Pedro Passos Coelho, disse este fim-de-semana, numa visita a Penela, que a dívida pública do Estado português deverá estar paga dentro de 20 ou 30 anos.
“A dívida pública vai demorar muitos anos a pagar, não é um ou dois, qualquer coisa como 20 ou 30 anos”, afirmou Passos Coelho, durante uma visita ao concelho de Penela.
O primeiro-ministro defendeu a necessidade de os reformados com pensões mais elevadas darem ao Estado um “contributo maior”, o que na sua opinião não viola a Constituição da República.
“Queixam-se de lhes estarmos a pedir um esforço muito grande”, disse Passos Coelho em Penela, considerando que esses reformados e pensionistas “descontaram para ter reformas, mas não para terem aquelas reformas”.
Tais pensões elevadas, segundo o primeiro-ministro, “não correspondem ao valor dos descontos que essas pessoas fizeram” ao longo da sua carreira contributiva.
Pedro Passos Coelho revelou ainda que até ao final do ano vai ser apresentada à Assembleia da República uma proposta de lei que combata políticas públicas que gerem dívida e coloquem em causa direitos sociais dos portugueses.
“Vamos até ao final do ano, em Conselho de Ministros, aprovar uma proposta para remeter ao Parlamento uma nova lei de enquadramento orçamental na qual vamos fixar estas regras”, uma vez que “é um direito dos cidadãos de hoje e do futuro poderem ter políticas públicas que não gerem dívida, porque se o fizerem os direitos sociais ficam em causa”, informou Pedro Passos Coelho.
O governante lamentou que o PS não esteja disponível para realizar este debate dentro dos limites de uma revisão constitucional, tornando-a uma “regra de ouro”, o que irá permitir, destacou, que “qualquer maioria as pode alterar no futuro”.