O principal sindicato da PSP considera que a proposta apresentada aos polícias pelo Ministério da Administração Interna (MAI) “contém valores desadequados”.
A ministra Margarida Blasco apresentou, ontem, uma nova proposta aos sindicatos da PSP e às associações socioprofissionais da GNR que previa a atribuição às forças de segurança de um suplemento de missão entre os 521 e os 730 euros e o fim do atual suplemento por serviço e risco (SSFS); um valor superior à proposta anterior (entre os 365 e os 626 euros).
Com esta nova proposta, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão correspondente a 14% da remuneração base do diretor nacional da PSP. O dos chefes seria de 12% desse valor e o dos agentes de 10%.
Numa nota enviada aos jornalistas, a Associação Sindical dos Profissionais da Policia (ASPP/PSP) afirma que os valores apresentados, a que se junta a extinção do SSF, torna a proposta do MAI “desinteressante”, acrescentando que esta “nada se coaduna com o discurso e compromisso assumido pelo atual primeiro-ministro”. A ASPP afirma que Luís Montenegro “conhecia e conhece [a situação dos polícias], sabia e sabe o que deu origem a este problema e tanto criticou”.
Sem acordo fechado, ficou agendada um novo encontro entre MAI e polícias para a próxima quarta-feira, 22 (a partir das 17h00).