António Quaresma
Temos o direito de prolongar uma morte para fazer nascer uma vida?
Durante 107 dias Lourenço cresceu na barriga de uma mãe em morte cerebral. O hospital estava disposto a fazerde tudo para salvá-lo, até a avançar para os tribunais caso a família não concordasse em manter Sandra ligada às máquinas. Era legítimo? Para a maioria dos ouvidos pela VISÃO sim, porque um feto merece proteção jurídica, mas para um constitucionalista não: “Não é papel da ciência pôr seres humanos no mundo por sua iniciativa”