Com início marcado para as 15h, a discussão da moção de censura ao Governo arrancará com intervenções do PS e do Governo.
Depois, seguir-se-á o debate, que terá uma duração de cerca de duas horas, com o executivo e os socialistas a disporem de mais 12 minutos cada um para as intervenções de encerramento.
Ao todo, serão pouco menos de três horas de discussão do documento do PS, que tem já o ‘chumbo’ garantido apesar do apoio do PCP e do BE, já que PSD e CDS-PP dispõem da maioria dos deputados.
No texto da moção de censura, o PS defende que Portugal vive já uma crise política e precisa de um outro executivo que represente o novo consenso social e político.
“Se o Governo continua cada vez mais isolado, a violar as suas promessas eleitorais, sem autoridade política, incapaz de escutar e de mobilizar os portugueses, a falhar nos resultados, a não acertar nas previsões, a negar a realidade, a não admitir a necessidade de alterar a sua política de austeridade, a não defender os interesses de Portugal na Europa, a conduzir o país para o empobrecimento, então só resta uma saída democrática para solucionar a crise: a queda do Governo e a devolução da palavra aos portugueses”, lê-se no documento.
A moção de censura ao Governo de Passos Coelho será a 24.ª da história da democracia portuguesa mas até hoje só uma derrubou até hoje um Governo: aconteceu a 03 de abril de 1987, Cavaco Silva chefiava um Governo de minoria e a moção foi apresentada pelo PRD, mais tarde liderado pelo ex-Presidente da República Ramalho Eanes.
Nas eleições antecipadas, convocadas pelo então Presidente Mário Soares, Cavaco Silva conseguiu para o PSD a primeira de duas maiorias absolutas, governando até 1995