O novo Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia-MAAT já tem uma data marcada para abrir portas ao público. A grande estrutura começa a funcionar nos dias 4 e 5 de outubro deste ano, mostrando a exposição Utopia/Dystopia, Part 1: Dominique Gonzalez-Foerster. Dirigido pelo arquiteto e curador Pedro Gadanho, que abandonou as suas funções de comissário no Museum of Modern Art- MOMA, onde esteve durante três anos a dirigir o departamento de arquitetura e design, 0 MAAT vai ter uma programação ambiciosa dedicada à cultura contemporânea, anunciam, nas vertentes das artes visuais e multimédia, arquitetura e cidade, tecnologia e ciência, sociedade e pensamento. Um grande chapéu que inclui ainda a programação da atual Central Tejo, até agora a funcionar como Museu da Eletricidade.
Na prática, desenhou-se a criação de um grande pólo na capital portuguesa, numa localização privilegiada: o MAAT terá cerca de sete mil metros quadrados dedicados ao espaço público, no bairro de Belém, junto ao rio, abrigados numa estrutura arquitetónica marcante: o edifício é dominado por uma cobertura em forma de onda, a calçada portuguesa foi reinterpretada para fundir passeio público e espaço museológico, e a fachada está revestida de azulejos 3D, inspirados na tradição da cerâmica portuguesa, que cria efeitos de luz e de sombra. Um projeto assinado pelo atelier AL_A, liderado por Amanda Levete.
“O novo MAAT proporcionará um local único para explorar as intersecções contemporâneas da arte, arquitetura e tecnologia através de exposições e programas destinados ao grande público”, anuncia Pedro Gadanho. A exposição inaugural, Utopia/Dystopia, Part 1: Dominique Gonzalez-Foerster parte da comemoração dos 500 anos da publicação do livro de Thomas More, Utopia. Está também prevista a mostra The World of Charles and Ray Eames, dedicada aos designers Charles e Ray Eames, de outubro a janeiro. O MAAT tem a sua apresentação internacional esta quinta-feira, na ARCO.
A 35ª Arco abriu portas com 167 galerias. As novidades? Não tem um país convidado, mas terá uma extensão portuguesa: entre 26 e 29 de maio, a Cordoaria Nacional, em Lisboa, recebe 40 galerias nacionais e estrangeiras. Uma aproximação a pensar igualmente no mercado africano. Em Madrid, estão agora onze galerias portuguesas: 3+1 Arte Contemporânea, Baginski, Cristina Guerra, Filomena Soares, Graça Brandão, Kubik, Mário Sequeira, Múrias Centeno, Quadrado Azul e Vera Cortês. Nesta edição, esttá ainda prevista a entrega do prémio A al Colecionismo a António Cachola, cuja coleção privada, composta por mais de seiscentas obras de criadores nacionais, está patente no Museu de Arte Contemporânea de Elvas.