A Wolf Creek Nuclear Operating Corporation, uma empresa que detém uma central nuclear no estado do Kansas, figura entre os vários alvos de intrusão que hackers terão levado a cabo nos últimos dois meses, segundo um relatório do FBI e do Departamento de Segurança Interna dos EUA.
De acordo com o The New York Times, a mais recente vaga de intrusões levou as autoridades norte-americanas a desencadear o segundo estado de alerta em termos de gravidade.
Para levarem a cabo os respetivos ataques, os hackers terão enviado currículos profissionais forjados, que funcionaram como veículo de códigos maliciosos que permitem a interceção de nomes de utilizadores e passwords de acesso às redes informáticas das centrais nucleares. Os currículos terão sido enviados a profissionais da área da engenharia, que têm como missão garantir a manutenção das centrais. Os atacantes terão recorrido a técnicas similares às que foram usadas, num passado recente, por cibercriminosos a mando do governo russo.
Não se sabe ainda quais os propósitos destas intrusões. Espionagem ou gerar disrupção no funcionamento das centrais elétricas – eis as duas hipóteses que, neste momento, permanecem como plausíveis. O relatório não esclarece se as infeções detetadas em centrais nucleares como a da Wolf Creek foram ou não sanadas em definitivo.
A Wolf Creek Nuclear Operating Corporation já negou qualquer impacto nestas intrusões. Para sossegar os mais assustados, a empresa norte-americana lembrou que a rede informática da central nuclear e a rede industrial operam de forma totalmente isolada – e apenas a primeira terá sofrido uma intrusão. Resta saber se a separação das redes é também uma realidades nas outras centrais nucleares dos EUA.