Na cidade de Chetumal, no México, cruzámos a fronteira para o nosso segundo país, o Belize. Estávamos muito expectantes, pois o Belize é conhecido pelas suas extraordinárias belezas naturais. Em Chetumal apanhámos um autocarro muito diferente daqueles que utilizávamos para viajar no México, era o típico autocarro escolar americano.
Tivemos que deixar o nosso castelhano do outro lado da fronteira e começamos a falar inglês. A primeira cidade que conhecemos foi Corozal; estávamos convencidos que seria uma cidade grande (dado que é a cidade capital do estado), no entanto, fomos surpreendidos. A cidade é muito pequena, cheia de comerciantes chineses, praticamente todos os restaurantes e supermercados eram administrados por eles. Os preços dos hotéis em Corozal, comparativamente ao México, eram escandalosos. Um quarto duplo custava cerca de 30 a 40 euros, preços impossíveis para nós! Depois de muito procurar encontrámos um hotel simpático por cerca de 20 euros.
A cidade, longe de ser um lugar bonito, não oferecia qualquer tipo de transporte para as áreas que nos interessavam (áreas arqueológicas e reservas naturais). Assim sendo, resolvemos partir no dia seguinte rumo a Orange Walk (ver foto de 1 a 5), cidade capital do estado com o mesmo nome. Para nossa grande desilusão, Orange Walk parecia ainda menos interessante que Corozal. Também aqui não pudemos provar a gastronomia do Belize porque, praticamente, só existiam restaurantes chineses.
Procurámos saber se seria possível ir pelos nossos próprios meios a uma das zonas arqueológicas maias mais interessantes do país. Depois de muito averiguarmos, constatámos que só seria possível visitá-la se fossemos num tour. Abdicámos da ideia de visitar Lamanai, pois custar-nos-ia cerca de 80 euros. Visitámos a cidade durante um dia e nada nos fascinava.
Tristes, resolvemos partir no dia seguinte. Partimos rumo a Belice City, uma cidade muito violenta, pouco harmoniosa e bem suja. Queríamos ficar na cidade um dia, mas a primeira impressão foi tão negativa que imediatamente apanhámos um barco para a ilha Caye Cualker (foto 6 a 13).
Não estávamos muito certos se estaríamos a escolher um bom destino, foi decidido rapidamente para fugir a Belice City. No barco, sentámo-nos desiludidos com o Belize, mas com esperança de encontrar o país maravilhoso que se encontra nos livros.
Durante a viagem para Caye Cualker o mar começou a revelar-se azul-turquesa, pontuado por diversas ilhas que pareciam paradisíacas. Ao longe, o nosso destino começou a vislumbrar-se e parecia muito apetecível.
Ancorámos num pequeno pontão de madeira e assim que olhámos para a água vimos peixes como nunca tínhamos visto, de todas as formas e cores. Ainda no ancoradouro, um senhor simpático que trabalha por comissão para os hotéis da ilha, levou-nos exactamente ao tipo de alojamento que pretendíamos: uma cabana na praia a 10 metros do mar, com luz e casa de banho privada, por cerca de 12 euros a noite (um preço muito acessível no Belize). Amistoso, deu-nos a sua morada caso necessitássemos de algo durante a estadia.