O trigésimo quinto congresso da história do PSD, com o slogan “Portugal, acima de tudo!” começou pouco depois das 21h20m, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, com a projeção de um vídeo sobre os 40 anos do partido e a sua origem ideológica. Francisco Pinto Balsemão, Mota Amaral e Sá Carneiro foram alguns dos protagonistas do filme que fez sobressair a matriz social-democrata do PSD “pensado antes de abril”.
À chegada, Pedro Passos Coelho sentou-se ao lado do vice-presidente Marco António Costa e dirigiu-se ao País e ao partido, a seguir a Miguel Pinto Luz, líder da distrital de Lisboa, fazendo a declaração mais importante da noite.
Passos Coelho fez “contas ao que se passou nos últimos dois anos” e disse que os governantes dedicaram o melhor deles próprios a “salvar Portugal” da bancarrota. “Foram tempos de muita exigência e de sacrifícios para todos”, admitiu.
Lembrando que “o País foi mal governado durante vários anos”, o primeiro-ministro afirmou que “a bancarrota e o processo de ajustamento que se lhe segue, nunca pode ser um processo justo” e anunciou “que já temos um ano de reserva, para nos sustentarmos sem nos financiarmos externamente”.
De seguida, iniciou-se a apresentação das propostas temáticas, que se prolongará pelo segundo dia de conclave. É a sexta vez que os sociais-democratas se juntam nesta sala que já viu eleger Cavaco Silva, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa e Durão Barroso.
Estão inscritos no congresso 950 delegados do Continente, Madeira e Açores, mas também do Brasil, França, Luxemburgo, Inglaterra, Bélgica ou Estados Unidos da América. A pessoa que vem de mais longe para participar no encontro é de Macau. O delegado mais novo do congresso tem 20 anos e o mais velho 86.
No total, foram entregues 27 moções setoriais, que são propostas temáticas com orientações para a governação. Uma delas, a da distrital de Lisboa, propõe, entre outras medidas, a descida do IVA para o setor da restauração, hotelaria e similares e a subida do salário mínimo nacional para 500 euros em outubro de 2014.
Além da habitual discussão política sobre questões internas e sobre o País, este conclave servirá também para lançar as comemorações dos 40 anos de democracia em Portugal (25 de abril) e 40 anos do PSD (6 de maio).
Há 300 profissionais da comunicação social acreditados para acompanhar os trabalhos que terão transmissão online en direto no site do PSD e que se prolongam até domingo, 23, dia em que serão eleitos os novos órgãos nacionais do partido.