Visão
É rara a edição em que não tenhamos um televisor para testar, proporcionando-nos logo à partida umas boas tardes de cinema, fundamentais para realizarmos a análise posterior. Foi exatamente isso que voltou a acontecer: mais uma revista, mais um televisor. A fasquia está elevada, especialmente depois de, na edição anterior da Exame Informática, termos testado a mais recente coqueluche da Sony, a Bravia 9. Desta vez, trazemos um modelo da LG que, apesar de não ser OLED, impressiona pela qualidade de imagem e que consegue competir com modelos equipados com painéis OLED.
Com 65 polegadas, este televisor destaca-se pelo design elegante e fino, adaptando-se facilmente a qualquer divisão da casa. Se estiver a pensar fixá-lo na parede, será uma excelente opção, pois a reduzida espessura garante que não haverá muito espaço entre a parede e o televisor. Caso prefira colocá-lo num móvel, o suporte central é robusto, bem concebido e transmite confiança, assegurando estabilidade e qualidade de construção.

O sistema operativo da LG, webOS 24, é simples, rápido e intuitivo, como já é característico nos televisores da marca sul-coreana. Com o processador a8 AI 4K, que incorpora várias funcionalidades baseadas em Inteligência Artificial, tudo se torna ainda mais fluido. Abrir aplicações, realizar pesquisas ou navegar pelos menus é rápido e sem interrupções. E, claro, as melhorias na qualidade da imagem são evidentes, proporcionando uma experiência visual superior.
Ecrã de topo
Os televisores com esta tecnologia estão já bastante próximos da qualidade de um OLED, embora ainda existam algumas diferenças subtis. A qualidade de imagem, no entanto, é impressionante e convence logo à partida: cores vibrantes, imagens nítidas e naturais, além de um brilho que responde eficazmente mesmo em ambientes com elevada intensidade luminosa (brilho esse que, num ecrã OLED, é sempre um dos pontos mais fracos). Em conteúdos de alta resolução e que exigem muito do televisor, este modelo mostrou-se à altura do desafio.
Quanto aos pretos, estão quase ao nível dos OLED, tornando este televisor uma excelente escolha para utilizadores que não sejam extremamente exigentes. A ocorrência de tons acinzentados, tipicamente associada a tecnologias inferiores (LED), é raríssima neste modelo, um aspeto que valorizamos.
Veja imagens do televisor LG 65QNED91:
Personalizar a imagem
A LG disponibiliza diferentes modos de imagem que podem ser escolhidos de acordo com as preferências do utilizador e o tipo de conteúdo que está a ver. O modo Vivo intensifica o contraste e o brilho, garantindo muita vivacidade à imagem, embora por vezes possa ser demasiado intenso. O modo Padrão garante um equilíbrio geral, apesar de não ser tão vibrante. Para quem gosta de ver filmes, o televisor disponibiliza o modo Filmmaker, que proporciona um tom amarelado à imagem, recriando a experiência de uma sala de cinema e tornando a visualização bastante agradável. No entanto, o modo que mais nos agradou foi o AI Picture Wizard, que, através da Inteligência Artificial, ajusta a imagem de acordo com as preferências de cada utilizador, permitindo personalizar e predefinir essa configuração.
Com a funcionalidade AI Picture Wizard, este televisor permite personalizar a imagem com a ‘ajuda’ da IA. Basta escolher preferências em 6 imagens ao longo de 8 passos, e no final, o televisor sugere uma configuração personalizada que pode ser aceite ou rejeitada. No nosso caso, o modo criado com base nas nossas preferências foi apelidado pela LG de “clear and light” (limpo e luminoso, em tradução livre), o que correspondeu totalmente às opções que selecionámos. Este recurso é muito útil, pois permite obter uma imagem personalizada para cada utilizador, indo além dos modos de imagem predefinidos que a maioria dos televisores disponibiliza.

E o som?
No que diz respeito à qualidade sonora, para quem aprecia um bom filme, é essencial que o sistema de som proporcione uma verdadeira imersão. Embora os televisores de hoje garantam som cada vez mais refinado, será que, no caso deste modelo QNED 65QNED91, um sistema de som externo é realmente necessário? A resposta vai depender das exigências e necessidades do utilizador.
O televisor disponibiliza vários modos de som, e a diferença entre eles é notória. Alguns são mais eficazes, outros deixam a desejar. O modo Standard, por exemplo, é demasiado discreto e sóbrio, não consegue convencer. O modo Game Optimiser (ideal para videojogos) apresenta o som como se estivesse a surgir de dentro de um túnel, o que também não é ideal.
Por outro lado, destacam-se os modos Cinema e AI Sound Pro. O modo Cinema entrega uma experiência sonora limpa, sem distorções ou ruídos, com bons níveis de graves. Este é, sem dúvida, o nosso preferido para filmes e séries. Já o AI Sound Pro, otimizado por Inteligência Artificial, destaca-se pelos graves fortes e impactantes, sendo uma excelente opção, especialmente para ambientes pequenos e para quem não quer investir numa soundbar.
No entanto, o que deixa a desejar são os agudos. Estes não têm a expressividade e potência que se esperaria num produto desta gama, ficando aquém das expectativas. Por isso, se é uma pessoa exigente e tem uma sala de média ou grande dimensão, um sistema de som externo é sempre uma boa escolha, pois faz uma diferença significativa na imersão dos conteúdos que está a ver.
O preço compensa?
Em suma, este é um televisor que garante uma qualidade de imagem muito boa, capaz de satisfazer a maioria dos utilizadores. No entanto, o preço é elevado, e por este valor já é possível adquirir um modelo OLED com o mesmo tamanho de ecrã. E a verdade é que os televisores OLED continuam a ser a referência em termos de qualidade de imagem, perdendo apenas no brilho máximo, onde os MiniLed têm vantagem.
Tome Nota
LG 65QNED91 – €1499,99
Site: lg.com/pt
Imagem Muito Bom
Som Bom
Brilho Muito Bom
Conectividade Muito bom
Características Ecrã Mini LED 65”, 3840×2160 p, 120 Hz, 1034 nits máx. ○ Processador alpha8 4K ○ HDR10, HLG, Dolby Vision, Filmmaker mode ○ Som: 2x 10 W + 2x 20 W (Dolby Atmos) ○ Wi-Fi 5, BT 5.1 ○ 2x USB-A, 4x HDMI 2.1, 1x LAN ○ Google Chromecast, ThinQ AI, Alexa, WOW Orchestra ○ Software: webOS 24 ○ 1452x907x285 mm ○ 34,8 kg
Desempenho: 4,5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 3
Global: 4
Palavras-chave:
“Louco”, “irracional”, “desmedidamente ambicioso”, e podíamos encher várias linhas com os epítetos atribuídos ao 47° Presidente dos Estados Unidos. Mas talvez nenhum seja tão consensual como “imprevisível”. E imprevisibilidade a dominar o país mais poderoso do mundo equivale a outro adjetivo: perigoso.
Na edição da VISÃO que foi para as bancas há quase duas semanas, Rui Tavares Guedes titulava sobre este tema: ” Srs. passageiros, façam o favor de apertar os cintos e preparem-se para aterrar no mundo de Trump“. É altura, pois, de garantir que os cintos estão mesmo apertados porque este avião com destino incerto descolou ontem de Washington, quando Donald Trump, rodeado de políticos ligados à extrema-direita, mas com escassos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia, tomou posse, anunciando que “começou a era dourada”.
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Donald Trump já tinha avisado que, com este segundo mandado, tencionava deixar o mundo com a cabeça a andar à roda (uma tradução livre de “make heads spin”).
Uma das promessas do sucessor de Joe Biden é a de lançar “o maior programa de deportação na história da América”, que deve arrancar já hoje. Apesar de a imprensa norte-americana ter começado por falar numa centralização destes raides anti-imigração em Chicago, Tom Homan, o “czar das fronteiras” de Donald Trump, garantiu à Fox News que “vai haver uma grande rusga em todo o país”. “Vão ver detenções em Nova Iorque, em Miami”, disse à Reuters fonte conhecedora do plano. Ainda sobre a imigração, nestas primeiras horas de mandato, o Presidente anunciou que vai declarar a situação na fronteira sul dos EUA, com o México, uma “emergência nacional” e é provável que volte à carga com o muro, dando ordens para que a construção seja retomada, e que mande fechar os asilos para imigrantes que entrem ilegalmente.
Trump assinou já também ordens executivas para acabar com o certificado de cidadania por nascimento, a declaração de uma emergência energética nacional, o reconhecimento de apenas dois géneros (masculino e feminino, o que pode/vai limitar o o acesso a cuidados médicos de pessoas transgénero, entre outras consequências) e a restauração da a pena de morte em todo o país em casos de ameaça à segurança pública.
No novo seu discurso na cerimónia de tomada de posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos, Trump insistiu na promessa de assumir o controlo do Canal do Panamá, rebatizar o Golfo do México e reforçar a tributação dos países estrangeiros.
Donald Trump sublinhou que o objetivo do acordo e o espírito do tratado em relação ao Canal do Panamá “foram totalmente violados”, prometendo assumir controlo desta infraestrutura marítima vital para o comércio global.
“E o mais importante, a China opera o Canal do Panamá, e nós não o demos à China, demos ao Panamá. E vamos tomá-lo de volta”, justificou no seu discurso realizado no Capitólio (sede do Congresso norte-americano), em Washington.
Noutra intenção já anteriormente expressada, Trump confirmou também hoje que, em breve, vai mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.
No seu regresso à Casa Branca (presidência norte-americana), depois de um primeiro mandato entre 2017 e 2021, o político republicano afirmou ainda que pretende reforçar a tributação dos países estrangeiros em favor dos cidadãos norte-americanos.
“Começarei imediatamente a reformar o nosso sistema comercial para proteger as famílias e os trabalhadores americanos. Em vez de taxar os nossos cidadãos para enriquecer outros países, vamos impor tarifas e impostos aos países estrangeiros para enriquecer os nossos cidadãos”, declarou.
O juramento do novo líder norte-americano foi realizado logo após a posse do seu futuro vice-presidente, JD Vance, com o qual liderou a nomeação do Partido Republicano, que, em 05 de novembro de 2024, venceu as eleições presidenciais contra a candidatura democrata encabeçada por Kamala Harris.
Trump anunciou ainda que voltará a retirar os EUA do Acordo de Paris sobre o clima, crucial para os esforços mundiais no sentido de travar o aquecimento global e prometeu aumentar a produção de petróleo dos Estados Unidos, ao mesmo que fez saber que vai eliminar os subsídios criados pelo seu antecessor, o democrata Joe Biden, para a compra de veículos elétricos. Além da retirada do Acordo de Paris, os Estados Unidos saem ainda da Organização Mundial de Saúde
Esteve numa das mais importantes frentes de combate à Covid-19. António Sarmento, diretor do Serviço de Doenças Infeciosas do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, um dos hospitais de referência do País, foi o primeiro vacinado em Portugal e, não só por isso, foi um dos protagonistas da campanha de vacinação, à qual a população aderiu em massa. “Só vamos saber o que aprendemos nesse período quanto tivermos outra pandemia”, entende. No momento em que se questiona qual e quando será a próxima ameaça, e se o País (e o mundo) retirou ensinamentos da anterior crise de saúde mundial, é perentório: “A Humanidade tem de ter sempre a capacidade de aprendizagem, porque se não tivesse, com a quantidade de crises que já sofremos, não existíamos. Se não fomos esmagados por esta crise, acredito que crescemos.”
É possível prever qual doença infeciosa será o maior problema emergente em 2025? “Devemos estar atentos a todas, porque todas elas têm potencial para apresentar mutações e transformarem-se em doenças mais graves. Todas exigem um nível cada vez maior de vigilância, de conhecimento”, defende Filipe Froes, ex-coordenador do Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos.
Isto porque, acrescenta António Sarmento, “os micróbios são muito imprevisíveis, porque não dependem só deles: dependem do clima, das migrações, das viagens em massa, dependem de muita coisa. Entre os agentes infeciosos, aqueles que nos deixam mais apreensivos são os vírus, porque são de disseminação rapidíssima, têm uma capacidade genética brutal de se adaptarem”.

Miguel Castanho, investigador no Instituto de Medicina Molecular (IMM), corrobora a posição e avança qual o ponto da discussão na comunidade científica: “No decurso da pandemia da Covid-19, ficámos todos muito surpreendidos com a velocidade a que se sucederam as variantes. Isto levantou a questão: ‘Se conseguíssemos prever a evolução de um vírus, conseguiríamos antecipar as futuras variantes?’ O máximo que conseguimos é aquilo que se faz com a gripe, que já é muito estudada e consegue-se prever de um ano para o outro, desde que não haja uma mutação muito disruptiva no vírus Influenza.”
A maior parte dos especialistas concordará que, “muito provavelmente, a próxima pandemia será provocada por um vírus respiratório, mas não podemos adiantar muito mais”, afirma o virologista Paulo Paixão, professor da NOVA Medical School.
O “treino” da anterior pandemia será útil para enfrentar este novo desafio. A utilização dos meios de proteção individual não pode ficar esquecida. “A população precisa de compreender que essas medidas foram essenciais para mitigar os efeitos da pandemia e ganhar tempo. Em circunstâncias normais, nomeadamente nestes surtos que costumamos ver no inverno, não faz sentido que as pessoas que apresentem queixas respiratórias não usem máscara e não sigam uma etiqueta respiratória”, aponta Filipe Froes.
Por último, sublinha a importância da vacinação para a gripe e para a Covid-19. “Quando o fazemos, estamos a proteger-nos, a proteger os outros, mas também estamos a criar as condições para o desenvolvimento de cada vez mais e melhores vacinas”, sublinha. “Uma grande escala de produção rapidamente se adapta para uma escala global.” Contudo, na adesão à vacinação, alerta Carlos Alberto Cordeiro, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e o novo presidente do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP), “a quebra da confiança ao mais alto nível, em países com a importância dos Estados Unidos, poderá ser dramática”.
Instabilidade mundial
Estamos constantemente a ser recordados da vulnerabilidade da saúde mundial. Só em 2024 ocorreram 17 surtos de doenças perigosas (como o vírus Marburg, o Mpox e a mais recente variante de gripe aviária). Um relatório lançado em outubro pelo Global Preparedness Monitoring Board (GPMB) – estrutura apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Banco Mundial – rastreia os impulsionadores do risco de pandemia e supervisiona a preparação global. Foram identificados os quatro comportamentos humanos mais arriscados: a mobilidade global; as práticas agrícolas e de criação de animais; a desinformação e a informação incorreta; e a falta de confiança – na ciência, nos governos e entre as nações.
“Muitos países relevantes já esqueceram a pandemia e estão outra vez com uma postura territorial e de menor abertura para a colaboração internacional. Mas os vírus não reconhecem fronteiras”, salienta Carlos Robalo Cordeiro. “Temos uma situação muito preocupante nos Estados Unidos, não sabemos o que vai acontecer com a nomeação como novo secretário da Saúde de alguém [Robert F. Kennedy Jr.] que contestou as vacinas, o óbvio impacto das alterações climáticas e outras questões básicas de saúde pública”, alerta o igualmente diretor do Serviço de Pneumologia da Unidade Local de Saúde de Coimbra. Aliás, um grupo de 77 prémios Nobel escreveu ao Senado norte-americano a apelar à rejeição de Kennedy Jr., porque a sua confirmação “iria minar a liderança global dos EUA nas ciências da saúde”.
Devíamos estar mais alertas à resistência bacteriana aos antibióticos
Miguel Castanho, investigador no Instituto de Medicina Molecular
A mudança de contexto económico e político – com a guerra na Ucrânia e no Médio Oriente – pode ter levado a uma reorientação das prioridades dos Estados. “É normal que vão alterando, mas quando ocorre uma pandemia, a saúde volta a ser prioritária”, desvaloriza Filipe Froes.
O financiamento da OMS decaiu nos últimos anos. Segundo António Sarmento, a própria organização “descredibilizou-se um pouco, porque assumiu um carácter muito político. Têm de pôr o rigor e a evidência científica acima de tudo”. Seja qual for o cenário, um facto é incontornável: as grandes pandemias estão cada vez mais frequentes.
Contudo, a elaboração de um Acordo das Pandemias, dentro da OMS, tem sido acidentado. O diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, tem apontado para as campanhas de desinformação que lançam o receio de que os países cederão a sua soberania e darão à organização o poder de impor confinamentos ou mandatos de vacinas aos países. “Não podemos permitir que este acordo histórico, este marco na saúde global, seja sabotado por aqueles que espalham mentiras, deliberada ou inconscientemente”, enfatizou.
SNS mais enfraquecido
Olhar para o passado recente é inevitável. Houve, certamente, opções estratégicas. Desde logo, António Sarmento destaca a importância de ter a Direção-Geral da Saúde (DGS) como entidade coordenadora do processo. “A pirâmide hierárquica é importantíssima e a população sentiu-se muito segura com as comunicações diárias da doutora Graça Freitas. É que um exército pode ser muito forte, mas se não tiver um general, é derrotado”, defende. “Durante uma pandemia, é preciso um rosto técnico. Se for um rosto político, as pessoas não têm uma confiança plena, porque muitas vezes há uma dualidade entre o interesse económico e o interesse de saúde pública.”
Ao mesmo tempo, sustenta, “o Serviço Nacional de Saúde (SNS) respondeu bem a essa crise, mostrou que estava bem organizado. Se fosse hoje, responderia pior, não tenho dúvida. Isto é como um comboio que vai com velocidade: se se desliga o motor, continua ainda durante uns tempos, só que se não se alimentar mais, a velocidade vai diminuindo… Agora vamos a uma velocidade muito mais baixa.” Para António Sarmento, o desânimo dos profissionais de saúde, no pós-pandemia, “resultou da perda de estímulo por um SNS que continuava a degradar-se, deixaram de ver na Medicina um ideal”.

Ao balanço do combate à Covid-19 junta-se Miguel Castanho. “Passou a ideia de que Portugal era um mero espectador (atento e consequente, é certo), mas estávamos à espera de ver o que os outros faziam para tentar fazer semelhante.” A nível do conhecimento científico, “não havia uma correia de transmissão entre o setor mais inovador da investigação e o setor da decisão política”. A esperança do investigador do IMM é que se faça essa reflexão, “para que a redoma política possa abrir-se à sociedade civil para se fortalecer e tomar decisões mais robustas”. “Há uma lógica muito encerrada dentro dos corredores dos ministérios, muito virada para o marketing político, e não há muita permeabilidade ao saber de outros setores”, critica.
Ao mesmo tempo, Miguel Castanho testemunha que, com a experiência da pandemia, “trocou-se muita informação entre a comunidade científica e as pessoas mais ligadas à inovação e à tecnologia. O mais importante é que estamos numa melhor posição de antecipar e de evitar uma nova pandemia”, acredita. A população também percebeu que, “não é por ser na China que não vai chegar cá” ou que “não acontece só aos outros”. É recordar aquela velha máxima: “Pensar global e agir local”.
Essencial, acrescenta Filipe Froes, “é evitarmos o revisionismo pandémico, que põe em causa tudo o que foi feito, como a utilidade dos meios de proteção individual, os confinamentos, as vacinas, de acordo com a evidência científica disponível na altura”, sublinha.
O médico pneumologista interroga-se sobre a atual capacidade de mobilização da população. “Há uma evidente fadiga pandémica e temos um SNS com menos meios técnicos e humanos, fundamentais para essa mobilização.” O panorama é dúbio. “O nível de burnout entre os profissionais de saúde aumentou, muitos se reformaram, mas também foram introduzidas novas ferramentas tecnológicas desenvolvidas durante a pandemia, como a telemedicina e uma maior facilidade de testes de diagnóstico e de biologia molecular.”
Prontos para novo combate?
Nunca se está completamente preparado para uma catástrofe, por definição qualquer ocorrência de causa natural ou provocada pelo homem em que o número de vítimas ultrapassa o número de meios necessários para socorrer. “Mas se houver organização para ir buscar os recursos quando eles forem precisos ou para as coisas funcionarem muito melhor… Nós vimos isso aqui no CHUSJ, tivemos um exemplo absolutamente incrível da organização encabeçada pelo professor Fernando Araújo [o gestor deixou o conselho de administração do hospital para assumir o cargo de diretor executivo do SNS, de que se demitiu em abril] em que nós todos ajudámos e participámos. Tudo estava programado e isso deu-nos uma segurança fantástica”, recorda António Sarmento.
Contudo, reforça o infeciologista, “não há nenhum país no mundo que possa estar totalmente preparado para uma pandemia, isto é, para que não haja um número de vítimas superior aos meios para as socorrer. Seria preciso um dispêndio diário brutal, que é incomportável. As coisas estão feitas para a média e não para os picos. Agora, se vier um pico neste hospital, deve saber o que é que se vai fazer.”
“Em teoria, estamos mais bem preparados para enfrentar uma nova pandemia. Na prática, espero que sim”, responde o pneumologista Filipe Froes. “Há múltiplos fatores positivos que nos capacitam para uma melhor resposta. O dado interno mais importante foi o extraordinário espírito de entreajuda que vimos na sociedade portuguesa, em que as pessoas perceberam a importância da sua proteção e da proteção dos outros. Um outro dado muito positivo é a confiança que demonstramos nas nossas instituições.”
Todas as doenças infeciosas têm potencial para apresentar mutações e transformar-se em doenças mais graves
Filipe Froes, pneumologista
Segundo Filipe Froes, há agora um fator externo igualmente positivo: “Estarmos integrados na União Europeia faz-nos beneficiar dos existentes e dos novos sistemas de vigilância que foram implementados, como o HERA [Health Emergency Preparedness and Response Authority, em português, Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias]; temos igualmente melhor capacidade de acesso a múltiplos dispositivos, desde equipamentos de proteção individual a fármacos inovadores, vacinas, inovação, ensino e investigação.”
O perito do Advisory Committee on Public Health Emergencies (ACPHE, em português, Comité Consultivo em Matéria de Emergências de Saúde Pública) da Comissão Europeia, recorda outra pandemia do século XXI, a da gripe A (de origem suína), iniciada em 2009 e que durou cerca de três anos, com um impacto reduzido a nível global. “Fez com que se criasse a falsa ideia de que já tínhamos uma capacidade de enfrentar estas situações com muito mais ligeireza, não devidamente fundamentada, e isso enfraqueceu a nossa preparação e os nossos sistemas de vigilância”, explica. Por isso, a Covid-19 “veio obrigar a compreender de novo a importância da vigilância, do conhecimento e da articulação entre diferentes países”, sustenta Froes.
Miguel Castanho lembra ainda as dificuldades, no passado, em obter financiamento para projetos de investigação na área das doenças infetocontagiosas, que estavam praticamente esquecidas. “Todo o mundo estava de olhos postos no vírus da gripe, acreditava-se que seria a próxima pandemia e fomos apanhados completamente de surpresa com o coronavírus. Isto deixou uma lição. Hoje estamos atentos a outros vírus que possam aparecer. Testa-se muito mais e faz-se um rastreio muito mais apertado, portanto isso também disponibiliza muito mais informação”, aponta o cientista. Mas há outros perigos à espreita. “Devíamos estar mais alertas à resistência bacteriana aos antibióticos”, sublinha Miguel Castanho.
Por isso, reforçamos: o fortalecimento dos sistemas de saúde globais é essencial. Novas ameaças podem surgir a qualquer momento. Estejamos preparados para as enfrentar. Unidos.
A chocar um vírus
Será a gripe das aves a responsável pela próxima pandemia?
A 6 de janeiro, nos Estados Unidos, a gripe das aves (H5N1) fez a primeira vítima mortal naquele país. O homem, com mais de 65 anos, que tinha estado em contacto com galinhas e pássaros selvagens, sofria de outras patologias. Desde abril de 2024, cerca de 70 pessoas (sobretudo trabalhadores rurais) contraíram a gripe aviária nos EUA, cujo vírus se tem disseminado fortemente entre aves de capoeira e rebanhos de animais leiteiros, de acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA.
Exatamente no mesmo dia, num aviário em Sintra, foi identificado um foco de gripe das aves, que mereceu a pronta atuação da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, segundo a agência Lusa: os animais afetados foram “eliminados”, as instalações foram alvo de limpeza e desinfeção e foi imposta restrição da movimentação e vigilância de explorações com aves situadas num raio até dez quilómetros.
Para o virologista Paulo Paixão, o H5N1 é “um dos principais candidatos para uma próxima pandemia”, embora não se saiba qual será a linhagem ou variante que a provocará – a sua perigosidade varia muito conforme a mutação e tem diminuído. Por enquanto, a transmissão entre humanos ainda não se verificou, mas “é provável que vá acontecer”, aponta o professor da NOVA Medical School. “O vírus apareceu há mais de 20 anos, tem uma evolução lenta, mas está a adaptar-se cada vez mais aos mamíferos (bovinos, porcos, cães, gatos). Os pessimistas dizem que é inevitável que chegue aos humanos”, adianta. Nos EUA já se trabalha numa vacina, caso surja um surto com transmissão entre humanos.
Novamente, na China
Um surto do metapneumovírus humano no Norte do país asiático fez soar os alarmes
A doença respiratória (da família do vírus sincicial respiratório) já existe no Ocidente, pelo menos, desde 2001, e é relativamente comum. Neste inverno, tem havido um aumento de casos do metapneumovírus humano (HMPV) na China, particularmente entre crianças – de acordo com o centro de controlo de doenças do país –, com a circulação de imagens de hospitais lotados de pacientes a usar máscara a fazer aumentar as preocupações. Mas a Organização Mundial da Saúde já veio afirmar que “os níveis relatados de infeções respiratórias na China estão dentro da faixa normal”. A porta-voz da Comissão Europeia para a Saúde, Eva Hrncirova, também disse que “não há necessidade de preparação para uma nova pandemia”.
“O metapneumovírus gerou alguma preocupação entre a opinião pública e também as autoridades, mas julgo que o risco é baixo”, indica o pneumologista Carlos Robalo Cordeiro. “Temos de estar atentos à população vulnerável habitual, como as crianças, os mais idosos, com doenças crónicas, oncológicas, défices imunitários… Apesar de tudo, as infeções são relativamente ligeiras e a sintomatologia não é muito preocupante [tosse, febre, congestão nasal e pieira, similar a uma constipação]”, acrescenta. Aliás, “está em desenvolvimento uma vacina que poderá estar no mercado a breve prazo”.
Neste caso, podemos respirar fundo: o medo em relação a uma pandemia parece ter sido manifestamente exagerado. Tal como acontece nos restantes vírus respiratórios, o HMPV transmite-se através de gotículas que acompanham a tosse ou espirros. Por isso, já sabe: a lavagem das mãos e a etiqueta respiratória são essenciais.
“Tsunami” hospitalar
As urgências já rebentam pelas costuras, mas o pico da gripe ainda está para chegar
Embora os hospitais do País, para enfrentarem a crescente afluência às suas urgências de casos de gripe, com frequência associados ao agravamento de doenças respiratórias, tenham ativado os planos de contingência – com o aumento do número de camas de internamento e o adiamento de cirurgias programadas –, a situação não tenderá a melhorar. Isto porque, afirmam os especialistas de Saúde Pública, o pico da gripe ainda vai demorar semanas a chegar. Enquanto isso, as unidades hospitalares adaptam-se a este tsunami como podem. Por exemplo, o Hospital de Santa Maria, em Lisboa – em cuja urgência, há dias, o tempo de espera para doentes com pulseira amarela, a precisarem de atendimento rápido, ascendeu às 17 horas –, abriu, por agora, mais dez camas para casos de patologias respiratórias e mais 25 camas de proximidade. As medidas de contingência alastram-se de norte a sul. No Porto, o São João abriu mais 50 camas de internamento, e o Santo António reforçou a capacidade de internamento com 27 camas. Mas há casos dramáticos, como o do Hospital de Penafiel: já foi obrigado a transformar o antigo arquivo clínico numa enfermaria para 28 doentes.
Mudanças no pagamento do “selo” do carro, na entrega de atestados multiusos ou nos recibos verdes, estas são três das 30 mudanças que integram o pacote de simplificação fiscal, anunciado recentemente pelo Executivo. Algumas das medidas entram em vigor já este ano, mas outras – como as alterações ao IUC – apenas começam em 2026.
Com a simplificação fiscal, o Governo tem por objetivo melhorar a qualidade dos serviços prestados e promover uma maior transparência e comunicação com os contribuintes.
Pagamento do IUC passa a ser feito em duas alturas
Entre as medidas que entram agora em vigor estão alterações ao pagamento do imposto único de circulação (IUC) que, a partir de 2026, passa a poder ser feito em duas prestações – em fevereiro e outubro – caso o valor seja superior a 100 euros. Caso o montante a pagar seja inferior, este deverá ser pago até ao final de fevereiro. É possível, contudo, que os contribuintes escolham pagar o imposto todo de uma vez.
“Aquilo que neste momento nós temos planeado – mas não totalmente fechado – é que o mês seja fevereiro e, em caso de duas prestações, fevereiro e outubro. Naturalmente, quem quiser pagar antes pode fazê-lo a qualquer momento, mas isso é válido para qualquer obrigação tributária”, explicou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, acrescentando que esta é uma medida que surge porque “muitas pessoas esquecem-se qual é o mês em que compraram carro, ou foi comprado em segunda mão”, o que gera, muitas vezes, atrasos no pagamento e coimas. Em caso de mudança do dono do veículo antes do mês estipulado para pagamento, o responsável pela liquidação do imposto é o proprietário da viatura no dia 31 de dezembro do ano anterior.
IRS: dispensa da retenção na fonte para valores inferiores a 25 euros
Quanto ao IRS, as novas medidas preveem a dispensa da retenção na fonte para valores inferiores a 25 euros, no caso dos recibos verdes (trabalhadores independentes), bem como em rendimentos da categoria F (rendas) e E (prediais). O pacote inclui também, por exemplo, alterações à declaração anual do IRS, que passará a contar com mais campos pré-preenchidos, bem como uma harmonização dos prazos para as obrigações declarativas do imposto, atualmente dispersas no calendário. “Vamos alterar para que sejam feitas durante fevereiro para que quem tenha de fazer declarações o faça num único mês e não em meses diferentes”, referiu o ministro.
Os trabalhadores independentes vão ainda passar a poder identificar o âmbito das despesas quando pedem a fatura – pessoal ou profissional – ao invés de o fazerem no portal, antes da entrega do IRS.
Atestado multiuso passa poder ser entregue através do portal das Finanças
Até agora, a entrega de atestados multiusos para pessoas com incapacidades superiores a 60% só podia ser feita presencialmente através de um balcão da AT (Autoridade Tributária). A automatização deste processo – feita através de uma maior comunicação entre a AT, o ministério da saúde e outros – vai possibilitar que a entrega destes atestados passe a ser feita no portal da Finanças. Ainda não é conhecida a data de início desta medida.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu esta segunda-feira um aviso à população para o agravamento do estado do tempo em Portugal continental até quarta-feira, com chuva forte, acompanhada de trovoada e granizo.
Com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) relativamente à depressão “GAROE”, que tem afetado a Madeira e os Açores desde há dois dias e que se deslocou para o continente, a Proteção Civil avisa para situações de “precipitação, por vezes forte, acompanhada de trovoada e ocasionalmente granizo”, até à próxima quarta-feira, em especial nas regiões centro e sul e no litoral norte.
Esta situação poderá ser acompanhada por vento do quadrante sul, com rajadas até 75 quilómetros/hora (Km/h) no litoral e terras altas, bem como agitação marítima a partir de terça-feira na costa ocidental e a sul do cabo Carvoeiro, incluindo o barlavento algarvio, com ondas até 5,5 metros.
Face a estas previsões do IPMA, a ANEPC alerta para a eventual ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais, por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro, assim como de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras. O alerta da Proteção Civil visa também a instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais ou por artificialização do solo.
A ANEPC recomenda também cautela com o piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água e com possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima.
Como medidas preventivas, a Proteção Civil, como habitualmente em situações análogas, sublinha que estes efeitos “podem ser minimizados com a adoção de comportamentos adequados, em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis”, como garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas.
A ANEPC recomenda ainda uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, um especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte, bem como junto da orla costeira e zonas ribeirinhas, evitando a circulação e permanência nestes locais.
Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima e a adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias, são outras das recomendações.
A ANRPC recomenda ainda à população para não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas e para estar atenta às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e das Forças de Segurança.
O novo Presidente norte-americano prometeu assumir o controlo do Canal do Panamá, rebatizar o Golfo do México e reforçar a tributação dos países estrangeiros, no seu discurso na cerimónia de tomada de posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos
Donald Trump sublinhou que o objetivo do acordo e o espírito do tratado em relação ao Canal do Panamá “foram totalmente violados”, prometendo assumir controlo desta infraestrutura marítima vital para o comércio global.
“E o mais importante, a China opera o Canal do Panamá, e nós não o demos à China, demos ao Panamá. E vamos tomá-lo de volta”, justificou no seu discurso realizado no Capitólio (sede do Congresso norte-americano), em Washington.
Noutra intenção já anteriormente expressada, Trump confirmou também hoje que, em breve, vai mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.
No seu regresso à Casa Branca (presidência norte-americana), depois de um primeiro mandato entre 2017 e 2021, o político republicano afirmou ainda que pretende reforçar a tributação dos países estrangeiros em favor dos cidadãos norte-americanos.
“Começarei imediatamente a reformar o nosso sistema comercial para proteger as famílias e os trabalhadores americanos. Em vez de taxar os nossos cidadãos para enriquecer outros países, vamos impor tarifas e impostos aos países estrangeiros para enriquecer os nossos cidadãos”, declarou.
O juramento do novo líder norte-americano foi realizado logo após a posse do seu futuro vice-presidente, JD Vance, com o qual liderou a nomeação do Partido Republicano, que, em 05 de novembro de 2024, venceu as eleições presidenciais contra a candidatura democrata encabeçada por Kamala Harris.
Trump anunciou ainda que voltará a retirar os EUA do Acordo de Paris sobre o clima, crucial para os esforços mundiais no sentido de travar o aquecimento global e prometeu aumentar a produção de petróleo dos Estados Unidos, ao mesmo que fez saber que vai eliminar os subsídios criados pelo seu antecessor, o democrata Joe Biden, para a compra de veículos elétricos.
“Foi Deus que me salvou a vida para tornar a América grande outra vez!” Trump disse isto. E disse tudo. Nada de bom pode vir daqui.
Invocar Deus em vão é grave. Trump sabe-o. Mas fá-lo sem hesitar. Mais grave ainda: afirmar que é presidente por intervenção divina. Isso tem paralelo? Tem. Com o homem que começou a Segunda Guerra Mundial. Ele sabe disso também. Aceitou a comparação. Está pior. Muito pior.
Não tranquiliza ninguém. Não dá descanso. Não promete quatro anos melhores. Nem aos seus próprios apoiantes. Para os católicos, só o Papa é escolhido pelo Espírito Santo. Trump não é padre. Não é santo.
E mais assustador? O discurso foi escrito pelo seu staff. Gente que viu aquela frase e calou-se. Gente que achou que devia passar.
Trump radicalizou-se. O tempo não lhe trouxe sabedoria. Trouxe insegurança. A sua marca. E, com ela, o profetismo. “Começou a era dourada.” Anunciou ele. O novo profeta.
(Mesmo a propósito: era Melanie que estava debaixo daquele chapéu? Ou uma agente dos serviços secretos?)
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A iServices, líder no mercado em recondicionados e reparação multimarca, terminou o ano de 2024 com resultados que reforçam a sua posição e o impacto positivo das suas estratégias no meio ambiente. Com mais de 700 mil clientes atendidos e mais de 600 mil intervenções realizadas, a empresa provou que a sustentabilidade e a inovação podem andar de mãos dadas.
Tecnologia ao serviço do Planeta
O foco nas reparações na hora, com garantia, graças a uma equipa de técnicos especializados, além da utilização de estratégias de economia circular permitiram que a iServices encerrasse 2024 com os seguintes números:
- 127.19 toneladas de resíduos eletrónicos foram poupados, o equivalente a 9 camiões de 14 toneladas;
- 7.63 mil milhões de litros água não foram gastos, o suficiente para abastecer uma cidade de 50 mil habitantes durante um ano;
- Foi evitada a emissão de 31.796 toneladas de CO2, o equivalente à preservação de 21.198 hectares de floresta durante 1 ano;
- Foram poupadas 50.874 toneladas de recursos naturais, o que equivale ao peso de 5 aviões Boeing 747.
Um futuro alinhado com a inovação e a sustentabilidade
Com uma rede de lojas em contínua expansão e uma aposta crescente em produtos próprios, como gadgets e acessórios tecnológicos, a iServices entra em 2025 focada em consolidar a sua liderança e fortalecer a sua visão sustentável.
Os resultados de 2024 reforçam a relevância do setor de reparações no combate ao desperdício eletrónico e colocam a iServices como uma referência para um futuro mais consciente e responsável.
CONTEÚDO PATROCINADO POR ISERVICES