Diz-se que o corpo é uma máquina complexa. Não é verdade. É uma supermáquina ultracomplexa. É difícil termos noção da quantidade de microações que acontecem dentro de nós para conseguirmos respirar, caminhar, comer ou até dormir. Mas, como em todas as máquinas, o uso constante faz com que as peças comecem a ficar desgastadas. Que, volta e meia, alguns sistemas comecem a falhar. E quando isso acontece, vamos à reparação. Pode ser através da adoção de hábitos de vida mais saudáveis. Pode ser com uma ida ao médico e a prescrição de um medicamento. Pode ser com uma operação de emergência.
A questão é que existem problemas que afetam as pessoas e para os quais ainda há poucas ou nenhumas respostas. Não temos forma de reparar o que está estragado. E há dois exemplos bem conhecidos de doenças neurodegenerativas que têm sido um verdadeiro quebra-cabeças para as comunidades científica e médica: a Parkinson, que afeta a capacidade do cérebro em controlar os movimentos do corpo; e a Alzheimer, que causa uma perda gradual de funções cognitivas como a memória e o pensamento. Diogo Feleciano, um bioquímico português de 33 anos, acredita ter a resposta para combater o avanço progressivo destas doenças. E a solução que a sua startup, a Booster Therapeutics, propõe, está mesmo à frente de todos – ou melhor dizendo, está dentro de todos nós.