“Tivemos um aumento de centenas de milhares de utilizadores Teams durante a pandemia nas empresas portuguesas”, afirmou Paula Panarra, num encontro por videoconferência com os jornalistas, a propósito dos 30 anos da Microsoft no mercado português.
“Nas escolas ultrapassámos os 600 mil utilizadores” da plataforma de videoconferência Teams, acrescentou, referindo que para a educação, esta ferramenta “é sempre gratuita”.
Paula Panarra não avançou dados concretos do número de utilizadores global do Teams em Portugal, uma vez que não é política da Microsoft desagregar dados regionais, mas avançou que esta plataforma de videoconferência lidera no mercado português.
“A plataforma Teams tem a maior penetração” em Portugal, afirmou.
A diretora-geral salientou que se assistiu a “um ‘boom’ [na utilização do Teams] nas primeiras semanas” da pandemia em Portugal, que assolou o país em março último.
A plataforma Teams “foi uma das primeiras iniciativas que lançámos, até a nível global, com a disponibilização durante seis meses, gratuito, para todas as empresas, instituições, entidades públicas”, prosseguiu a responsável, salientando que o aumento foi de “centenas de milhares” de utilizadores.
Isto porque devido ao confinamento, grande parte das empresas funcionou em teletrabalho e o Teams foi uma das ferramentas utilizadas para o trabalho à distância.
“A transformação digital não é sobre tecnologia, é sobre processos, sobre pessoas, essa foi uma realidade durante a pandemia, mas tem de continuar a ser uma realidade”, considerou a diretora-geral.
Atualmente, há “uma aceitação”, até em “empresas mais conservadoras”, de que o trabalho remoto “não só é possível como pode criar mais produtividade e redução de custos. O modelo “híbrido” de trabalho “veio para ficar”, apontou.
Sobre a faturação, Paula Panarra salientou que a subsidiária portuguesa não pode comunicar publicamente os dados, referindo apenas que “mais de 60%” do negócio já vem da ‘cloud’ [armazenamento de dados na nuvem].
Relativamente ao número de colaboradores, a Microsoft Portugal já ultrapassou os 1.100, sendo cerca de 30% mulheres, e um total de cerca de 15 nacionalidades.
“Duplicámos nos últimos quatro anos” o número de colaboradores, disse, acrescentando que o aumento “foi exponencial” naquele período quando comparado com os anteriores 26 anos.
“Temos vindo cada vez mais a fazer a aposta em serviços que possam, a partir de Portugal, ser prestados para todo o mundo”, salientou, justificando o crescimento do número de colaboradores.
A diretora-geral anunciou ainda o regresso do evento “Building The Future” [construir o futuro, em português] em 26, 27 e 28 de janeiro, que irá reunir especialistas sobre o tema “The future is now” [o futuro é agora].
ALU // JNM