Se quisermos muito que uma coisa aconteça, com toda a nossa vontade, com todo o nosso ser e as nossas energias… ela não vai acontecer só pelo efeito desse querer. Todas essas patranhas da “lei da atração”, e que agora se chama “poder da manifestação”, simplesmente não conseguiram deter o regresso de Donald Trump como candidato do Partido Republicano à liderança dos Estados Unidos da América. A alquimia do Universo não está minimamente interessada nos perigos a que estão sujeitas as nossas democracias.
Por isso deixem-se lá de “wishcasting”, como escreve Tom Nichols, na The Atlantic, essa tão comum forma de interpretar informação ou uma situação de acordo com os nossos desejos, embora não haja qualquer evidência de que assim seja. O Supremo Tribunal não vai impedir o homem de se candidatar – aliás, os juízes já recusaram a ação do Colorado para o retirar dos boletins de voto, fazendo jurisprudência sobre as próximas que hão de vir, alegando com o “caos” que seria ter os estados a decidir tal coisa individualmente.