Luís Montenegro: Cruz de Serviços Distintos — a mais alta condecoração a seguir à Medalha de Honra.

André Ventura: Legião de Mérito — pela tentativa de um desempenho excecional.

Amanhã, as explicações. Os erros e as vitórias.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Vivemos a era em que a liberdade de expressão deixou de ser um direito constitucional, para se tornar numa força concreta, quase tectónica, que atravessa governos, marcas, instituições e lideranças. Já não se trata apenas de poder falar sem medos. Trata-se de poder ser ouvido e de fazer com que o que é dito tenha realmente consequência.

Nas últimas semanas, os episódios que envolveram o atual primeiro-ministro e o líder da oposição, Pedro Nuno Santos, voltaram a expor a tensão crónica entre a comunicação institucional e a perceção pública. Não importa quantas conferências se façam, quantas justificações se redijam, quantos assessores alinhem as frases certas: se a confiança se rompe no domínio público e nem o aparelho político mais sofisticado consegue contornar os danos.

A verdade é esta: a reputação já não se constrói em bastidores — constrói-se em praça pública. E essa praça já não é a televisão, não. É o digital. E nela, cada cidadão tem o poder ativo de escrutínio.

Essa é, para mim, a transformação mais profunda, e talvez mais silenciosa da nossa democracia contemporânea. A liberdade de expressão digital tornou-se o novo instrumento de responsabilização social. Um poder invisível, mas implacável. Um referendo permanente onde todos podem votar com a sua opinião, denúncia ou exposição.

Enquanto fundador de uma plataforma digital, onde milhões de cidadãos partilham, todos os dias, as suas experiências de consumo e relação com o poder, observo este fenómeno com uma mistura de fascínio e responsabilidade. O crescimento constante da participação cívica online não é apenas estatístico — é simbólico. Ele revela que o cidadão comum já não aceita o silêncio como norma, nem a opacidade como inevitabilidade. Onde antes se engolia em seco, hoje escreve-se. Onde antes se desistia, hoje publica-se.

De salientar, que este novo ecossistema não substitui os mecanismos formais de regulação — mas expõe as suas falhas. Contudo, compara, contrasta e pressiona. E, mais importante ainda, torna-se muitas vezes mais eficaz do que as vias tradicionais, que continuam demasiado encerradas no formalismo e numa lógica de controlo da narrativa, sob a esfera do estado.

É neste contexto que a reputação ganha uma nova definição. Já não é apenas imagem. É consequência. A reputação, hoje, é a memória pública de como um líder, uma empresa ou uma instituição responde à crítica, à transparência e à dissonância.

Claro que esta liberdade traz riscos. Há ruído. Há exageros. Há distorções. Mas isso não invalida o seu valor democrático — obriga-nos, antes, a educar e capacitar os cidadãos para exercerem esse poder com responsabilidade.

Não me iludo: este é apenas o início. Mas é um início promissor. Porque pela primeira vez em muito tempo, quem tem o poder sente que está a ser observado — e quem observa sente que tem poder.

E isso muda tudo.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

A Thomson apresentou as novas linhas de produto para 2025 num evento realizado em Viena, na Áustria – os televisores foram o principal foco da apresentação, mas a marca revelou também monitores e dois novos modelos de projetores.

Fundada em 1893, a empresa está a atravessar um processo de transformação e pretende, com este lançamento, reforçar a posição no competitivo setor da eletrónica de consumo. Em Portugal, a marca continua a ter uma presença discreta, mas nos países nórdicos já se afirma como o quarto maior distribuidor de televisores, sinal da crescente afirmação no mercado europeu.

“Vendemos mais de um milhão e meio de dispositivos no último ano e aumentámos a nossa quota de mercado na Europa em mais de 100%”, afirmou Khaled Debs, diretor executivo da Thomson, durante o evento de apresentação à imprensa e que a Exame Informática acompanhou. A empresa está sediada em Viena, mas conta com escritórios na Suécia, França, Espanha, Itália, Turquia e também no continente asiático, mais precisamente nos Emirados Árabes Unidos.

O diretor executivo da Thomson, Khaled Debs, durante o evento de apresentação de produtos para 2025

Khaled Debs acrescentou ainda que a receita está em forte crescimento: “No último ano crescemos 156% e atualmente a Thomson é a marca que mais cresce na Europa. Esta não é uma conquista apenas da empresa, é uma conquista de toda a nossa equipa”, sublinhou o responsável.

Televisores não faltam

Foram muitas as novidades apresentadas pela Thomson nesta quinta-feira, 24 de abril, com especial destaque para o Go Plus. Este televisor portátil tem uma base com rodas que desliza no solo, permitindo transportá-lo facilmente entre divisões da casa, sem ocupar muito espaço. O equipamento conta com um ecrã tátil rotativo de 32 polegadas com resolução 4K, o que aumenta significativamente a sua versatilidade.

O Go Plus vem com sistema Android integrado, o que garante acesso direto a uma vasta gama de aplicações. A bateria de 9000 mAh oferece uma autonomia de visualização superior a quatro horas, tornando-o ideal para utilização flexível dentro de casa. O Go Plus tem um preço recomendado de 999 euros.

Outra grande novidade é a Lucid OLED, um televisor transparente que permite a visualização de ambos os lados do ecrã. Com um painel tátil de 55 polegadas e resolução Full HD (1920x1080p), este modelo destina-se a contextos muito específicos. Não foi concebido para uso doméstico, mas sim para espaços comerciais, interiores modernos, tendas ou ambientes de campismo.

Durante o evento, foi possível observar a qualidade da imagem e, em ambientes muito iluminados, a visualização torna-se difícil, o que limita a sua aplicação prática. Trata-se de um produto pensado para nichos e que dificilmente irá conquistar os utilizadores mais exigentes na área do audiovisual.

A Thomson apresentou ainda novos modelos com tecnologia OLED e QLED, com opções que se adaptam a vários perfis de utilizador. O modelo OG8S24 é um televisor OLED com Google TV e está disponível em tamanhos que vão das 55 às 77 polegadas. Com uma taxa de atualização de 120 Hz, resolução 4K e uma potência sonora máxima de 54 W, este modelo promete uma experiência audiovisual envolvente.

Já o modelo QLED Pro impressiona pelo seu tamanho máximo de 100 polegadas, estando também disponível em versões de 43”, 55”, 65”, 75” e 85”. Com resolução 4K, taxa de atualização até 144 Hz e sistema operativo Google TV integrado, este modelo foi pensado para quem procura uma experiência de cinema em casa, com elevada fluidez e qualidade de imagem.

Monitores para trabalhar e jogar

A Thomson revelou também uma nova gama de monitores, pensada tanto para gaming como para utilização no dia a dia. Os modelos destinados a jogos destacam-se pela taxa de atualização de 180 Hz e um tempo de resposta de apenas 1 milissegundo, garantindo uma experiência fluida e reativa nos jogos.

Os modelos de entrada, M24FG2Y14 e M27QG5Y14, têm resolução QHD (2560×1440) e ecrãs de 24 e 27 polegadas, respetivamente. Ambos foram desenvolvidos com foco na ergonomia, permitindo, por exemplo, ajustes de altura. Já o modelo premium, o M34QG7Y14C, apresenta um painel curvo de 34 polegadas, proporcionando uma experiência mais imersiva — ideal para jogadores exigentes e profissionais que valorizam o conforto visual.

Para contextos de trabalho, a marca lançou o Studio Business Monitor, com 27 polegadas, resolução Full HD e uma taxa de atualização de 100 Hz. Este modelo conta com entradas USB-C, câmara integrada e um design ergonómico, pensado para ambientes profissionais modernos.

Dois projetores portáteis e autónomos

Por fim, a marca francesa apresentou ainda dois projetores portáteis que funcionam sem ligação direta à corrente elétrica: o Vega Smart Projector e o Sirius Laser Projector.

O Vega Smart Projector permite projetar uma imagem com tamanho máximo de 100 polegadas, com resolução Full HD e sistema operativo da Google integrado. Está equipado com uma bateria de 10.000 mAh, que garante até 120 minutos de utilização em modo económico.

Já o Sirius Laser Projector, que recorre a tecnologia de projeção a laser, pode ser colocado muito próximo da parede ou superfície de projeção. Apresenta as mesmas características que o modelo Vega em termos de resolução e dimensão da imagem, e inclui também foco automático. No entanto, tem uma bateria de menor capacidade (5000 mAh), oferecendo até 90 minutos de autonomia.

Numa época em que o acesso à informação está amplamente facilitado, a partilha de conhecimento e de avanços tecnológicos deve ser privilegiada e não limitada. No que respeita ao cancro, publicações recentes têm evidenciado uma vontade global, por parte de cientistas e clínicos, de tornar o conhecimento e as boas práticas mais acessíveis e abrangentes, com o objetivo de melhorar os cuidados prestados às pessoas e populações afetadas.

Publicações recentes têm evidenciado uma vontade global, por parte de cientistas e clínicos, de tornar o conhecimento e as boas práticas mais acessíveis e abrangentes, com o objetivo de melhorar os cuidados prestados às pessoas e populações afetadas

De forma geral, quatro grandes eixos de intervenção têm sido amplamente discutidos e implementados. No domínio da investigação laboratorial, existe hoje um entendimento claro da necessidade de melhorar os modelos celulares e animais utilizados, promovendo paralelamente a utilização de amostras humanas, mesmo nas fases iniciais da investigação, bem como o uso de organoides que mimetizam os diferentes tipos de cancro. Estes organoides resultam da recolha de amostras tumorais (obtidas por cirurgia ou imagiologia) e da criação, em laboratório, de condições que permitem a formação de uma réplica tridimensional do tumor original. Nestas culturas, após a formação do organoide, é possível testar a resposta a diferentes fármacos e analisar características moleculares e metabólicas específicas daquele cancro em particular. Trata-se de uma abordagem complementar aos modelos animais, que aprofunda o conhecimento sobre os mecanismos de formação, progressão e resposta terapêutica de cada tipo de cancro. Neste eixo, torna-se essencial reforçar a partilha de conhecimento gerado — mesmo sendo a comunidade científica, por natureza, colaborativa —, para colmatar lacunas e impulsionar avanços mais significativos.

Um segundo eixo diz respeito à dificuldade persistente na obtenção de financiamento adequado para apoiar mais e melhores projetos científicos. A regularidade dos concursos de financiamento, fundamental para garantir o funcionamento da comunidade científica e a produção de conhecimento com verdadeiro impacto social, continua a ser uma meta por concretizar, tanto a nível nacional — como se verifica pela limitação dos apoios à ciência em Portugal — como a nível global.

O terceiro eixo, igualmente crucial, refere-se à formação de profissionais qualificados, à definição e implementação de carreiras atrativas e à comunicação com a sociedade. Neste âmbito, que inclui cientistas e clínicos, persistem grandes assimetrias a nível mundial, que importa ultrapassar. É urgente atrair mais jovens para a investigação, tratamento e compreensão do cancro, nas suas múltiplas vertentes, e, para isso, é fundamental melhorar a sua formação e as perspetivas de carreira futura.

Por fim, o quarto eixo foca-se na melhoria da tradução dos avanços científicos em reais progressos clínicos, com impacto na prevenção, deteção e tratamento dos diferentes tipos de cancro. Os hospitais com valências académicas, que promovem a interação próxima entre investigadores e clínicos, aliados a institutos e departamentos de investigação avançada e competitiva, desempenham aqui um papel central. Para que esta transformação aconteça, é indispensável a articulação dos quatro eixos: ciência mais competitiva, sustentada e duradoura; melhor formação de cientistas e clínicos; e uma tradução eficaz da ciência em práticas médicas inovadoras, que contribuam para melhorar a vida das pessoas.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Quando se trata de investir em infraestruturas de IT, muitas empresas questionam o uso exclusivo da cloud pública como a melhor opção. Embora ofereça vantagens claras em termos de elasticidade e capacidade de suportar workloads elevados, muitos responsáveis de IT reconhecem agora que, em alguns casos, a cloud privada é a opção mais adequada.

As razões desta mudança podem ser agrupadas em três c’s: custo, complexidade e conformidade.

A complexidade é um problema porque os workloads de computação, armazenamento e rede estão localizados em silos. Gerir estes ambientes tornou-se um desafio operacional, desviando tempo e recursos da inovação e do crescimento do negócio. Como todos sabemos, com a complexidade, surge também o custo. Este é um desafio particularmente difícil para as empresas que possuem múltiplas plataformas e configurações, o que as obriga a redimensionar ou reconfigurar aplicações e a investir tempo a manter sistemas em funcionamento, o que, novamente, diminui a capacidade de inovar.

Por fim, e especialmente com o uso generalizado de Inteligência Artificial (IA) e IA paralela (shadow AI) nas empresas, surgem desafios relacionados com a conformidade. Regulamentos rigorosos de privacidade de dados e segurança significam que é mais importante do que nunca saber onde os dados estão armazenados, como são disponibilizados para uso em diferentes partes do negócio e por quem. Os ambientes armazenados em silos dificultam a tarefa de garantir que os dados das empresas são devidamente geridos e apenas acessíveis por aqueles que têm permissão para tal.

Enfrentar a complexidade

Muitas empresas ainda estão construídas sob infraestruturas antigas, à base de silos. Embora isso garanta a privacidade dos dados, facilite o desempenho elevado das aplicações e ajude na gestão de custos, também cria uma dívida técnica que impede as empresas de inovarem com a rapidez necessária. No ambiente empresarial atual, as empresas precisam de operar nas fronteiras da cloud, com infraestruturas e operações consistentes.

O que as empresas necessitam é de uma plataforma simplificada que forneça uma infraestrutura virtualizada e programaticamente consistente, bem como ferramentas de operações e automação para todos os seus ambientes. Este modelo decompõe os silos e oferece uma visão geral de todos os ambientes de cloud, o estado das máquinas virtuais e o inventário, permitindo que as equipas de IT ofereçam serviços de forma rápida e eficaz para os developers internos.

Ao fazê-lo, as empresas podem replicar os benefícios dos microsserviços da cloud pública nos seus ambientes de cloud privada, acelerando a inovação e tornando-se mais competitivas no mercado.

Reduzir custos

Um dos principais desafios das empresas é o custo, que pode aumentar rapidamente à medida que escalam as implementações na cloud pública.

Muitas empresas que adotaram a cloud pública depararam-se com custos inesperados, seja devido à necessidade de escalar o seu ambiente, transferências de dados ou serviços premium que causaram excessos no orçamento. As equipas de IT têm-se encontrado no dilema de ter de gerir os workloads e garantir que estes estão ajustados às necessidades do negócio, uma tarefa que se torna cada vez mais ingrata com o advento da IA e a crescente procura por capacidade computacional extra.

As plataformas de cloud privada oferecem uma série de soluções para estes problemas. Primeiramente, podem ajudar a simplificar a implementação, operação e gestão da infraestrutura em cloud, ajudando as equipas de IT a controlar o custo total de propriedade. A implementação automatizada e a gestão do ciclo de vida simplificam e automatizam tarefas rotineiras, reduzindo a necessidade de gestão manual e diminuindo os custos operacionais.

Para além disso, os custos de armazenamento podem ser reduzidos ao eliminar componentes não essenciais e otimizar as configurações. Características novas, como a estratificação de memória (memory tiering), podem resolver os desequilíbrios entre os núcleos de processamento e a memória, ajudando na consolidação dos workloads e das máquinas virtuais, reduzindo os gastos com memória e licenciamento, mesmo para cargas de trabalho intensivas de IA, e-commerce ou streaming de vídeo. Isto significa que organizações, como escolas que utilizam plataformas de ensino online para aprendizagem e exames, podem escalar rapidamente para acomodar um grande número de utilizadores, beneficiando da privacidade e segurança dos dados oferecidas pela cloud privada.

Com estas vantagens, as plataformas de cloud privada ajudam as empresas a garantir um ambiente eficiente e rentável, sem comprometer o seu equilíbrio financeiro ou o seu progresso.

Na linha da frente da conformidade

Há já algum tempo que os decisores políticos têm dado uma grande atenção ao espaço onde os dados são armazenados. Tal é impulsionado tanto por preocupações com a privacidade, quanto por objetivos económicos e de investimento.

A recente controvérsia em torno do DeepSeek é um exemplo perfeito de como a IA está a gerar uma atenção ainda maior à residência dos dados e à compliance. Legisladores e empresas estão profundamente preocupados com a natureza dos dados introduzidos em plataformas de IA e com o potencial de fuga de propriedade intelectual ou divulgação de informações pessoais privadas a pessoas não autorizadas.

O AI Act da União Europeia é, atualmente, o conjunto de normas mais robusto no que diz respeito ao uso da IA e à privacidade dos dados, mas, dado o ritmo da inovação na área, é esperado que outros mercados, incluindo o Reino Unido, sigam o mesmo caminho num futuro próximo.

As empresas precisam de uma plataforma de cloud que suporte os princípios de zero trust, ofereça resiliência cibernética, recuperação e conformidade. Ao adotar esta plataforma nos seus ambientes de cloud pública e privada, certificam-se que estão de acordo com as regras atuais e preparadas para o futuro, à medida que as regulamentações evoluem.

Os três c’s

Ao tirar partido da cloud privada, as empresas podem melhorar a sua estratégia em cloud e resolver os três c’s que estão a abrandar o seu progresso. Com a plataforma certa, é possível reduzir os custos, eliminar a complexidade e melhorar a conformidade com as regulamentações atuais e futuras. Ao escolher uma solução que ofereça uma abordagem virtualizada consistente para a sua infraestrutura em todos os ambientes de cloud, as empresas podem tirar partido do melhor da cloud pública e privada, melhorando a velocidade com que disponibilizam serviços e tornando-se mais seguras.

Ao fazer isso, terão mais capacidade para inovar internamente, melhorar as suas operações e aumentar a sua competitividade num mundo impulsionado pela IA.

“Em face das dúvidas suscitadas face ao impacto do decreto de luto nacional nos eventos dos próximos três dias”, o Governo emitiu esta quinta-feira um comunicado em que esclarece que o decreto que instituiu o luto nacional pela morte do Papa Francisco não impõe quaisquer restrições à celebração do 25 de Abril por entidades públicas ou privadas, limitando-se a definir a conduta dos membros do executivo.

O decreto “não impõe ou fixa, ele próprio, quaisquer medidas ou restrições específicas às atividades de entidades e pessoas públicas ou privadas”, apenas se “limita a determinar o luto e fixar as respetivas datas”, lê-se na nota oficial da Presidência do Conselho de Ministros.

“As opções de conduta definidas pelo Governo aplicam-se aos seus membros, e em nenhum momento foram dadas instruções relativamente a atividades de outras entidades (incluindo municípios e associações) ou das populações”, lê-se.

Sobre as comemorações do 51º aniversário do 25 de Abril, o Governo afirma que “participará na sessão solene realizada na Assembleia da República, bem como em cerimónias oficiais organizadas por municípios”, durante as quais deverá haver “momentos de homenagem ao Papa Francisco, incluindo a observação de um minuto de silêncio”.

O programa de eventos de natureza festiva que estavam previstos para a residência oficial do primeiro-ministro “foram adiados para o dia 1 de maio seguinte, mas não foram cancelados”, esclarece o comunicado.

“A tradicional abertura da Residência Oficial (jardins e piso térreo), com distribuição de cravos, mantém-se no dia 25 de abril”, acrescenta a nota da Presidência do Conselho de Ministros.

Fora do âmbito da Revolução dos Cravos, os membros do Governo “não participarão em outros eventos festivos que se realizem dentro do período de luto nacional, como sejam inaugurações, celebrações ou festas organizadas por entidades nacionais ou locais”.

Nos edifícios públicos, a bandeira nacional estará a meia-haste durante os três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco, que se iniciaram hoje e termina no sábado, dia das cerimónias fúnebres.

Nick Turley, responsável do produto do ChatGPT na OpenAI, testemunhou em tribunal no caso em que o Departamento de Justiça acusa a Google de ter uma posição monopolista. A punição mais severa que está a ser equacionada é, talvez, a obrigação de a Google vender o Chrome e não faltam potenciais compradores no mercado.

Turley confirmou que a OpenAI está entre os interessados no desmantelamento proposto e sugere que os dados de pesquisa do Bing, provenientes da parceria com a Microsoft, não estão a ser suficientes. “Acreditamos que ter múltiplos parceiros, e em particular a API da Google, permitir-nos-ia fornecer um produto melhor aos utilizadores”, lê-se num email da OpenAI à Google revelado agora em tribunal.

A Google recusou a proposta inicialmente por acreditar que a parceria poderia colocar em causa a sua liderança nas pesquisas. Turley sublinhou agora que forçar a Google a licenciar os dados das pesquisas poderá relançar a competição no mercado, noticia o ArsTechnica.

Já sobre o navegador Chrome, o Departamento de Justiça considera que o programa é uma peça central na conduta anticompetitiva da Google e que a venda é uma forma de nivelar o mercado. A OpenAI está interessada em comprar o navegador para o tornar numa experiência centralizada em Inteligência Artificial. Recorde-se que a empresa contratou há alguns meses Bem Goodger e Darin Fisher, dois ex-Google que ajudaram a trazer o Chrome para o mercado.

Com quatro mil milhões de utilizadores e 67% da quota do mercado, o navegador da Google é uma plataforma apetecível e na qual a OpenAI poderá integrar melhor o ChatGPT e conseguir assim uma maior utilização do assistente. Em sentido inverso, abre-se um grande potencial para obter dados que podem ser usados para continuar a treinar os seus modelos.

Palavras-chave:

A Comissão Europeia (CE) avançou com a aplicação de multas milionárias à Apple e à Meta por infringirem o Regulamento dos Mercados Digitais. Os casos estavam em apreço há algum tempo e chegam agora a uma conclusão, embora seja provável que ambas as tecnológicas decidam apresentar recursos.

A Apple é acusada de manter práticas anti-competitivas na App Store e de ter políticas orientadoras para impedir que os utilizadores tenham acesso a conteúdos e aplicações fornecidas por plataformas alternativas, assim como de impedir que os programadores informem diretamente os utilizadores sobre estas alternativas. O montante da multa é determinado considerando “a gravidade e a duração da violação [do Regulamento]”, com a Apple a ser também obrigada a remover essas políticas orientadoras, noticia o GSM Arena.

Já a Meta, multada em 200 milhões de euros, é acusada de ‘obrigar’ os utilizadores a ter plano pago para não verem publicidade no Facebook ou no Instagram. A Comissão considera que o grupo de Zuckerberg deve oferecer aos utilizadores que não querem ver publicidade uma alternativa menos personalizada, mas equivalente.

Ambas as empresas têm 60 dias para cumprir a sentença, sob pena de serem sujeitas a sanções agravadas. Está já confirmado que a Apple vai recorrer, sendo que a Meta também o deve fazer.

A Intel tem vindo a reduzir progressiva e significativamente a força de trabalho. Depois dos cortes iniciados em 2022, agora a tecnológica prepara-se, alegadamente, para despedir mais de 20% da força de trabalho. Com os últimos números revelados a mostrarem que a Intel tem mais de 108 mil trabalhadores, esta vaga pode atingir mais de 20 mil pessoas.

Segundo a Bloomberg, a motivação para estes despedimentos vem da necessidade de tornar a operação de gestão mais eficiente e de focar a Intel com uma cultura liderada pela engenharia.

A confirmarem-se as saídas, este é um dos primeiros grandes passos de restruturação sob a liderança do novo diretor executivo, Lip-Bu Tan, que assumiu as rédeas em março depois da saída súbita de Pat Gelsinger, lembra o Engadget.

Tendo em conta que esta quinta-feira é o dia da apresentação de resultados financeiros trimestrais e que as empresas tendem a anunciar os despedimentos por volta desta altura, é expectável que se conheçam mais detalhes sobre estes planos em breve.

O novo diretor executivo já tinha revelado que pretende vender bens que não façam parte da estratégia fundamental da Intel e dos planos para a recuperação. Pouco depois foi anunciada a intenção de vender a posição maioritária na Altera por 4,6 mil milhões de dólares, um negócio que deve ficar concluído este ano.

Na sombra das ruas, onde o silêncio ressoa histórias de abandono, os sem-abrigo vivem numa vulnerabilidade extrema. A ausência de uma habitação e de cuidados essenciais torna cada dia um desafio para preservar a saúde e a dignidade. Como cuidar daqueles que a sociedade tantas vezes esquece?

A resposta poderá estar na fusão do toque humano com a inovação tecnológica. Os profissionais de saúde e os enfermeiros, em particular, com o seu conhecimento, sensibilidade e dedicação, assumem um papel essencial. Cada simples gesto que garanta os cuidados básicos, como a higiene dos pés ou o corte das unhas até à massagem e ao alívio da dor, transcende o tratamento físico. É um ato de respeito, que promove a autoestima e a mobilidade, com vista à reintegração social.

No âmbito da formação, o ensino deve abraçar esta visão integrada. É fundamental que as escolas e universidades capacitem os futuros enfermeiros para dominar tanto a inteligência artificial (IA), como as competências humanas essenciais. Desta forma, estarão preparados para enfrentar os desafios complexos do cuidado aos sem-abrigo, unindo o rigor técnico ao compromisso com a pessoa.

No dever ético de cuidar dos mais vulneráveis, a tecnologia, em particular a IA, surge como um recurso valioso. Longe de substituir a proximidade humana, a IA pode fortalecer a resposta dos profissionais de saúde, permitindo um acompanhamento mais eficaz e acessível. A capacidade de identificar precocemente lesões e complicações representa um enorme desafio, exigindo soluções inovadoras que permitam respostas mais úteis. A análise de dados poderá ser decisiva para um mapeamento mais preciso das necessidades destas pessoas, tornando possível intervenções mais ajustadas à sua individualidade. Há um longo caminho a percorrer, para garantir que as populações mais vulneráveis recebam acompanhamento contínuo, sobretudo em contextos onde os recursos são escassos, no entanto, é possível transformar esta visão em realidade.

Esta combinação entre inovação e humanismo desafia os modelos de cuidados. Não se trata apenas de tratar sinais e sintomas, mas de assumir um compromisso com a dignidade e o direito de cada pessoa a ser cuidada. Pequenos gestos podem transformar vidas e romper ciclos de exclusão.

Será que estamos a conduzir as novas tecnologias para transformar cada gesto de cuidado num avanço concreto para a valorização da dignidade, também, dos sem-abrigo? Estamos a utilizar a evolução da IA e a intervir de forma eficaz, ou apenas a acompanhar as mudanças? E, sobretudo, estamos preparados para investir na humanização dos cuidados, de modo que cada ferramenta tecnológica se traduza num apoio concreto para os mais vulneráveis?

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.