acções
"Sell in May and go away": Facto ou Falácia?
Para onde vai o Mercado de acções? Será que o bull market que começou a 9 de Março de 2009 está próximo da exaustão? Estas são as questões chave na mente dos investidores enquanto os mercados financeiros, por um lado se mantêm presos ao dinheiro fácil originado pelas políticas dos Bancos Centrais, e por outro pela tentativa de perspectiva económica. Uma vez que os mercados sofreram um rally forte desde Agosto de 2010, os investidores questionam-se justificadamente sobre qual o próximo movimento do mercado. E eles, de forma nervosa, esperam que em Maio se mantenha a reputação do advento da fase de correcção.
Impacto e oportunidades do sismo no Japão
Com apenas 3 meses decorridos, podemos desde já antecipar que 2011 ficará marcado na história como um ano singular. No Japão, os "desafios" da natureza de pesadas proporções e a falha humana no controlo do ambiente nuclear, acarretam desde já consequências humanas terríveis e constituem mais uma ameaça à recuperação económica global e poderão ainda ter mudado o futuro do mercado energético.
BALANÇO DE 2010 & OUTLOOK PARA 2011
A apenas duas semanas do final do ano, é o momento oportuno para se fazer um balanço-resumo de 2010 e se perspectivar o que será o ano de 2011 nos mercados financeiros. Se 2008 foi o ano da crise financeira e 2009 o ano da recuperação, então 2010 foi o ano da indecisão, marcado pela incerteza sobre a sustentabilidade da recuperação e pelos receios ora da deflação ora da inflação. Mas o principal acontecimento de 2010 foi a emergência da crise da dívida soberana em alguns países do denominado "mundo desenvolvido". De acordo com a agência financeira Bloomberg, em 2011, os montantes da dívida pública que atingirão a maturidade, nos EUA e na Zona Euro, serão da ordem dos 3.5 triliões de dólares, ainda superiores aos 3.1 triliões atingidos em 2010.
O Século dos Mercados Emergentes
Enquanto as economias desenvolvidas procuram neste momento "arrumar a casa", reparando os efeitos negativos da mais grave recessão dos últimos 80 anos, procedendo aos ajustamentos necessários e procurando desenvolver mecanismos de prevenção da repetição destes eventos no futuro, as economias emergentes vêm reforçando o seu papel de novo motor do desenvolvimento económico global e a força motriz para as economias mais avançadas.
Petróleo mantém tendência de queda
Os mercados accionistas registaram um comportamento misto na passada semana: na Europa, os principais índices sofreram desvalorizações entre -1.5% (Footsie inglês) e -2,3% (Cac francês) e na Ásia e Estados Unidos não houve uma tendência definida, embora se verificasse uma preponderância de índices com variações negativas na semana. A semana nos mercados financeiros voltou a ser marcada pela divulgação de dados económicos que genericamente desapontaram os investidores, nomeadamente os dados relativos à produção e ao sector imobiliário. O espectro das elevadas taxas de desemprego nas principais economias mundiais, continua a ser um factor que inspira igualmente muito pessimismo entre os investidores. O volume negociado na passada semana foi o mais reduzido desde Dezembro de 2009 e assim deverá continuar até ao feriado do "Labor Day" (nos EUA) em 6 de Setembro. Paralelamente, nos EUA a época de apresentação de resultados mostrou que a sua maioria de empresas tiveram uma performance superior às estimativas no segundo trimestre de 2010.
Bolsas sobem, mesmo com evidência de arrefecimento económico
A divulgação dos resultados dos testes de esforço ("Stress Tests") aos bancos da zona euro dominaram a atenção dos investidores na semana transacta. Ao longo da semana foram sendo avançados na imprensa resultados parciais destes testes indicando na sua maioria que os principais bancos conseguiriam passar nesses mesmos testes sem necessidade de aumentarem o capital o que motivou o optimismos vivido nas bolsas. Paralelamente, nos EUA a época de apresentação de resultados mostrou que a sua maioria de empresas tiveram uma performance superior às estimativas no segundo trimestre de 2010.
Mercados Reagem Ao Abrandamento Económico Global
Os mercados de acções retomaram na passada semana o ciclo de quedas iniciado em meados de Abril. A má performance na semana está directamente relacionada com os indicadores económicos divulgados ao longo da semana, em particular na 6.ª feira, dia em que se conheceu o dado mais recente relativamente ao "Sentimento dos Consumidores" nos Estados Unidos, que se revelou aquém do esperado pelos analistas (pior "leitura" em quase um ano). Já anteriormente, na semana, tinham sido divulgados dados relativos à inflação, vendas a retalho, produção industrial e pedidos de subsídio de desemprego, que apontaram, de um modo geral, para um abrandamento na recuperação económica nos estados Unidos, ainda o principal motor da economia mundial. Os investidores estiveram igualmente atentos ao arranque da divulgação de resultados trimestrais das empresas cotadas nos Estados Unidos, de onde receberam estímulos diversos. Na semana de arranque de "earnings season", 23 das 500 acções que compõem o índice S&P 500 divulgaram os seus resultados, tendo 19 delas superado as previsões. Em contrapartida, os "gigantes" Google, General Electric, Citibank e Bank of America apresentaram resultados e previsões de evolução futura que decepcionaram os investidores. Continua igualmente latente a preocupação dos investidores com o "arrefecimento" da economia chinesa, que a par de outras economias asiáticas, foi ao longo dos últimos anos, um dos principais propulsores da expansão económica global. A minuta da última reunião da Reserva Federal Americana divulgada esta semana, revelou uma preocupação crescente do Banco central americano face a um previsível abrandamento da economia. A Reserva reviu ainda (em baixa) as previsões da inflação e a previsão de crescimento dos 3,7 para os 3,5%. O PSI20 recuou 2,5% na semana finalizada em 16 de Julho.
Bolsas recuperam de mínimos do ano
Os mercados accionistas subiram na passada semana, impulsionados pela expectativa de que a divulgação próxima (em 23 de Julho) dos resultados dos testes de esforço realizados sobre os Bancos europeus servirá para dissipar dúvidas sobre a saúde do sector financeiro. Os mercados beneficiaram ainda de uma revisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) relativa ao crescimento económico mundial de 4,2% previstos em Abril para os 4,6% agora projectados. A confirmar-se esta previsão, esta será a maior taxa de crescimento desde 2007. Merece ainda referência uma melhoria no sentimento dos investidores, justificada pela previsão de melhoria dos resultados relativos ao 2.º trimestre que esta semana começam a ser divulgados. O arranque da "earnings season" terá lugar hoje, após o fecho da sessão americana, com a divulgação dos resultados do gigante do alumínio "Alcoa Inc." O índice CAC40, que agrega as acções das empresas francesas com maior capitalização bolsista, foi entre os índices internacionais aquele que mais se valorizou, com uma subida de 6,2%. O PSI20 avançou 3,4% na semana finalizada em 9 de Julho.
Moeda Chinesa em máximo de 5 anos face ao USD
A semana financeira começou em ambiente de euforia nos mercados accionistas motivada pelo anúncio do Banco Central chinês que vai deixar a sua moeda - o Yuan - evoluir de forma mais flexível. Porém, o optimismo esvaneceu-se rapidamente e, as bolsas europeias e norte-americanas viveram o maior ciclo de perdas em 7 semanas. Em contra-ciclo, a generalidade das bolsas asiáticas terminou a semana com ganhos. O índice Nikkei da bolsa nipónica foi excepção ao desvalorizar 2.6%. Por cá, o principal índice da bolsa nacional - o PSI20 - também perdeu 2.6% com as acções da Galp, BCP e EDP a liderarem a tabela de perdas. As acções da Brisa e da Cimpor valorizaram respectivamente 5.6% e 4.1% e lideraram a tabela de ganhos.
Preço do Ouro atinge um novo máximo histórico
O ouro atingiu um novo máximo histórico ao negociar acima dos 1.258 dólares a onça, tendo valorizado 2.3% na semana. Nos mercados das matérias-primas energéticas, o destaque vai para a subida de 6% do preço do Gás Natural a qual possibilitou que a campanha de investimento Altavisa - Gestão Objectivo 10%/trimestre - fosse atingida. Nos mercados internacionais o sentimento foi positivo com a generalidade dos índices accionistas a acumularem ganhos na semana. A bolsa de Xangai foi excepção, ao negociar em contra-ciclo, perdeu 2.2% na semana. Por cá, a bolsa nacional registou o maior ganho das últimas 5 semanas, com uma valorização de 3.7%. Todos os títulos do PSI20 terminaram a semana em alta. As acções da EDP Renováveis e da Portucel lideraram a tabela de ganhos com subidas respectivas de 8% e 7%.
Preços do Petróleo, Prata, Milho, Açúcar e do Café disparam em Bolsa
Esta semana, as matérias-primas, os metais e as mercadorias agrícolas destacaram-se nos mercados financeiros internacionais ao negociarem em forte alta. O preço do barril de petróleo valorizou 3%, aproximando-se dos 74 dólares. No sector dos metais, a prata subiu mais de 5%. No sector das mercadorias agrícolas, o destaque vai para a subida dos preços do milho, do açucar e do café os quais acumularam, na semana, variações superiores a 9% cada. Nos mercados accionistas, a semana ficou marcada por uma grande volatilidade. Por cá, o principal índice - o PSI-20 - subiu 2,5% na semana, com 17 acções no verde e 3 no vermelho. As acções do BES e da Altri lideraram o top da tabela de ganhos com subidas de 7% e 5%, respectivamente.
Investidores refugiam-se no Dólar
As bolsas de valores continuam extremamente voláteis, afectadas pelos mesmos factores que têm vindo a provocar fortes reajustamentos nos preços dos activos, nomeadamente os riscos da dívida soberana de alguns países europeus e o provável abrandamento da economia global na segunda metade do ano. Vários analistas têm mesmo avançado com a possibilidade de as economias entrarem num fenómeno intitulado de "double dip", o que significa a possibilidade de uma nova recessão num curto espaço de tempo.
Dow Jones tem o pior Maio desde 1940
A maioria das bolsas de valores recuperou esta semana parte das fortes perdas da semana anterior. Espanha esteve, na segunda-feira, no centro das atenções dos investidores com a notícia do resgate do banco Cajastur pelo Banco Central espanhol, que reavivou os receios de que a crise da dívida pública na Europa se prolongue e, na sexta-feira, com a revisão em baixa do 'rating' da dívida soberana espanhola, de 'AAA' para 'AA+', por parte da agência de notações financeiras Fitch. Em Portugal, o índice PSI-20 valorizou 3,7% na semana, com as acções da Portugal Telecom e da Galp a destacarem-se com subidas respectivas de 13,9% e de 7,4%. Em Maio, o PSI20 caiu 4,5% e desde o início do ano acumula perdas de 16,4%.
Bolsas de valores afundam para mínimos de 6 meses
Os investidores viveram uma das piores semanas de 2010, com os principais índices bolsistas mundiais a perderem todos os ganhos do ano e a atingirem mínimos de 6 meses. As medidas de austeridade tomadas por vários governos europeus e a decisão unilateral da Alemanha em banir temporariamente a venda a descoberto ('naked short-selling') de acções e obrigações, foram os principais factores das fortes perdas. Na semana, o PSI20 caiu abaixo dos 7.000 pontos desvalorizando 2.7% com 18 acções em queda e apenas duas acima da linha de água: as da Sonae SGPS, que apresentou lucros no 1.ºtrim. e as do BPI, em virtude de rumores de interesse do La Caixa no reforço da posição accionista no banco.
Petróleo atinge mínimos de 7 meses
A bolsa nacional iniciou a semana com a maior subida diária de sempre (+10,73%), animada pela criação de um fundo de emergência no valor de 750 mil milhões de euros, acordado pela UE e pelo FMI, destinado a estabilizar a Zona Euro e a combater a especulação contra a moeda única. Durante a semana, o Eurostat afirmou que a economia portuguesa foi a que mais cresceu no primeiro trimestre deste ano, entre os países da União Europeia, dando um novo impulso à bolsa. Porém, o anúncio de novas medidas de austeridade, nomeadamente a subida de impostos, acabou por ter um impacto negativo nos mercados accionistas. Na semana, o PSI-20 subiu 5,9% para os 7.012 pontos.
Investidores portugueses revivem momentos de "crash" e de euforia
Os investidores viveram dias de grande adrenalina, com o índice PSI20 a registar elevada volatilidade parecendo uma verdadeira "montanha russa". Na semana a bolsa nacional perdeu 5% e terminou o mês com uma desvalorização superior a 8,5%, nos 7.408 pontos. As maiores quedas da semana foram registadas pelas acções da Zon -11,4%, da Mota-Engil -10,8% e da Sonaecom que desvalorizaram 9,3%. No "verde" ficaram apenas as acções da EDP Renováveis com um apreciação inferior a meio por cento.
Diversificar os Investimentos
A diversificação dos investimentos é uma máxima muito utilizada nos mercados financeiros. O conceito materializa-se na construção de um portfolio que agregue múltiplos investimentos com o objectivo fundamental de reduzir o risco. Considere-se o exemplo de uma carteira de investimentos composta por acções emitidas por uma única empresa. Qualquer evento negativo ocorrido com esta empresa, por exemplo uma redução acentuada no seu volume de vendas, irá provocar uma queda na cotação das acções da empresa, a qual se repercutirá integralmente na rentabilidade deste portfolio. Ao dividir o investimento em diversas empresas, obtém-se imediatamente uma redução do risco potencial do portfolio.
LNG, um novo mercado emergente
Na Terça-feira passada, o presidente do Parlamento ucraniano, Vladimir Litvin, teve de se proteger, com guarda-chuvas, dos ovos que lhe eram lançados pelos deputados da oposição em protesto da prorrogação da licença acordada entre o governo de Kiev e Moscovo, até 2042, da permanência da base naval russa em Sebastopol, no Mar Negro - mais 25 anos do acordado em 1997.
Poderão as capacidades de investir ser ensinadas?
Nos anos 80 um dos melhores especuladores financeiros americanos, Richard Dennis conhecido por ter transformado 400 dólares em 200 milhões em cerca de 15 anos de especulação em divisas, mercadorias e taxas de juro teve uma pequena disputa ideológica com o seu sócio e amigo William Eckhardt. Richard Dennis teimava que as capacidades de ser um bom especulador/ investidor financeiro não eram inatas, e que poderiam ser ensinadas. Em suma, Dennis defendia que um investidor de sucesso poderia ser "criado", enquanto que Eckhardt defendia que os traders eram "nascidos", isto é, ou tinham capacidades inatas para a função ou nunca seriam capazes de ter um desempenho elevado.