Vítima dos seus maus resultados eleitorais, Paulo de Morais, o candidato presidencial que centrou o seu discurso no combate à corrupção, não conseguiu obter os 5% de votos necessários para pagar a campanha eleitoral com apoios do Estado (teve apenas 2,15%). Vai daí, deixou um apelo na sua página do Facebook, pedindo apoio financeiro sob a forma de donativos.
“Os gastos da minha campanha presidencial foram um pouco superiores a sessenta mil euros (inferiores aos orçamentados 93 mil); recebemos em donativos aproximadamente 17 mil. A subvenção estatal apenas financia campanhas de candidatos presidenciais com mais de 5% dos votos. Não tendo sido o caso desta candidatura, existe um défice de mais de 40 mil euros”, explica Paulo de Morais.
À VISÃO, o ex-candidato acrescenta: “A minha ideia é receber donativos durante 15 dias. Depois disso, independentemente do valor que tiver angariado, pago as contas. Não quero deixar os fornecedores à espera. As minhas contas ficam fechadas em finais de fevereiro”.
A mensagem no Facebook disponibiliza o NIB de uma conta bancária e promete que “as contas oficiais da campanha serão publicadas no site até ao final da semana”. Já há quem queira ajudar, incluindo emigrantes na Bélgica, mas Paulo de Morais ainda não sabe se já começou a receber ajudas. “Não tenho noção. Sei apenas, porque o meu mandatário financeiro me mostrou, que gastámos menos do que o previsto e que recebemos [até ao 24] mais ou menos 17 mil euros de donativos”.
Paulo de Morais não foi o único a ter prejuízo, ao não alcançar a percentagem necessária para ter direito à subvenção estatal. Também Maria de Belém, Henrique Neto, Vitorino Silva, Jorge Sequeira, Cândido Ferreira e Edgar Silva ficaram aquém dos objetivos. Ao todo, estes sete candidatos vão precisar de mais de 1,8 milhões de euros para se financiarem.