A exposição da representação oficial portuguesa na 56ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza de 2015, vai ser inaugurada hoje, 6 de Maio, no Palazzo Loredan, em Veneza, numa cerimónia oficial. A Bienal abre oficialmente ao público no dia 9. A exposição portuguesa poderá ser visitada, diariamente, entre as 10h e as 18h, até dia 22 de novembro, no Palazzo Leoredan, situado no Campo Santo Stefano, no centro da cidade, junto ao canal principal.
Da autoria de João Louro, a exposição intitula-se I WILL BE YOUR MIRROR / POEMS AND PROBLEMS e terá como curadora a espanhola Maria de Corral, crítica de arte, consultora e curadora independente. Presentemente é Curadora-Chefe da Coleção de Arte Contemporânea do Museo Patio Herrerino (Valladolid) e Co-Diretora da empresa Expo Actual S.L. Foi Co-Directora da 51ª edição da Bienal de Veneza, em 2005.
João Louro nasceu em Lisboa em 1963, onde vive e trabalha. Estudou arquitetura na Faculdade de Arquitetura de Lisboa e pintura na Escola Ar.Co. O seu trabalho engloba pintura, escultura, fotografia e vídeo. Descendente da arte minimal e conceptual, com uma atenção especial às vanguardas, a obra de João Louro exprime, enquanto registo do tempo, a sua visão da arte e da cultura como sistemas auto-referenciais. A plataforma de leitura das suas obras é indissociável do horizonte cultural da modernidade e da sociedade pós-industrial. Traçando uma topografia de referências que são tanto pessoais como geracionais, utiliza como fonte recorrente a linguagem, a palavra escrita e a revisão da imagem na cultura contemporânea, a partir de um conjunto de representações e símbolos do universo visual coletivo. O minimalismo, o conceptualismo, a cultura pop, o estruturalismo e pós-estruturalismo, autores como Walter Benjamin, Guy Debord, Georges Bataille, Maurice Blanchot ou artistas como Donald Judd ou o sempre presente Duchamp, formam o léxico de referência deste artista.
A sua obra está presente em coleções particulares e públicas, portuguesas e estrangeiras, como: Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Coleção BES (Lisboa); Coleção António Cachola (Elvas); Fundación ARCO (Madrid), Coleccion Helga de Alvear (Cáceres), Coleccion Purificacion Garcia (Madrid); Margulies Collection at the Warehouse (Miami); Jumex Foundation (México); Fundação de Serralves (MACS, Porto); MACRO Museo d’Arte Contemporanea (Roma); Fundação Leal Rios (Lisboa); Museu do Caramulo. O seu trabalho é representado em Portugal pela Galeria Cristina Guerra Contemporary Art (Lisboa) e pela Galeria Fernando Santos (Porto) e, nos Estados Unidos da América, pela Christopher Grimes Gallery (Santa Monica).