Cresceu com o seu avô, a bordo do Calypso, o célebre navio onde Jacques-Yves Cousteau desenvolvia as suas pesquisas oceanográficas. Aos 50 anos, Céline Cousteau assume o legado familiar, para sempre ligado à defesa do ambiente, e multiplica os seus interesses por tudo quanto diga respeito ao ser humano. Recentemente, esteve em Lisboa, na National Geographic Summit 2022, para falar sobre o seu trabalho junto das tribos do Vale do Javari, na floresta Amazónica.
Como começou o seu projeto na Amazónia, com as tribos do Vale do Javari?
A minha relação com as tribos do Vale do Javari nasceu em 2010. Nessa altura, estive na Amazónia com o meu pai, visitámos diferentes lugares e, no fundo, observámos o que aconteceu nos 25 anos que passaram desde que a minha família tinha lá estado, no princípio dos anos 80. Aí conheci os indígenas do Vale do Javari. Eles pediram-me para regressar, para contar a sua história ao mundo, e foi assim que surgiu o filme que realizei, Tribes on The Edge, que está agora disponível nos canais de streaming nos EUA e no Reino Unido.