“Em relação às falhas de articulação com a garantia, [a responsabilidade] não foi minha”, afirmou o responsável na sua audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
Em causa está a utilização da Tranquilidade como garantia numa provisão feita para um crédito concedido pelo Espírito Santo Financial Group (ESFG), que detinha a seguradora, ao BES, numa operação em que a Tranquilidade foi avaliada em 700 milhões de euros pela auditora PwC, no início de 2014.
O presidente do Instituto de Seguros de Portugal justificou ainda que o supervisor decidiu não intervir na seguradora Tranquilidade para não criar incerteza no setor, garantindo que essa foi a melhor opção.
“Se tivesse havido uma intervenção por parte do ISP, com certeza não teria corrido tão bem como correu até agora”, afirmou aos jornalistas o responsável, à margem da sua audição.
A Tranquilidade fazia parte do universo Espírito Santo e é presidida por Pedro Brito e Cunha, primo de Ricardo Salgado, o líder histórico do BES que foi afastado este verão da presidência do banco, semanas antes do seu colapso.