A seleção feminina da Zâmbia vai disputar, pela primeira vez, o Campeonato Mundial Feminino, que vai decorrer na Austrália e tem início marcado para dia 20 deste mês, mas a participação está a dar que falar por outra razão: as acusações de conduta sexual inapropriada por parte do selecionador da equipa principal, Bruce Mwape, e também do selecionador da equipa de sub-17, Kaluba Kangwa.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a FIFA tem conhecimento das acusações contra os dois técnicos e começou a investigar as denúncias em setembro do ano passado. Um mês depois, a Federação de Futebol da Zâmbia (FAZ) tinha revelado que estava em curso uma investigação por alegados abusos sexuais na seleção feminina, mas os nomes só agora foram conhecidos. E há mais envolvidos, ainda não identificados.
passou para a frente da seleção feminina em maio de 2018 e a Zâmbia qualificou-se, sob o seu comando, pela primeira vez, para o Mundial.
“Se ele quer dormir com alguém, tens de dizer que sim”, explicou uma jogadora, sob anonimato, ao The Guardian. “É normal que o treinador durma com as jogadoras da nossa equipa”.
Uma fonte próxima das atletas adiantou ao jornal que estas estão a ser ameaçadas, mas não diretamente pelo treinador, se falarem sobre o caso. “A federação está a fechar os olhos porque as mulheres têm tido bons resultados”, acredita a fonte, que acrescenta que “nos bastidores é muito feio”.