O ataque, no final de sexta-feira, atingiu um edifício residencial no bairro ocidental de Tel Sultan, segundo a defesa civil de Gaza, citada pela agência norte-americana AP.
Os corpos de seis crianças, duas mulheres e um homem foram levados para o hospital Abu Yousef al-Najjar de Rafah, segundo os registos do hospital.
No hospital, hoje de manhã, os familiares choravam e abraçavam os corpos das crianças, envoltos em mortalhas brancas, enquanto outros os confortavam, segundo a AP.
“Este é um mundo desprovido de todos os valores humanos e morais”, disse Ahmed Barhoum, que perdeu a mulher e a filha de 5 anos.
As autoridades de saúde de Gaza anunciaram hoje que mais de 34.000 pessoas foram mortas em quase sete meses da ofensiva de Israel contra o território palestiniano governado pelo grupo extremista Hamas.
Rafah, que fica na fronteira com o Egito, acolhe atualmente mais de metade da população total de Gaza, cerca de 2,3 milhões de pessoas, a maioria deslocada pelos combates no norte do território.
Apesar dos apelos à contenção da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, o mais firme aliado de Israel, o Governo israelita insiste há meses que tenciona levar a cabo uma ofensiva terrestre na cidade.
Israel alega que muitos dos restantes militantes do Hamas estão escondidos em Rafah.
Até à data, essa operação terrestre não se concretizou, mas os militares israelitas têm efetuado repetidamente ataques aéreos na cidade e arredores.
A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes ao sul de Israel pelo Hamas, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.
Israel afirma que cerca de 130 reféns permanecem em Gaza, embora mais de 30 tenham sido confirmados como mortos.
A guerra de Israel contra o Hamas conduziu a uma escalada dramática das tensões num Médio Oriente, já de si volátil, fazendo recear uma guerra total, sobretudo com o envolvimento do Irão.
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