E lá vamos nós, outra vez. Apesar dos nossos quase 900 anos de História, continuamos a parecer uns alunos inseguros sempre em busca de validação externa. Adoramos rankings, e vamos logo, a correr, ver onde está Portugal. Ontem foi divulgado mais um: de acordo com o Instituto de Economia e Paz, somos o sétimo país mais seguro e pacífico do mundo (em 163 avaliados, abrangendo 99,7% da população mundial). É um motivo de orgulho, mesmo quando há quem prefira ver esse copo meio vazio e sublinhar que temos estado a piorar nos últimos anos (o que é verdade, em 2020 estávamos em terceiro lugar, acompanhados pela Islândia, que continua no topo, e pela distante Nova Zelândia). Aliás, há mesmo quem se esforce, por estratégia política, por retratar diariamente Portugal como uma espécie de selva de insegurança que nenhum estudo confirma… E optando por fazer comparações, até é fácil puxarmos por uma leitura otimista: há dez anos, em 2104, estávamos em 18º lugar nesse mesmo índice.
Mas nada convida tanto a insuflar o orgulho pátrio do que uma grande competição desportiva – de preferência de futebol, claro.