A novidade começou a circular na quarta-feira, 3, entre as hostes sociais-democratas do Norte, mas só hoje foi oficialmente confirmada: Luís Menezes, vice-presidente da bancada laranja, escreveu a Assunção Esteves a renunciar ao mandato de deputado para, de acordo com fontes da VISÃO, assumir um cargo numa empresa multinacional.
O deputado confirmou à agência Lusa que apresentou a renúncia com efeitos a partir de amanhã [sexta-feira], por motivos exclusivamente profissionais. “Eu não estou em exclusividade e, em face dos novos desafios que me foram colocados e que vou abraçar, é uma decisão que tenho de tomar”, disse, acrescentando que a decisão estava tomada há meses e apenas esperava o fim do processo orçamental.
“Gostava de agradecer a todos os deputados do grupo parlamentar do PSD, e em particular ao líder parlamentar, Luís Montenegro, pela confiança em mim depositada ao longo dos últimos anos enquanto membro da direcção”, afirmou ainda.
Luís Filipe Valenzuela Tavares Menezes Lopes, de 33 anos, é licenciado em Economia e é filho do ex-líder do partido e antigo presidente da Câmara de Gaia Luís Filipe Menezes, que está a ser investigado pela Justiça. Foi eleito para a Assembleia em 2009, aos 28 anos. Desde então, a sua carreira política foi fulgurante, tendo chegado à primeira fila do grupo parlamentar do PSD para ser braço direito de Luís Montenegro.
Atualmente, integrava as comissões de Economia e Obras Públicas, de Saúde, de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e de Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal (eventual).
Depois de terminar a licenciatura na Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica do Porto, com 16 valores, Luís Menezes passa o verão de 2003 a estagiar no JP Morgan Chase Bank e logo entra para assessor do Conselho de Administração da Fundação Ilidio Pinho. Em 2006, troca a fundação pela mutinacional Unilabs Portugal, que passa a administrar, como director-geral menos de dois anos depois.