Perto das 23 horas deste domingo, António Costa apareceu no Hotel Altis, onde se concentra o PS, para avisar que, mesmo que a AD e os socialistas estejam quase empatados na contagem da votação, ainda não é esta noite que a disputa fica encerrada – tendo em conta que faltam contar os deputados pelos círculos da emigração -, e que é “preciso serenidade” para perceber os resultados do Chega.
“Como o Pedro Nuno Santos diz, quando perde o PS, perdemos todos. Se querem um responsável, estou cá eu”, disse, quando confrontado sobre a quem cabe a responsabilidade pela hecatombe do PS e a subida metafórica da extrema-direita no Parlamento. “A única certeza que podemos ter é que, tendo em conta o número de votos que chegarão nos próximos dias, não será hoje que teremos os resultados destas eleições”, salvaguardou.
Como o Pedro Nuno Santos diz, quando perde o PS, perdemos todos. Se querem um responsável, estou cá eu
António Costa
À chegada do quartel-general do PS, Costa disse que “ao início da noite parecia que havia vantagem” da AD, mas quando atravessou a porta do Altis “parecia que havia um empate”. Ainda assim, se é verdade que apontou que “provavelmente a AD ganhará”, também sinalizou: “o PS teve obviamente uma descida muito significativa na sua votação”.
Quanto ao Chega, questionado sobre se sente alguma responsabilidade por o partido de Ventura ter cavalgado o descontentamento popular com os problemas no SNS e no setor da Educação, a que se poderão ter juntados os casos judiciais que atingiram tanto o PS, como o PSD, Costa disse que “é preciso com serenidade analisar esta votação no Chega”.
“O Chega agiu sempre como um partido de protesto”, avisou, afirmando-se disponível para colaborar com a Justiça na Operação Influencer. “Sobre esse caso, quando a Justiça quiser falar comigo, sabem quem eu sou…”, concluiu.