? – Sei, é 27. -disse o Luís.
Foi nesse momento que Skype se lembrou que o número da sua casa era 27 e foi para lá.
Quando chegou a casa, Skype teve vontade de fazer cocó. Em casa não tinha lugar para fazer cocó, pois não tinha quintal. Skype pensou uma vez, pensou duas vezes, e lembrou-se que a sua dona ficava muito triste se ele fizesse cocó no tapete. Então, tentou fazer cocó no chão. Fez, e foi para outro lugar. Quando olhou com atenção, reparou que tinha feito cocó na almofada onde a dona se costumava sentar. Skype tentou avisá-la para ela não se sentar, e foi para a frente do sofá, mas ela não entendeu e sentou-se na almofada. Skype nem queria ver a dona sentar-se…
A senhora, quando se sentou, deu um grito muito alto! A dona de Skype mandou-o para a rua e disse-lhe que só o queria ver no dia seguinte.
Skype estava triste e também com comichão, porque tinha uma pulga, por isso, foi coçar-se a um banco. A pulga saiu do seu corpo e foi para o banco. A seguir, Skype viu uma senhora a aproximar-se e tentou avisá-la, mas a única coisa que a senhora ouvia era:
– Au, au, au.
Por isso, a senhora não percebeu nada e disse assim:
– Estás a pedir comida, toma lá! – e deu-lhe um pedaço de pão.
Skype tapou os ouvidos para não ouvir a senhora a gritar. Mas a senhora não gritou, apenas começou a coçar-se, porque tinha a pulga do cão no seu corpo. Quando olhou com atenção para o seu braço, viu que tinha uma pulga. Foi aí que a senhora gritou! Skype quase gritava também, mas acalmou-se. Uns minutos depois, Skype olhou para o relógio e viu que ainda faltavam 12 horas para ser o dia seguinte e voltar para casa, então pensou:
– A sério??? Só me apetece ir para a China, mas não sei como vou para lá…
Um pouco depois, lembrou-se que se podia meter numa caixa e escrever “China”. Skype assim fez. Mas quando o carteiro foi buscar a caixa viu que só estava escrito “Au, au, au”. O senhor não percebeu nada e nem pegou na caixa.
Skype, quando saiu da caixa, estava todo cor-de-rosa. Detestava cor-de-rosa, então, teve de se lavar. Skype não sabia onde se podia lavar, por isso atirou-se ao rio. Chegou à água e viu que o cor-de-rosa não saía, então, começou a esfregar-se numa pedra, mas o cor-de-rosa continuava a não sair. Skype saiu da água, olhou para o seu corpo com muita atenção e viu que o cor-de-rosa até era giro!
Voltou para casa e a dona nem queria acreditar! Chegou perto dele e abraçou-o com muita força.
– Onde é que estiveste? Já passou uma semana… Foste pintar-te de cor-de-rosa? – disse a senhora quase a chorar.
– Au, au, au. – disse Skype, todo baralhado, porque não se tinha apercebido que já tinha passado uma semana. Daí para a frente, Skype viveu sempre muito feliz com a sua dona!
Joana Maia Mendes Silva Rodrigues, 7 anos