O caso não envolve a Apple diretamente, mas sim uma entidade contratada e que funciona como centro de reparação oficial reconhecido pela marca. Assim, a empresa acabou por chegar a um acordo para pagar uma indemnização de milhões de dólares (o montante não foi especificado), num caso que data de 2016, pela inconfidência cometida por dois trabalhadores da Pegatron Technology Service. Os dois empregados acabaram despedidos depois de se descobrir que publicaram as fotos em que a dona do iPhone a reparar aparecia nua e que o fizeram de forma a parecer que tinha sido a própria a fazer o upload dos conteúdos.
O advogado da estudante, apelidada de Jane Doe nos documentos do tribunal revelados pelo The Telegraph, pedia uma indemnização de cinco milhões de dólares, mas o montante do acordo final não foi revelado.
A Apple revela ter encetado uma investigação exaustiva ao centro de reparação e identificado os dois funcionários em causa. “Levamos a privacidade e segurança dos dados dos nossos clientes muito a sério e temos vários protocolos para garantir que estes são protegidos durante o processo de reparação. Quando soubemos da violação séria das nossas políticas num dos nossos fornecedores em 2016, tomamos ações imediatas e, desde aí, continuamos a fortalecer os nossos protocolos”, afirma um porta-voz da Apple ao The Verge.
A Pegatron acabou por ressarcir a Apple pela indemnização paga à vítima e depois processou a sua própria companhia de seguros por esta se recusar a pagar-lhe o montante considerado devido. Foi esta situação que levou a que o caso se tornasse agora público. Apesar de o nome da Apple não aparecer em lado algum do processo judicial, a identidade da empresa acaba por ser revelada devido a outro caso entre as duas firmas, não relacionado com este.