Para ser clara, não estou a encorajar ninguém a deixar de fazer por completo. Aliás, creio que “não fazer nada” – no sentido de recusar a produtividade e parar para ouvir – implica um processo ativo de escuta, uma busca atenta dos efeitos de injustiça racial, ambiental e económica que desencadeará uma mudança efetiva.
Considero o “não fazer nada”, quer um meio de desprogramação, quer o sustento de quem se sinta demasiado desligado para agir com significado. Neste nível, a prática de não fazer nada oferece-nos uma miríade de ferramentas que nos permitirão resistir à economia da atenção.