Politicamente Correto
Os justiceiros
Quando temos um pilar fundamental da Justiça, como o MP, que nos tem de defender através da promoção da ação penal, a colaborar ou, no mínimo, a tolerar a justiça popular, a cuspir nos direitos fundamentais e no Estado de Direito, então temos um gravíssimo problema
As TINAS e a democracia
O PSD sabe bem o que custa mexer nas pensões e em tudo o que lhes estiver associado: isso custou-lhe uma imprescindível base de apoio que em larguíssima medida o tem conduzido a sistemáticas derrotas eleitorais. António Costa não o ignora e também não desconhece que, só de velhice, há mais de dois milhões de pessoas a receber da Segurança Social. Digamos que ninguém consegue ganhar eleições não sendo agradável com estes cidadãos
Mau é o Santos Silva
Se quisesse focar-me em atitudes laterais e não me concentrar naquele discurso abjeto de Ventura, diria que vergonhoso foi o silêncio da bancada do PSD após a intervenção do presidente da Assembleia da República
O CDS, Paulo Portas e a reconstrução do centro-direita
Portas conseguiu atrair para um partido pequeno e com pouco poder para distribuir as mais competentes e capazes pessoas do espaço do centro-direita português
Do pessimismo
Aqueles que dizem que vamos chegar a um ponto em que temos de aceitar negociar o futuro da Ucrânia em razão da paz estão a sugerir um salvo-conduto para a próxima invasão
O fator Zelensky
Para a estratégia russa, Zelensky tem de morrer ou ser capturado o mais depressa possível, mas, a cada dia que passa, a semente de resistência que ele plantou e fez germinar torna-se mais forte
“My vsi ukrayintsi”
A invasão da Ucrânia não é só o fim de uma era, é mais um passo na guerra que tem, de um lado, as democracias liberais e, do outro, as autocracias lideradas pela Rússia
Da boa e da má estratégia
As perceções são sempre muito fortes, e a imagem presente dos dois candidatos a primeiro-ministro é a de Rio como fazedor de pontes e a de Costa como construtor de muros
O homem que se segue
Tudo isto poderia ser visto apenas como um problema do PS e da forma como se irá posicionar no futuro, rompendo ou não com o seu passado. Mas não é. Essa possível alteração representará uma enorme mudança no quadro político-partidário português, tanto na esquerda, como na direita
Nenhum candidato preocupado com a Justiça?
Ao mesmo tempo que decorre a pré-campanha que será a verdadeira campanha, vão aparecendo notícias que ou inquietam, ou deviam inquietar os cidadãos e, pela enésima vez, põem em causa o bom funcionamento do mais básico pilar da comunidade: a Justiça
O poder e a mudança
Sendo o poder, na área central e moderada do sistema político-partidário português, o principal fator de recrutamento, a muito maior permanência de um dos partidos gera um círculo vicioso poder/capacidade de atrair pessoas difícil de ultrapassar
As campanhas para as eleições legislativas
Será, aliás, em larga medida na forma como os partidos se vão dirigir aos seus vários adversários que perceberemos os acordos que se desenharão a partir de dia 1 de fevereiro
A melhor oposição não é gritar mais alto
Temos assim um claro caso de sucesso político: uma boa escolha para uma tarefa concreta e um trabalho político de muitos anos que permitiu ter as condições objetivas e subjetivas para se atingir o objetivo proposto
Menos trincheiras e mais pontes
A democracia é um sistema em que se acredita que o melhor para a comunidade vem sempre da convergência de vontades, de se pensar que uma solução negociada é sempre melhor do que outra imposta. As posições políticas têm de ser ponto de partida para uma negociação, não redutos inexpugnáveis
Bloco central, a única solução?
A realidade é o que é e não o que gostávamos que fosse: BE e PCP não são da mesma família política do PS e os três partidos não partilham valores fundamentais
Da falta de compostura institucional
A pessoa que, agora, fala da partidarização das Forças Armadas foi a mesma que lançou um partido enquanto Presidente da República. Bem sei que a memória não é o forte dos portugueses, como também não ignoro que adoramos pessoas que batem constantemente no peito a gritar que são muito sérias, mas lembro que foi Ramalho Eanes que lançou o PRD, cuja única bandeira era ser patrocinado por ele próprio desde o Palácio de Belém
A culpa é sempre dos políticos, mesmo quando não é
O caso da fuga de João Rendeiro é um daqueles casos em que o sistema judicial promove a desigualdade perante a lei através da conduta de juízes e magistrados
Sinais de mudança
Não foi só um aumento na votação, no número de câmaras, de vereadores, foi um sinal de inversão de ciclo. E é bom lembrar: nunca um líder do PSD partiu para umas eleições em circunstâncias tão adversas
O público, o privado e os direitos LGBT
A exibição pública da condição foi impondo o reconhecimento de direitos, e esse reconhecimento foi ajudando a que mais e mais homossexuais se assumissem e pudessem viver num mundo que os respeitasse mais
O Avante Sombra e o futuro do PSD
Jamais o PSD regressará ao poder se enveredar por este caminho de nada ter para propor às pessoas e de preferir fazer regressar fantasmas de ameaças comunistas ou patetices do género
A crise
Ficam instantâneos do que já era público e notório: um Governo cansado e uma oposição sem fôlego