As autoridades indianas indicaram, este domingo, que 27 pessoas morreram na sequência de um incêndio que deflagrou no sábado, num complexo de parques infantis no oeste da Índia. De acordo com a Lusa, as causas do acidente ainda estão a ser apuradas, mas as investigações preliminares indicam que pode ter começado devido a trabalhos de soldadura numa obra adjacente no local.
O incêndio aconteceu no TRP Game Zone, um complexo de entretenimento em Rajkot, estado de Gujarat, que inclui parques infantis, pistas de carros e trampolins, direcionados a crianças e jovens.
Em comunicado aos órgãos de comunicação social, citado pela agência, Raju Bhargava, comissário da polícia local, confirmou que “vinte e sete corpos foram recuperados e alguns restos mortais (humanos) também foram encontrados”, pelo se acredita que “o número de mortos poderá ser de 28”.
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Contudo, os media locais, que citam fontes sanitárias, referem que o número de vítimas mortais pode ser de 30.
Horas após o incêndio, uma explosão num hospital pediátrico em Nova Deli matou pelo menos sete recém-nascidos e deixou cinco outros feridos e gravemente queimados.
De uma coisa não se pode acusar Taylor Swift: de falta de canções e de vontade de as servir ao seu público na atual digressão The Eras Tour. O concerto prolonga-se, praticamente sem pausas, ao longo de 3h20 – bem mais do que um jogo de futebol com prolongamento e penáltis. Ao longo das 48 (!) canções interpretadas, a cenografia impressiona os mais empedernidos. Há momentos em que, perante o olhar dos cerca de 60 mil espectadores, se materializam em direto e ao vivo encenações complexas, que parecem saídas de vídeoclips bem produzidos – como quando a cantora está sobre um grande paralelepípedo espelhado que misteriosamente desliza pelo longo corredor que serve de palco a Taylor Swift, bailarinos e, ocasionalmente, músicos durante a maior parte do espetáculo, ou como quando, do nada, surge em palco uma cabana de madeira, com um telhado relvado onde a artista se deita para interpretar mais uma canção… As potencialidades do ecrã gigante são aproveitadas ao máximo, sendo usado para muito mais do que a projeção de imagens do próprio concerto (que acontece noutros ecrãs mais pequenos, estrategicamente posicionados no Estádio da Luz). Na prática, com muitas plataformas móveis, adereços e uma miríade de figurinos usados nas coreografias, há muito de teatral e, até, cinematográfico, nesta que já é a mais lucrativa digressão de sempre na história da música (e que, mesmo antes de terminada, já deu origem a um filme, disponível na plataforma Disney +).
Escolhida como figura do ano de 2023 pela revista Time, Taylor Swift é, ou parece ser, a grande estrela pop global do momento. Os seus feitos medem-se em milhões de dólares e até se criou a expressão “swift lift” para medir o impacto económico da passagem da The Eras Tour pelas cidades. Mas será que no mundo hiper-fragmentado em que vivemos ainda há lugar para esse estatuto de “estrela pop global”? Será Swift a derradeira detentora desse título ou o maior exemplo de que esse tempo foi ultrapassado? Para quem não foi seduzido ao longo dos últimos anos pelas canções da americana, nascida em 1989, parece haver um grande desfasamento entre esse estatuto de grande rainha da pop e o conhecimento global da sua música. Neil Tennant, fundador dos Pet Shop Boys, foi um dos que verbalizou esse mistério: “A Taylor Swift fascina-me como fenómeno, é muito popular, mas quando ouço os discos… Para um fenómeno tão grande como ela, onde estão as canções famosas? Qual é a Billie Jean [hit de Michael Jackson] da Taylor Swift?”. No concerto do Estádio da Luz, swfties com pulseirinhas coloridas cantavam de cor, entre risos, sorrisos e lágrimas, cada uma das canções. Mas toda a enorme maioria de quem não consegue cumprir tal proeza, reconhece a música – ou até, uma música – de Taylor Swift?
Taylor Swift parece ter um pé num mundo antigo (o que dá esse estatuto de rainha global, em capas de revistas e milhões de lucros com a sua música) e outro num novo (o que cria bolhas que muitas vezes não comunicam entre si, com fenómenos bem dirigidos a um certo público-alvo)
Quando as televisões e as rádios eram o grande instrumento para espalhar a indústria de entretenimento e criar fenómenos planetários musicais, como Michael Jackson, Madonna, ou mesmo as Spice Girls ou Britney Spears, pré-redes sociais, havia um efeito de arrastamento, em que o público não era filtrado. Ou seja: podíamos não gostar daquilo, dizer mesmo que o “fenómeno” não nos interessava nada, mas era impossível escapar à omnipresença de músicas como Thriller, Like a Virgin ou Wannabe. Taylor Swift parece ter um pé num mundo antigo (o que dá esse estatuto de rainha global, em capas de revistas e milhões de lucros com a sua música) e outro num novo (o que cria bolhas que muitas vezes não comunicam entre si, com fenómenos bem dirigidos a um certo público-alvo). De facto, onde está a Billie Jean de Taylor Swift, que todos conhecem? E porque há tanta gente a pensar “se ela é assim tão famosa, como é que eu não sei nenhuma música dela?!”
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Falo por mim. Sempre que tentei ouvir, com um mínimo de atenção, um disco de Taylor Swift, distraí-me a meio do processo e, sem o conseguir evitar, a minha mente voava rapidamente para longe dali. Ontem, perante o desfilar de canções de várias épocas (a The Eras Tour é apresentada pela artista como uma espécie de best of das digressões anteriores e das memórias que elas trazem), dei por mim a ver ali um padrão: são canções que… começam e rapidamente seguem um caminho melodicamente previsível e banal, como se uma poderosa máquina de inteligência artificial tivesse sido alimentada com todo o pop mainstream das últimas décadas e desse sempre uma solução numa espécie de piloto automático, servindo uma voz não especialmente carismática – tudo eficaz, sem dúvida, e sem arestas. É óbvio que nem toda a gente ouve isso; ainda bem que assim é, e sempre será enquanto houver música pop e fãs devotos (e Taylor Swift, claro, tem muitos). Nada contra, obviamente.
Há muito de teatral, e mesmo cinematográfico, na digressão The Eras Tour, de Taylor Swift (Pedro Gomes/TAS24/Getty)
No caso de Swift, aparentemente, conta muito a “identificação” com as letras, com muitos fãs (sobretudo meninas) a sentirem que ela escreve como se tivesse lido os seus diários – sobre perdas, frustrações, paixões, sonhos… A eterna “girl next door”, que tanto cria paixões assolapadas como identificação (“podia ser eu”) – e aí, no meu caso, não há mesmo hipótese: não, não podia ser eu, homem português de 52 anos.
A verdade é que depois da experiência de ontem, de exposição a mais de três horas do cancioneiro da estrela pop do momento, achei que iria inevitavelmente sair do Estádio da Luz com uma música de Taylor Swift na cabeça, mesmo que não o quisesse. Que iria, ainda, acordar esta manhã com um refrão em repeat na minha mente. Nada disso aconteceu. Mistério. E, mesmo se tentar fazer esse esforço, não consigo cantarolar nenhuma das quase 50 canções que ouvi ontem. “Ah, nem a Shake it Off??”, dizem alguns mais conhecedores. Mmmh, talvez, mas com dificuldade: “Shake, shake, shake…”.
Conclusão: sim, hoje vivemos em bolhas de interesses, alimentadas por poderosos algoritmos, mas há umas bolhas maiores do que outras, e a de Taylor Swift é muito grande.
De acordo com os dados divulgados pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, a afluência às urnas nas eleições legislativas regionais na Madeira deste domingo foi, até às 12h, de 20,22%, uma percentagem semelhante à de 2023.
À mesma hora, no ano passado, a afluência às urnas foi de 20,98%, também muito semelhante à percentagem de 20,97% registada em 2019.
Em 2015, de acordo com a Lusa, houve uma taxa de abstenção de 50,42%, batendo-se o recorde de 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.
Quem pretende votar antecipadamente ou fora da sua área de recenseamento para as eleições europeias, que decorrem a 9 de junho, pode fazê-lo no dia 2 de junho, no próximo domingo.
As inscrições estão abertas desde este domingo, 26, até ao dia 30, quinta-feira, e os eleitores podem fazer o pedido através do portal do voto antecipado do Ministério da Administração interna.
Contudo, caso o eleitor não consiga votar no dia 2 de junho, o seu direito de voto mantém-se no dia 9.
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No dia das eleições, também pode ser exercido o voto em mobilidade, em qualquer mesa de voto, tanto em Portugal como no estrangeiro.
A rotação de um buraco negro é afetada pela interações com outros objetos espaciais. Por exemplo, quando se fundem com objetos de proporções massivas, têm tendência a desacelerar. Agora, uma equipa de investigadores encontrou uma nova forma de calcular a velocidade de rotação de buracos negros que podem ajudar a um melhor entendimento deste fenómeno.
Num novo artigo publicado na revista científica Nature, a equipa de cientistas indica que a rotação de um buraco negro supermassivo distante era um quarto da velocidade da luz após a absorção de uma estrela.
Em declarações ao website Gizmodo, Dheeraj Pasham, astrónomo no MIT e autor principal do estudo, afirma que “a rotação de um buraco negro está ligada à sua evolução”. “Por exemplo, um buraco negro que tenha crescido ao absorver gás de forma contínua e consistente ao longo de milhões de anos tende a ser mais rápido do que um que tenha crescido com fusões com outros buracos negros e que tem uma velocidade mais lenta”, indica o investigador.
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O estudo dos buracos negros é possível devido à sua capacidade de atrair objetos com luz para as suas proximidades, tornando-os visíveis. Os discos de acreção, uma estrutura formada por materiais difusos em movimento orbital ao redor do corpo central, são o que torna possível a imagem direta dos buracos negros. Pasham explica que há outros modos de crescimento destes buracos e das suas galáxias circundantes ao longo do tempo e que cada modo tem uma composição específica da distribuição da rotação, pelo que “se conseguirmos medir a disrupção da rotação de buracos supermassivos, conseguimos inferir como é que eles (e as suas galáxias) cresceram ao longo do tempo”.
Foi precisamente por um destes movimentos que a equipa de Pasham detetou um clarão de luz proveniente de um objeto a mil milhões de anos-luz da Terra em fevereiro de 2020. Desde então, a equipa usou medições do telescópio NICER da NASA para analisar esta fonte ao longo de 200 dias e concluiu que o pico das emissões de raios-X acontecia a cada 15 dias, altura em que o disco de acreção se alinhava com o telescópio. A partir daí, a equipa conseguiu calcular a massa aproximada do buraco negro, bem como a das estrelas à sua volta e inferir a velocidade estimada do buraco negro propriamente dito.
A equipa pretende continuar a catalogar este tipo de fenómenos, com o objetivo de descobrir mais sobre a distribuição e rotação dos buracos negros supermassivos.
Um incêndio numa maternidade em Nova Deli, no último sábado, provocou a morte de pelo menos sete bebés recém-nascidos, informou um dirigente do corpo de bombeiros da capital indiana, Atul Garg, citado pela agência Lusa.
O incêndio deflagrou por volta da meia-noite local (19:30 de sábado em Lisboa), no primeiro andar do New Born Baby Care, no distrito de Vivek Vihar, na zona leste da capital, e foi extinto em cerca de uma hora.
12 recém-nascidos foram levados para um hospital próximo pelas equipas de resgate, mas sete não resistiram. Os restantes cinco sobreviveram e estão a ser tratados devido à inalação de fumo.
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Apesar de ainda não ter sido confirmado pelas autoridades, de acordo com um dos funcionários do corpo de bombeiros, as chamas podem ter sido causadas pela explosão de cilindros de gás natural no interior do edifício.
Numa publicação na rede social X, Arvind Kejriwal, chefe do Governo de Nova Deli, afirmou, após o acidente, que “funcionários do governo e da administração” estavam ocupados “a prestar tratamento aos feridos no local”, acrescentando que “as causas do incidente estão a ser investigadas e que os responsáveis por esta negligência não serão poupados”.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram o edifício e veículos que estavam estacionados nas imediações totalmente consumidos pelas chamas.
7 infants killed in fire at New Born Baby Care Hospital in Delhi's Vivek Vihar, owner Naveen kichi absconding!
12 newborns rescued from the medical facility. Gas cylinders were heard exploding in the fire. Cause of fire unknown. #Delhi govt suspects negligence, warns of strict… pic.twitter.com/khNMVtnNNN
7 infants killed in fire at New Born Baby Care Hospital in Delhi's Vivek Vihar, owner Naveen kichi absconding!
12 newborns rescued from the medical facility. Gas cylinders were heard exploding in the fire. Cause of fire unknown. #Delhi govt suspects negligence, warns of strict… pic.twitter.com/khNMVtnNNN