Para se ter uma ideia do valor em causa, diga-se que a última vez que o dióxido de carbono atingiu níveis tão elevados na atmosfera da Terra foi há vários milhões de anos, quando não havia gelo no Ártico, o Sahara era uma savana e o nível do mar era 40 metros acima do que é hoje.
“É simbólico, um ponto para parar e pensar onde temos estado e para onde vamos”, alerta o professor Ralph Keeling, responsável pela vigilância de um vulcão no Havai, ouvido pelo britânico The Guardian.
“O passar deste marco é um alerta significativo para o rápido aumentoda concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera”, corrobora Rajendra Pachaur, presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas”. “No incício da industrialização, a concentração de CO2 era de apenas 280 ppm (partes por milhão)”, recorda.
Os governos de vários países comprometeram-se a manter o aumento da temperatura global abaixo do nível para lá do qual o aquecimento é considerado irreversível. Mas a Agência Internacional para a Energia avisou, em 2012, que, manter-se a tendência atual de missões, o mundo assistiria a um aquecimento de 6 graus, que os cientistas consideram levar ao caos.