O X-59 QueSST vai ser construído pela Lockheed Martin e, descreve a agência espacial norte-americana, tem “potencial para “transformar a avião civil, tornando as viagens áreas mais rápidas que o som possíveis para todos”.
“O início da produção do projeto marca um enorme salto em frente para o X-59 e para o futuro da avião comercial supersónica”, congratula-se Peter Iosifidis, da Lockheed, a quem a NASA atribuiu um contrato no valor ao equivalente a mais de 215 milhões de euros.
O que existe, para já, é um prototipo, que deverá ser testado publicamente ainda este mês, no Texas, para garantir que a passagem da barreira do som não vai produzir o típico “boom” semelhante ao de uma explosão.
Este estrondo, associado às ondas de choque criadas por um objeto que viaje através do ar com uma velocidade superior à do som, fez, por exemplo, com que o Concorde tivesse limites à sua velocidade quando sobrevoava algumas áreas.
Para o teste, a NASA vai usar caças para reproduzir o perfil sónico do X-59, enquanto um grupo de cerca de 500 residentes de Galveston regista os níveis de ruído, se existirem.
No caso do novo avião, o “segredo” do seu silêncio está no desenho estrutura, concebida de forma a que as ondas de choque supersónicas não resultem nos estrondos. Ed Haering, engenheiro espacial da NASA, explica que o X-59 vai continuar a produzir ondas de choque, mas a sua forma deverá impedir que essas ondas de choque se combinem.
O “filho do Concorde”, como há quem lhe chame, será capaz de voar a 55 mil pés de altitude a uma velocidade de cerca de 1500 km/hora.