A informação está a ser veiculada pelo Observador, que adiantou tais incursões policiais na casa de Vítor Fernandes, assim como as que visaram António Ramalho e outros administradores do Novo Banco. A VISÃO confirmou junto do Novo Banco tais buscas, já há cinco dias, e que começaram pelo anterior gabinete do “chairman” do Banco de Fomento e percorreram outros departamentos, como o da área de risco de créditos e a restante administração.
Da habitação de Vítor Fernandes, que espera a luz verde da CRESAP – Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública depois de ter saído do Novo Banco no final de 2020, as autoridades terão levado um computador. Porém, as buscas no âmbito do caso “Cartão Vermelho”, também visaram o anterior gabinete do gestor na instituição bancária que sucedeu ao BES.
Segundo o Observador, a ação do Ministério Público e da Autoridade Tributária já ocorreu na quarta-feira passada, 7 de julho, o mesmo dia em que foram detidos Vieira, o filho, Tiago Vieira, o empresário conhecido como “rei dos frangos”, José António Santos, e o advogado bracarense Bruno Macedo. Essas mesmas buscas também tocaram em António Ramalho e outros administradores do Novo Banco.
Ao Observador, Vítor Fernandes, cujo nome está debaixo de fogo do BE, IL e Chega, assegurou que mantém “todas as condições para tomar posse no banco de fomento”, classificando este caso de “um ataque de caráter”.
Em causa estão indícios recolhidos durante a investigação do Ministério Público, liderada pelo procurador Rosário Teixeira, de que Luís Filipe Vieira tenha obtido de Vítor Fernandes informação privilegiada para os moldes renegociação da dívida que mantinha no Novo Banco e que terão lesado não só o Fundo de Resolução, como resultado numa fuga ao fisco.