O mercado de arrendamento de escritórios em Lisboa movimentou mais de 200 mil metros (ou precisamente 207.289 m2) nos primeiros oito meses do ano, um resultado “que superou todos os resultados anuais dos últimos 13 anos e abre caminho para que 2022 seja um ano histórico para o mercado de escritórios de Lisboa”.
A afirmação e a contabilização de espaço absorvido é da responsabilidade da consultora Savilla que apurou ainda terem sido realizadas 140 operações na capital entre janeiro e agosto, com cerca de 52% do volume de absorção a representar pré-arrendamentos.
“Caminhamos a passos largos para superar o grande resultado de 2008. O mercado de escritórios de Lisboa tem sabido responder aos vários desafios advindos do período da pandemia, como tem, para já, contrariado algumas nuvens que pairam sobre a situação económica mundial” aponta Frederico Leitão de Sousa, Head of Corporate Solutions da Savills Portugal.
O Parque das Nações e as Novas Zonas de Escritórios continuam a liderar as zonas de mercado com maior volume de absorção, perfazendo 32% e 21% do total, respetivamente. Neste mês de agosto, o volume de absorção foi de 20.427 m2, em que perto de 14.500 m2 foram relativos a dois negócios na área das tecnologias de informação (TMTs & Utilities).
A mudança de instalações foi responsável por 66% do volume de absorção, seguida da expansão de área (24%) e do estabelecimento de novas empresas na cidade de Lisboa (10%). Quanto à absorção por setor de atividade, os Serviços Financeiros com 42%, Serviços a Empresas e Tecnologia e Média (ambos com 16%) foram responsáveis por 74% do total do mercado.
Já o mercado de escritórios do Porto registou um volume de absorção total de 32.146 m2, resultante da conclusão de 44 negócios. Apesar de mais contido em relação à capital, este desempenho segue em linha com a tendência de crescimento, uma vez que se encontra 48% acima do registado no mesmo período de 2019.
“O mês de agosto tem por hábito ser um mês “calmo” em termos de negócios, mas isso não significou que existisse uma quebra no volume de absorção. O mercado de escritórios do Porto prossegue assim a sua recuperação, num mês em que a maioria dos negócios proveio da fixação de novas empresas na região”, afirma Alexandra Portugal Gomes, Head of Research & Communications da Savills Portugal.
“As zonas CBD Baixa e Out of Town continuam como as mais ativas em termos de volume de absorção, correspondendo a cerca de 38% e 36%, respetivamente, do total do mercado”, refere a Savills no seu estudo.