Estão confirmados 13 mortos e 100 feridos, dos quais 15 em estado grave, no atentado desta quinta-feira, quando um verículo, uma carrinha branca, galgou um passeio na zona da Praça da Catalunha, atropelando dezenas de pessoas e gerando situações de pânico em toda a área. O ataque já foi reivindicado pelo Daesh.
A polícia catalã anunciou a detenção de duas pessoas relacionadas com o atentado, que está a ser tratado “como um ataque terrorista”, embora nenhuma delas seja o motorista da carrinha. Um dos suspeitos é um espanhol nascido em Melilla, enclave espanhol em Marrocos, e o outro é natural de Marrocos, de seu nome Driss Oukabir, disse o porta-voz da polícia catalã, Josep Lluis Trapero, à imprensa, sublinhando que se tratou de “um atentado terrorista com intenção de matar o máximo número de pessoas possível”.
Não se confirma, por outro lado, é que o condutor do veículo se tenha barricado dentro de um restaurante, fazendo reféns. Na conferência de imprensa, Josep Lluís Trapero, afirma mesmo que as autoridades nem têm “elementos que sustentem que essa pessoa estava armada quando saiu da carrinha”.
Vídeos partilhados no Twitter logo após o atentado mostram pessoas a fugir pelas ruas próximas, como este:
Segundo a polícia catalã, o atropelamento tem relação com a explosão registada quarta-feira à noite em Alcanar, na Catalunha, provocada pelo manuseamento de bombas de gás butano, que resultou num morto (a pessoa que estava alegadamente a manuesar as bombas) e sete feridos.
Não há portugueses entre as vítimas
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luis Carneiro, disse hoje à Lusa que não há portugueses entre as vítimas do atentado.
“Não há portugueses entre os 100 feridos e já foram identificadas quatro das 13 vitimas mortais. Uma é belga e outras três alemãs”, disse José Luis Carneiro esta noite à agência Lusa.
Marcelo e Costa condenam “ato terrorista” em mensagem conjunta ao rei e a Rajoy
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, enviaram hoje uma mensagem conjunta ao chefe do executivo espanhol e ao rei de Espanha manifestando “total solidariedade” e condenando o “ato terrorista” de Barcelona.
“A notícia do atentado ocorrido esta tarde em Barcelona, do qual resultaram vários mortos e feridos, provocou grande choque e consternação em todo o Povo português”, pode ler-se na mensagem publicada na página da Internet da Presidência da República e assinada por Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa.
As duas principais figuras do Estado português manifestam “a total solidariedade de Portugal inteiro para com o nosso Povo irmão de Espanha”, mas também a “mais clara condenação por este ato terrorista”.