Virgínia Soares de Souza, uma médica brasileira com 20 anos de experiência, é suspeita de matar dezenas de doentes por asfixia, alegadamente para ficar com camas disponíveis para novos pacientes.
A Directora dos cuidados intensivos do hospital de Curitiba, há sete anos, não terá atuado sozinha, de acordo com o ministério publico brasileiro: sete pessoas, entre elas três médicos, três enfermeiros e um fisioterapeuta terão participado na morte de cerca de 300 pessoas desde 2006.
A morte era induzida através da administração de doses elevadas de medicamentos que causarariam paralisia muscular a pacientes ligados a ventiladores – o efeito dos medicamentos faria reduzir os níveis de oxigénio e os pacientes morriam por asfixia.
Detida em fevereiro a médica está acusada pela morte de sete doentes em fase terminal, mas há uma semana foi libertada sob caução.
A médica nega as acusações e afirma que os procedimentos descritos pelo Ministério Público são medicamente justificáveis.
Foram reveladas no entanto escutas telefónicas que corroboram as alegações, numa gravação citada pela revista Veja Virgínia Souza diz “Pelo amor de Deus, têm alguns doentes que estão mortos, então, vai desligando as coisas que não têm sentido”.
Os casos foram revelados por familiares de doentes e ex-funcionários do hospital.
Se as acusações forem confirmadas a médica brasileira vai superar o “recorde” do médico britânico Harold Shipman, condenado pela morte de 15 pacientes (mas que ao longo de toda a sua vida terá sido responsável por 215 mortes suspeitas).