O Tribunal Constitucional (TC) declarou esta terça-feira inconstitucionais algumas das normas presentes no diploma da Eutanásia, que regula a morte medicamente assistida. “As demais normas cuja apreciação da constitucionalidade foi requerida – quase todas as que integram o diploma – não foram declaradas inconstitucionais”, pode ler-se no comunicado que sublinha, contudo, que a maioria do diploma cumpre a lei fundamental.

Na nota, o órgão de justiça refere seis normas, respondendo a dois pedidos de fiscalização: de um grupo de deputados do PSD e da provedora de Justiça. Entre as normas em questão está um artigo que determina que o médico orientador combine com o doente o método a utilizar para a prática da morte medicamente assistida. Outro artigo em questão, determina que não é exigido que o doente seja examinado pelo médico especialista. Foram também declaradas inconstitucionais duas alíneas, uma que dá ao doente a decisão sobre o método utilizado e uma segunda que permite ao doente, no decurso do procedimento clínico, escolher “de forma esclarecida e consciente” a forma de pôr fim à vida.

Os juízes do Palácio Ratton consideraram ainda contra a constituição o artigo que artigo da lei (nº1 do artigo 3.º), “que legaliza, em determinadas condições, a morte assistida”. Este considera “morte medicamente assistida não punível a que ocorre por decisão da própria pessoa, maior, cuja vontade seja atual e reiterada, séria, livre e esclarecida, em situação de sofrimento de grande intensidade, com lesão definitiva de gravidade extrema ou doença grave e incurável, quando praticada ou ajudada por profissionais de saúde”.

O decreto sobre a morte medicamente assistida já tinha sido vetado pelo Presidente da República. 

Américo Aguiar, José Tolentino de Mendonça, Manuel Clemente e António Marto são os nomes dos eclesiásticos portugueses que poderão vir a eleger o próximo chefe da Igreja Católica, na sequência da morte, na segunda-feira, do Papa Francisco. Na verdade, Portugal conta atualmente com mais dois cardeais – José Saraiva Martins e Manuel Monteiro – que ficarão de fora da votação por terem menos de 80 anos.

Neste conclave existem mais nove cardeais eleitores lusófonos, sete brasileiros, um cabo-verdiano e um timorense

José Tolentino de Mendonça, 59 anos

O nome português com mais hipóteses de poder vir a ser eleito Papa, o cardeal madeirense Tolentino de Mendonça é, atualmente, responsável do Dicastério para a Cultura e Educação do Vaticano. Doutorado em Teologia Bíblica pela Universidade Católica Portuguesa, é escritor, ensaísta, teólogo, dramaturgo e poeta e já foi professor, entre Portugal e Itália. O seu trabalho valeu-lhe o Prémio Pessoa, em 2023, e o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, em 2020.

Foi reitor da Capela do Rato, vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa e mudou-se para Roma em 2011, a convite do papa Bento XVI, para ser consultor do Conselho Pontifício para a Cultura.

Já com o Papa Francisco, em 2018, foi convidado para organizar exercícios espirituais para a Cúria Romana. Um ano depois, foi nomeado arcebispo e assumiu a chefia da Biblioteca e Arquivo Secreto do Vaticano e nomeado cardeal, ganhando direito de voto num Conclave.

Américo Aguiar, 51 anos

Natural de Leça do Balio, Matosinhos, Américo Aguiar é o mais novo dos Cardeais portugueses, com 51 anos, tendo sido nomeado cardeal pelo Papa Francisco poucas semanas antes da realização da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, que presidiu.

Foi conselheiro na Câmara Municipal da Maia, tirou um mestrado em Ciências da Comunicação e chegou a ser cabeça-de-lista ao Conselho Superior do Futebol Clube do Porto, em apoio a Pinto da Costa, tendo copresidiu as cerimónias fúnebres do antigo líder do clube, em fevereiro deste ano. 

Integrou a direção do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, fez parte da administração do grupo Renascença e foi capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses e coordenador da Comissão Diocesana para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis do Patriarcado de Lisboa

Em 2019 mudou-se para Lisboa e foi nomeado Bispo Auxiliar por Manuel Clemente. É Bispo de Setúbal desde setembro de 2023.

Manuel Clemente, 76 anos

Agora emérito, Manuel Clemente foi Patriarca de Lisboa por mais de uma década e Bispo do Porto. Licenciado em História, doutorado em Teologia Histórica e com várias obras publicadas, Clemente é natural de Torres Vedras e ocupou várias posições na Igreja, desde reitor no Seminário dos Olivais a Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

A sua carreira eclesiástica está também ligada ao movimento escuteiro, tendo participado em diversos retiros e acampamentos nacionais. Ainda à frente da Diocese do Porto, o seu trabalho sobre os movimentos sociais católicos em Portugal e a coordenação de vários projetos de investigação histórica valeram-lhe a distinção do prémio Pessoa.

Em 2010, enquanto bispo do Porto, recebeu a visita do Papa Bento XVI, no âmbito da sua Visita Apostólica a Portugal.

Chegou a Cardeal, em 2015, nomeado pelo Papa Francisco e liderou o Patriarcado de Lisboa até 2023, tendo-lhe sucedido Rui Valério. O final do seu mandato ficou, no entanto, marcado por polémica devido à publicação de um estudo sobre os abusos sexuais de crianças na Igreja Católica, em Portugal.

António Marto, 77 anos

Nascido em 1947, em Chaves, António Augusto dos Santos Marto é o mais velho dos quatro cardeais eleitores portugueses. Cardeal desde 2018, foi também Bispo de Leiria-Fátima (entre 2006 e 2022), de Viseu e auxiliar em Braga.

Foi ordenado em 1971, em Roma, cidade onde concluiu o doutoramento em Teologia com a tese “Esperança cristã e futuro do homem. Doutrina do Concílio Vaticano II”. Foi também professor na Universidade Católica Portuguesa e pároco em vários locais da Diocese do Porto.

Enquanto bispo, recebeu o Papa Bento XVI (2010) e, posteriormente, o Papa Francisco (2017), em Fátima.

Esteve sempre ligado aos movimentos estudantis e operários católicos e chegou a trabalhar em fábricas antes do 25 de Abril. 

Com a morte do Papa Francisco, na passada segunda-feira, a Igreja Católica entra num período designado por “sede vacante“, uma expressão em latim para “sede vazia”. Isto significa que o Vaticano está, temporariamente, sem líder religioso.

De acordo com a tradição, a morte do Sumo Pontífice resulta na suspensão temporária da grande maioria dos cargos da Cúria Romana – o executivo do Vaticano -, salvo algumas exceções. Por exemplo, os cardeais Secretário de Estado, os Prefeitos dos Dicastérios e os arcebispos e membros da Secretaria de Estado são alguns cargos com funções que ficam suspensas. O Colégio dos Cardeais deixa, assim, de ter qualquer poder ou jurisdição e passa a estar limitado ao despacho de assuntos inadiáveis – como a preparação das exéquias – desde que as leis da Santa Sé não sejam alteradas.

A administração da Santa Sé passa neste período – e até que seja eleito um novo Papa – para as mãos do cardeal Camerlengo, cargo atualmente ocupado pelo irlandês Kevin Joseph Farrel. Farrel, de 77 anos, foi escolhido para a função em 2019 e está agora encarregue de cuidar e administrar os bens e direitos da Santa Sé até que o conclave cumpra o seu trabalho. Durante a “sede vacante” o cardeal Camerlengo contará com o apoio do Penitenciário-mor – responsável por assuntos do foro íntimo – do Esmoler – que supervisionará o exercício das obras de caridade.

Estes cargos mantêm-se até à eleição de um novo Papa pelo conclave, que deverá decorrer entre 15 a 20 dias depois da morte do anterior Sumo Pontífice.

Como funciona o conclave?

Do latim “cum clavis” – “fechado à chave”, em português – o conclave remonta ao século XIII e é um dos momentos mais secretos da Igreja Católica. Na Capela Sistina, no Vaticano, vão reunir-se 135 cardeais – todos com menos de 80 anos – que, há porta fechada (tal como dita o nome), irão votar num novo chefe para Igreja Católica. Privados de qualquer contacto com o mundo exterior, os cardeais irão dormir na Casa de Santa Marta, junto à Basílica de São Pedro, até tomarem uma decisão, num sistema desenhado para evitar influências externas.

Saiba mais: “Papabili”: estes são alguns nomes dados como mais prováveis para suceder a Francisco

Secretas e pessoais, podem ocorrer até quatro votações por dia – duas de manhã e duas à tarde – através de boletins, que, no final de cada votação, são queimados. O mundo exterior fica a conhecer o estado destas votações através do tradicional fumo que sai da chaminé da Capela Sistina: preto, quando ainda não existe uma decisão; branco, quando um novo Papa é escolhido.

Para que a eleição seja válida, um candidato precisa de alcançar os dois terços dos votos – neste caso, 90 em 135. No entanto, e segundo o britânico The Guardian, caso o conclave não chegue a um consenso após 30 votações, os cardeais poderão decidir eleger por maioria absoluta.

Quando escolhido um novo Sumo Pontífice – e aceite o cargo – o novo Papa, vestido com as típicas roupas brancas, é conduzido até à varanda da Basílica de São Pedro, onde é apresentado aos fiéis como o novo líder da Igreja Católica e anunciado o seu novo nome. 

Aqui ficam quatro ações que, postas em prática, serão uma ajuda para ajudar o planeta.

Comer menos carne, ou comer carne mais sustentável

Os países mais ricos consomem demasiada carne. Devíamos todos fazer um esforço por comer menos carne (e mais vegetais). Isto porque a produção de carne emite muitos gases com efeito de estufa – 13% a 18% das emissões totais do planeta. Boa parte destas emissões são os arrotos das vacas que produzem metano, um gás com um efeito de estufa ainda mais poderoso do que o dióxido de carbono, Outro problema é que se destroem florestas, principalmente, na América do Sul, para as pastagens ou a plantação de cereais que as vacas comem.

Mas comer carne portuguesa até pode ser bom para o ambiente: a maior parte das vacas, cabras e ovelhas do nosso país pasta livremente nos montes, comendo mato e, assim, limpando as florestas, ajudando a prevenir os incêndios. Além disso, o seu cocó ajuda a fertilizar os solos. E há muitos animais selvagens que só existem por causa das manadas e rebanhos: se não houvesse uma ou outra ovelha a morrer de vez em quando no monte, os abutres não teriam comida…

Produzir eletricidade com fontes renováveis

Em vez de queimarmos combustíveis fósseis para produzirmos eletricidade, devíamos apostar em fontes de energia que não emitem gases com efeito de estufa: energia eólica (vento) e solar, barragens e até centrais nucleares. Mas temos de nos preparar para lidarmos com outros problemas. Por exemplo, aquelas «ventoinhas» que produzem eletricidade a partir do vento são perigosas para as aves, que vão contra as hélices; as placas solares têm químicos tóxicos; as barragens inundam áreas naturais, onde vivem muitos animais; e a energia nuclear gera resíduos radioativos, que têm de ser guardados longe de pessoas e animais.

Andar menos de carro

Pressionar quem manda (e fazer sacrifícios)

É importante cada um de nós viver a vida de acordo com os três «r», pela ordem certa: reduzir (as coisas que compramos), reutilizar (usar os objetos por várias vezes) e reciclar (a última opção, só para quando for preciso mesmo deitar algo fora).

Mas isso não vai chegar. Temos todos de fazer como a Greta Thunberg e outros jovens como ela, e não nos calarmos – exigir que os governantes e as empresas tomem medidas mais fortes. Estas, porém, vão mexer com as nossas carteiras, ou seja: as famílias vão ter menos dinheiro para gastar.

Porquê? Os economistas que estudam este assunto garantem que a melhor forma de combater as alterações climáticas é através de «taxas de carbono», o que significa aumentar os impostos sobre tudo o que emite gases com efeitos de estufa, para que poluir se torne mais caro. A gasolina, por exemplo, pode ter de ficar ainda mais cara, para convencer as pessoas a usarem outros meios de locomoção que não os carros (pelo menos, carros que queimam combustíveis fósseis). Aproveita e pergunta aos teus pais o que são impostos.

Nunca somos pequenos demais para fazer a diferença

Greta Thunberg, a jovem sueca de 18 anos, é a grande inspiradora das manifestações pelo clima, que têm acontecido por todo o mundo. Em 2019, a ativista ambiental foi indicada para o prémio Nobel da Paz, que não venceu, e considerada a Personalidade do Ano pela revista americana Time.

Este artigo foi originalmente publicado na edição nº 188 da VISÃO Júnior

Os fornecedores de serviços de comunicação estão constantemente a esforçar-se para alcançar e manter a excelência da rede. Trata-se de um desafio em constante evolução, uma vez que os operadores devem continuar a implementar a tecnologia mais recente e, ao mesmo tempo, solucionar problemas de conectividade difíceis de resolver em áreas desenvolvidas, bem como apoiar as comunidades rurais. Na última década, esta tarefa mudou radicalmente com a evolução das exigências dos clientes em todas as áreas, com experiências rápidas, personalizadas, sem descontinuidades e sempre ativas a tornarem-se a norma e não um luxo reservado apenas para alguns.

A chave para desbloquear tanto a excelência da rede como a evolução das exigências dos clientes está na implementação de várias formas de IA. Para o sector das telecomunicações, a tecnologia ainda se encontra numa fase inicial de implementação e o seu pleno potencial ainda não foi concretizado. No entanto, podemos esperar grandes mudanças nos próximos anos, desde o apoio dos serviços ao cliente e a melhoria da gestão do tráfego até ao impacto em áreas como a segurança. É vital que as empresas de telecomunicações consigam manter uma visão abrangente para considerar o impacto transformador que terá se for implementada eficazmente.

Assim que estes benefícios forem adotados, os fornecedores de telecomunicações têm de garantir que têm a abordagem estratégica correta para tirar partido da IA. A adoção de soluções orientadas para a IA e a otimização da infraestrutura de dados lançarão as bases para que a IA floresça, o que será um diferenciador fundamental para as empresas do setor.

Assegurar a excelência da rede

A IA já se mostra promissora ao otimizar o desempenho da rede através da análise em tempo real e da automatização. Atualmente, o sucesso no setor tende cada vez mais para o aperfeiçoamento das redes e não para grandes melhorias na área de cobertura. Por isso, os problemas que os operadores enfrentam são cada vez mais difíceis de resolver – e mais numerosos. Por exemplo, é especialmente difícil aperfeiçoar a cobertura da rede em zonas urbanas ou gerir a capacidade da rede em eventos desportivos, musicais e culturais.

É aqui que a IA pode ajudar. Os sistemas potenciados por IA podem monitorizar grandes quantidades de dados na rede, detetar ineficiências e ajustar dinamicamente os recursos para garantir um desempenho de excelência. Ao utilizar algoritmos de aprendizagem automática, o congestionamento da rede pode ser antecipado de forma proativa e o tráfego pode ser automaticamente reencaminhado para evitar abrandamentos ou interrupções. Isto resulta numa maior eficiência, numa latência reduzida e numa experiência de utilizador globalmente melhorada.

Além disso, a IA desempenha um papel crucial na manutenção preditiva, identificando potenciais falhas de equipamento antes de estas ocorrerem. Através da análise de dados históricos e da deteção de anomalias, a IA pode prever quando os componentes da rede podem falhar, permitindo que os operadores resolvam os problemas de forma proativa e minimizem o tempo de inatividade. Uma boa cobertura de rede é tão omnipresente no mundo atual que os consumidores não esperam sofrer interrupções, por mais breves que sejam, pelo que é crucial que os fornecedores não deixem que isso aconteça

A implementação otimizada dos dispositivos de rede também garante que a infraestrutura é utilizada eficazmente, reduzindo os custos operacionais e mantendo elevados níveis de fiabilidade e desempenho. Uma prova disto é a capacidade de otimizar o planeamento da capacidade, prevendo as necessidades da rede em tempo real e, em seguida, atribuindo recursos para garantir que este nível de capacidade é satisfeito. Isto garante que a largura de banda se mantém forte e melhora a qualidade geral do serviço de rede.

Dar resposta à evolução dos requisitos dos clientes

Para além da automatização, a IA também permite um apoio proativo ao cliente, analisando os padrões de utilização e prevendo potenciais problemas antes de estes afetarem os utilizadores. Os sistemas potenciados por IA podem detetar interrupções no serviço, alertar os clientes e até sugerir soluções antes de estes pedirem assistência. Além disso, a IA melhora a personalização, analisando as preferências dos clientes e recomendando serviços adaptados, garantindo que os fornecedores de telecomunicações satisfazem as necessidades em evolução dos seus utilizadores. Esta combinação de automatização, análise preditiva e personalização ajuda as empresas de telecomunicações a proporcionarem uma experiência de cliente fluída e reativa, melhorando, em última análise, a retenção e a fidelização.

Defender a segurança

Ao considerarmos as expectativas dos clientes, também é importante reconhecer como os consumidores esperam práticas de cibersegurança de topo dos seus fornecedores. A segurança é a base a partir da qual se constrói a confiança e a fidelização, e é crucial que as empresas proporcionem aos consumidores a confiança de que os seus dados pessoais estão seguros.

Mais uma vez, a IA pode desempenhar um papel fundamental na proteção contra ciberataques e atividades fraudulentas. Isto é conseguido principalmente através da monitorização proativa e da deteção de anomalias que alertam as equipas de segurança para atividades fraudulentas, tais como mensagens de spam, ataques de phishing e reviews falsas. Por exemplo, as soluções de segurança podem redirecionar o tráfego suspeito para áreas isoladas para monitorizar e analisar potenciais ameaças. Embora a IA tenha potencial para sistemas de auto-cura, a maioria dos operadores de telecomunicações prefere a supervisão manual devido a preocupações de confiança e fiabilidade.

Facilitar a IA e colmatar a lacuna de dados

Os benefícios da IA para o setor das telecomunicações são multifacetados e tangíveis, mas apesar de todo o potencial, as empresas não estão a capitalizá-lo. Uma investigação recente da Lenovo revela que houve um aumento de 104% nos investimentos esperados em IA na região EMEA, o que demonstra o apetite pela implementação da IA. No entanto, muitos projetos de IA simplesmente não estão a corresponder às expectativas e o crescimento da IA é citado como a maior razão para isso.

À medida que a indústria continua a sua evolução para um futuro potenciado por IA, nunca foi tão importante para os fornecedores de telecomunicações terem a infraestrutura de dados correta. A IA é tão boa quanto os dados que utiliza e o desbloqueio desses dados requer uma infraestrutura de IA de ponta a ponta criada para o efeito. As soluções otimizadas para IA permitirão aos fornecedores de serviços implementar rapidamente toda uma rede de computação de alta potência para impulsionar uma eficiência e inteligência revolucionárias para os seus próprios clientes e não só.

Um futuro alimentado por IA

Os fornecedores de telecomunicações são vistos como fornecedores de infraestruturas cruciais na sociedade, uma vez que muitos serviços críticos funcionam numa rede de telecomunicações. Possuem infraestruturas de centros de dados, conetividade e segurança, enquanto cumprem os regulamentos governamentais, o que os torna bem posicionados para liderar a implementação de clouds de IA Soberana para governos e empresas. A conectividade é a pedra angular do que fazem, mas o seu valor para a sociedade também vai para além disso. Por esse motivo, é vital que os fornecedores de telecomunicações aproveitem a IA para desbloquear tudo o que ela tem para oferecer.

Embora o potencial seja vasto, a concretização de todos os benefícios da IA exige uma abordagem estratégica – uma abordagem que garanta a existência da infraestrutura correta para apoiar a sua implementação em escala. Ao investir em soluções orientadas para a IA e ao otimizar a infraestrutura de dados, as empresas de telecomunicações podem desbloquear novas eficiências, melhorar a qualidade do serviço e construir redes mais seguras e resilientes.

A Duolingo é uma das mais conhecidas plataformas digitais de ensino de idiomas. Agora, a tecnológica está a preparar o lançamento de um curso diferente, destinado a todos os que querem aprender… xadrez.

Segundo a publicação The Verge, o curso de xadrez da Duolingo vai consistir em pequenos tutoriais e desafios que colocam o utilizador em contacto com as regras e as táticas do xadrez. Vai também ser possível resolver problemas específicos ou jogar partidas complexas com o Oscar, uma personagem digital que vai orientar o jogador na aprendizagem deste jogo.

O objetivo da Duolingo é tornar a aprendizagem de xadrez “o mais acessível possível”, sublinhou Edwin Bodge, gestor de produto da tecnológica. Fica também confirmada a existência de diferentes níveis de aprendizagem – ou seja, não será um curso apenas destinado a principiantes do xadrez, também jogadores com alguns conhecimento do jogo poderão encontrar lições adaptadas ao nível de conhecimento prévio. 

A empresa de ensino digital admite ainda que o lançamento do curso de xadrez irá permitir avaliar e planear o lançamento de outros cursos além da aprendizagem de línguas na aplicação. De recordar que a Duolingo já disponibiliza cursos de música e também de matemática na plataforma.

Por agora, o curso de xadrez da Duolingo só vai estar disponível para utilizadores do sistema operativo iOS e na versão beta da aplicação. Nas próximas seis semanas, o jogo deverá chegar a mais utilizadores de iPhone e iPad. Só depois é que a empresa começará a trabalhar no lançamento do curso de xadrez para dispositivos com o sistema operativo Android.

Uma experiência de televisão imersiva e completa, que permite explorar um mundo ilimitado de entretenimento. É esta a promessa de valor da VIDAA, plataforma de Smart TV com a parceria da Hisense, cuja nova versão eleva a personalização a um patamar de futuro.

Este é um caminho que começou a ser percorrido em 2014, ano em que foi lançada esta plataforma cujos pilares são a tecnologia de ponta e a facilidade de utilização das experiências. Desde então, ultrapassam os 30 milhões os dispositivos conectados em todo o mundo, com os utilizadores a beneficiarem de uma ampla gama de conteúdo global e local, tendo como denominadores comuns a acessibilidade, a velocidade e a segurança.

A Hisense é uma das 400 marcas que incorpora esta plataforma nas suas Smart TV, transformando-as em verdadeiros centros de entretenimento.

Um novo padrão

E o ADN inovador que está na sua génese materializa-se numa visão de futuro, com a VIDAA a oferecer até oito anos de atualizações, o que constitui um novo padrão na indústria. Assim, além da garantia de suporte contínuo, melhorias de desempenho e segurança reforçada, proporciona uma experiência que acompanha as necessidades dos utilizadores. Reafirmando o compromisso que está subjacente à sua assinatura de marca – “Fácil. Rápido. Seguro. Entretenimento global e local”.

Estes atributos ganham vida numa plataforma simples, eficiente e assente na ideia de longevidade, o que se traduz na garantia de que os dispositivos se mantêm na vanguarda da tecnologia de entretenimento. É esta garantia que é reforçada, agora, com o programa de atualizações a oito anos, que, em paralelo, ao eliminar as atualizações de hardware, contribui para prolongar a vida útil do aparelho.

Deste modo, sem prejuízo da simplicidade do acesso, abre-se um novo leque de oportunidades para os utilizadores de Smart TV com VIDAA, na medida em que vão beneficiar de novas características e de funcionalidades melhoradas, otimizando a sua experiência de utilização.

E porque a segurança é um valor basilar, o programa assegura que as vulnerabilidades da plataforma são resolvidas, mantendo a integridade da mesma e acautelando a proteção dos dados pessoais. Proporcionar um ambiente seguro de Smart TV é, afinal, um dos selos da VIDAA.

9, o número da evolução

Com a inovação como palavra-chave no seu posicionamento, a plataforma deu um novo passo em direção a uma experiência de entretenimento perfeita: VIDAA 9 é a sua mais recente versão, sinónimo de uma mão cheia de benefícios para os utilizadores.

Desde logo, oferecendo uma interface que permite um acesso ainda mais rápido aos conteúdos, mas também elevando o nível de personalização, com a incorporação de inteligência artificial: esta ferramenta gera recomendações de conteúdos e melhora as descrições dos mesmos, tornando as escolhas dos utilizadores mais intuitivas. A personalização – mas do ecrã – está também no centro do MultiView, uma nova funcionalidade que aporta maior flexibilidade à experiência de televisão.

Mas há mais: com a VIDAA 9 chega também o TV Channels+, que reúne os canais favoritos numa única área, mais uma vez simplificando a utilização. Tal como o VIDAA Play vem facilitar a vida dos gamers, ao concentrar os jogos preferidos.

São funcionalidades que antecipam as necessidades dos utilizadores, num mundo em constante transformação. E, nos equipamentos da Hisense, com esta versão, abre-se, pois, todo um ecrã de futuro. E com futuro.

Palavras-chave:

Um dia depois de marcar presença na varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para a tradicional bênção “Urbi et Orbi”, nas celebrações do Domingo de Páscoa, o Papa Francisco morreu esta segunda-feira, pelas 7h35 (06:35 em Lisboa), na Casa Santa Marta, a sua residência oficial, aos 88 anos.

As primeiras imagens do seu corpo foram divulgadas durante a manhã desta terça-feira, pelo Vaticano. Num caixão de madeira, forrado a veludo vermelho, com as mãos entrelaçadas e a segurar um rosário, Francisco surge vestido com uma mitra branca e uma casula púrpura, na capela da Casa de Santa Marta.

EPA/VATICAN MEDIA HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

Caixão é transferido para a Basílica de São Pedro esta quarta-feira

De acordo com as últimas informações avançadas pelo Vaticano, o corpo do Sumo Pontífice será transferido esta quarta-feira para a Basílica de São Pedro, numa procissão marcada para as 9 horas locais (8h de Lisboa), que começará com um momento de oração. Para além da Praça de Santa Marta, o cortejo passará também pela Praça dos Protomártires Romanos e pela Praça de São Pedro até chegar à porta central da Basílica, onde poderá ser homenageado, uma última vez, pelos fiéis, após a liturgia da Palavra, conduzida pelo Cardeal Kevin Joseph Farrell.

Ainda não se sabe por quanto tempo o corpo do Papa Francisco deverá ficar exposto.

Funeral está marcado para sábado

O funeral do Papa Francisco terá lugar no próximo sábado, dia 26 de abril, pelas 10h (9h00 em Lisboa), na Basílica de São Pedro e vai ser celebrado por Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.

Após o funeral, o féretro será transferido para a Basílica de Santa Maria Maggiore, no centro de Roma, onde será sepultado, de acordo com as suas instruções.”Peço que o meu túmulo seja preparado no nicho do corredor lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da referida Basílica Papal”, escreveu no seu testamento, acrescentando que o seu túmulo deverá conter apenas a palavra “Franciscus” de forma simples e sem nenhuma decoração particular.

O funeral marca o primeiro dia do Novendiali, os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice.

A data do funeral foi decidida esta terça-feira, após uma primeira congregação dos cardeais presentes em Roma. De acordo com a imprensa italiana, são esperados meio milhão de fiéis para as cerimónias fúnebres, bem como chefes de Estado e monarcas de todo o mundo. António Costa, Ursula Von der Leyen, Emmanuel Macron e Donald Trump são algumas das grandes figuras mundiais que já confirmaram a sua presença.

Causa da morte foi um AVC

De acordo com Andrea Arcangeli, médico responsável pela certidão de óbito, o Sumo Pontífice faleceu na sequência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que terá provocado uma insuficiência cardíaca irreversível. “Certifico que Sua Santidade Francisco (Jorge Mario Bergoglio) nascido em Buenos Aires (Argentina) a 17 de dezembro de 1936, residente na Cidade do Vaticano, Cidadão do Vaticano, faleceu às 7h35 do dia 21/04/2025 na residência papal Casa Santa Marta (Cidade do Vaticano) de: Acidente Vascular Cerebral (AVC), coma, e colapso cardiovascular irreversível”, pode ler-se num comunicado no Vaticano, divulgado no final de segunda-feira.

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, e foi o primeiro jesuíta e latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica. Em 2013 foi eleito Chefe da Igreja Católica.

Até agora, todos os buracos negros conhecidos foram detetados pelas suas interações com uma estrela companheira, cuja luz é distorcida ou influenciada pela presença daquele. Agora, uma equipa (re)confirma a descoberta avançada há já alguns uns anos, e que foi desafiada por outros investigadores, de um buraco negro a pairar isolado na constelação Sagitário.

A descoberta original só foi possível porque o buraco negro passou brevemente em frente a uma estrela distante, não relacionada, resultando num evento que aumentou a luz de fundo da estrela, revelando a presença do buraco.

A equipa observou o buraco pela primeira vez com recurso a dados recolhidos pelo Telescópio Hubble entre 2011 e 2017. Agora, os investigadores juntaram dados do Hubble de 2021 e 2022 a leituras feitas pela sonda Gaia e confirmam que o objeto tem sete vezes a massa do Sol e é demasiado pesado para ser uma estrela de neutrões, como tinha sido proposto pela equipa que desafiou as primeiras conclusões. “A análise da curvatura de luz e da astrometria levou o nosso grupo (e outros grupos independentes depois) a concluir que é um buraco negro isolado de massas de estrelas – o primeiro e único buraco desambiguo descoberto até agora”, cita o Interesting Engineering.

Também o grupo que desafiou as primeiras conclusões publicou, em 2023, uma revisão e concluiu que o objeto era, na verdade, um buraco negro. Nessa altura, estimaram que o buraco tinha seis vezes a massa do Sol.

A confirmação de que é possível buracos negros existirem separados de estrelas valida anos de observações e debates e abre a porta a descoberta de outros objetos semelhantes.

Leia o novo estudo completo publicado no The Astrophysical Journal.

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Os custos de manutenção e operação dos algoritmos de Inteligência Artificial (IA) ascendem rapidamente às centenas ou milhares de milhões de euros. Agora, sabe-se que o uso de expressões como “Por favor” ou “Obrigado” nos pedidos feitos pelos utilizadores acabam por custar vários milhões às empresas por trás de serviços como o ChatGPT. Sam Altman, o diretor executivo da OpenAI, confirma que os valores são significativos, ainda assim recomenda a utilização de expressões de cortesia para tornar as interações com a IA mais humanas.

Apesar de os computadores não possuírem sentimentos, a utilização destas expressões faz com que as interações se assemelhem mais às que temos naturalmente com outros seres humanos. Um relatório recente calcula que quando um modelo responde com apenas três palavras “You are welcome” (inglês para “Não tem de quê” ou “De nada”) utiliza entre 40 e 50 mililitros de água. Altman avança que para o ChatGPT responder à cortesia humana os custos de utilização aumentam “dezenas de milhões de dólares”.

A revelação foi feita por Sam Altman na rede social X, em resposta a um utilizador, na qual também deixa uma reflexão provocatória: “São dezenas de milhões de dólares bem gastos – nunca se sabe”. A última parte da resposta é uma referência a uma piada existente em diferentes comunidades online que diz que devemos sempre ser educados para sistemas avançados de Inteligência Artificial, com o objetivo de cairmos nas boas graças das ferramentas de IA caso um dia venham a provocar um evento como aquele que foi teorizado no filme O Exterminador Implacável.

https://x.com/tomieinlove/status/1912287012058722659

Outras investigações sugerem que os utilizadores que podem tornar-se emocionalmente dependentes ou mesmo viciados no uso de chatbots de IA. À medida que as conversas se tornarem cada vez mais parecidas com as que temos entre humanos, é natural que esse vínculo se prolongue.

As empresas que mantêm estes bots podem estar a trabalhar já em pré-programar os modelos para lidar com este tipo de cortesias e ter respostas previsíveis, fazendo os custos e o gasto de recursos baixarem.