1. Mozart Concertante
Cumpre-se em 2024 o centenário do Teatro Tivoli (hoje conhecido como, mecenato oblige, Tivoli BBVA), em plena Avenida da Liberdade. Do programa das festas faz parte uma nova parceria com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, que vai materializar-se, já no dia 22 de janeiro, no concerto Mozart Concertante (no programa estão a Sinfonia Concertante, KV 364 e a Sinfonia nº 39, de Mozart). Os outros espetáculos previstos com a Metropolitana no Tivoli, ao longo do ano, são A Escocesa (19 fev), No Centenário de Joly Braga Santos (27 mai) e Música Fantástica, revisitando obras de Berlioz e de Ravel (17 jun). Teatro Tivoli BBVA, Lisboa > 22 jan
2. Cara de Espelho
Uma novidade apetitosa para 2024 é este muito promissor projeto de música popular portuguesa (já se podem ouvir por aí as canções Corridinho Português e Político Antropófago). O primeiro álbum, homónimo, dos Cara de Espelho, vai sair a 26 de janeiro e há vários concertos marcados. Neste “supergrupo” vamos reencontrar a carismática voz grave de Mitó Mendes (ex-A Naifa e Señoritas), bem como o talento de Pedro Silva Martins (Deolinda), do construtor e inventor de instrumentos Carlos Guerreiro (Gaiteiros de Lisboa), Nuno Prata (Ornatos Violeta), Luís José Martins (Deolinda) e do experiente baterista/percussionista Sérgio Nascimento (Sérgio Godinho, David Fonseca, Humanos…). Theatro Circo, Braga > 24 fev > Cineteatro Louletano, Loulé > 2 mar > Teatro Maria Matos, Lisboa > 5 mar > Casa da Música, Porto > 16 mar
3. Slow J
Lançado na reta final de 2023, Afro Fado tornou-se rapidamente um dos discos nacionais do ano. Nele, Slow J leva o hip-hop ao encontro das suas raízes luso-angolanas e da busca de uma identidade nacional sintonizada com a sua geração (o músico completa 32 anos, em 2024). Há sinais claros de que há muita gente a dar-lhe ouvidos: o disco bateu o recorde de álbum nacional mais ouvido no Spotify, no primeiro dia a seguir ao lançamento, e Slow J conseguiu já esgotar estas duas datas, na maior sala de espetáculos do País. Altice Arena, Lisboa > 7-8 mar
4. Depeche Mode
A digressão europeia Memento Mori vai passar pela maior sala de espetáculos de Lisboa. A morte do teclista e fundador dos Depeche Mode, Andy Fletcher, em maio de 2022, foi um rude golpe, mas, como muitas vezes acontece no mundo da música, a banda empenhou-se em mostrar como continuava viva, honrando o seu passado – neste caso, mais de 40 anos de história(s). Lançado em março de 2023, o álbum Memento Mori foi, com muito boas críticas, mais do que uma prova de vida, apesar de estar habitado, de forma desassombrada, pelo tema da morte. E sabemos bem como Martin Gore e Dave Gahan são exímios em levar um bom disco até aos maiores palcos do mundo. Um daqueles concertos que sabe a reencontro. Altice Arena > 19 mar
5. Sara Correia
Bastaram dois álbuns para a transportar para a primeira divisão do muito concorrido universo do fado atual. O terceiro saiu em outubro deste ano, com um título sob a forma de apresentação: Liberdade. Nele se misturam fados tradicionais com leituras mais contemporâneas, livres de amarras e de ortodoxias – é o que acontece com Chelas, o single que serviu de apresentação, com letra de Carolina Deslandes. É chegado o momento de, pela primeira vez, a jovem fadista levar a sua voz poderosa, em nome próprio, aos coliseus. Ainda fará sentido aquela velha pergunta do jornalismo musical português: “Para quando o coliseu?” No caso de Sara Correia, a resposta é: “Agora!” Coliseu de Lisboa > 9 mar > Coliseu do Porto > 22 mar
6. Soundwalk Collective com Patti Smith
Com uma exposição no CCB, este concerto e outro no festival Jardins do Marquês, em Oeiras, com o seu quarteto, Patti Smith, que aos 76 anos é uma referência do rock e das palavras ditas, poéticas e/ou de combate, vai marcar a agenda cultural nacional em 2024. No dia 23 de março, às 19h, atuará no Centro Cultural de Belém, com o coletivo Soundwalk Collective, num espetáculo que se apresenta como “uma viagem audiovisual imersiva” e que está integrado no novíssimo Festival Soundcheck. Entre os dias 21 e 24 de março, no CCB, também poderão ouvir-se, entre outros concertos, a homenagem de Camané a José Mário Branco; Maria João às voltas com as palavras de Shakespeare e o jovem pianista e compositor brasileiro de jazz Amaro Freitas. Centro Cultural de Belém, Lisboa > 23 mar
7. Delfins
Celebração dos 40 anos de uma das mais bem-sucedidas bandas do pop nacional. Miguel Ângelo, Fernando Cunha, Luís Sampaio, Rui Fadigas, Jorge Quadros e Dora Fidalgo voltam a subir a um grande palco para recordarem hits que o público sabe de cor. Altice Arena, Lisboa > 6 abr
8. Autechre
Estreia em Portugal de uma dupla que, ao longo das últimas três décadas, se tornou uma referência obrigatória da música eletrónica. Misturando vários elementos e estilos, Sean Booth e Rob Brown constroem paisagens sonoras únicas, que aliam (muito) experimentalismo aos códigos reconhecíveis do universo da eletrónica. A concentração nas subtilezas dos sons dos Autechre será potenciada pela escuridão quase total da sala, durante o concerto. Depois de esgotarem os bilhetes para a primeira sessão anunciada, decidiram atuar por duas vezes na mesma noite (às 21h e às 23h15). Culturgest, Lisboa > 12 abr
9. Taylor Swift
A corrida aos bilhetes começou assim que estes foram postos à venda, em meados do passado mês de julho, e voaram rapidamente. Por razões artísticas, mediáticas e também económicas, Taylor Swift é hoje a rainha mundial do pop e uma figura que se tem especializado em bater recordes da indústria musical – parecem já longínquos os anos em que era só uma menina bonita e bem-sucedida da música country. As duas datas esgotadas da The Eras Tour, no Estádio da Luz, marcam a estreia da cantora em Portugal (a atuação estava prevista para o NOS Alive de 2020, que foi cancelada devido à pandemia) – alguma histeria por parte dos muitos fãs nacionais é altamente expectável. Swift foi escolhida pela revista Time para figura do ano em 2023. Estádio da Luz, Lisboa > 24-25 mai
10. Moonspell
Ao fim de mais de 30 anos de carreira, a mais internacional das bandas de rock nascidas em Portugal ainda consegue enfrentar novos desafios. Desta vez, estreando-se na Altice Arena em nome próprio, os Moonspell vão revisitar as suas canções com o acompanhamento da orquestra Sinfonietta de Lisboa. Os arranjos orquestrais que se baterão, em palco, com o poderoso heavy metal da banda da Brandoa são da responsabilidade do pianista Filipe Melo. Uma oportunidade única para os fãs ouvirem como nunca Moonspell. Altice Arena > 26 out
DIAS DE FESTIVAL:
Destaques, entre os nomes já confirmados nos festivais
11. Primavera Sound Parque da Cidade, Porto, 6-8 jun Pulp, Lana Del Rey, Justice, The National, PJ Harvey, SZA, Mitski, Amyl and the Sniffers, ARCA, Blonde Redhead
12. Rock in Rio Parque Tejo, Lisboa, 15-16 jun, 22-23 jun Scorpions, Evanescence, Extreme, Ed Sheeran, Ivete Sangalo, Doja Cat
13. Jardins do Marquês Oeiras, jun-jul Patti Smith Quartet, Djavan
14. Cool Jazz Cascais, 9-31 jul Air (Moon Safari), Dino D’Santiago, Diana Krall, Jamie Cullum
15. NOS Alive Algés, 11-13 jul Arcade Fire, The Smashing Pumpkins, Benjamin Clementine, Black Pumas, Jessie Ware, Dua Lipa, Jessie Ware, Michael Kiwanuka, Pearl Jam, Sum 41, The Breeders, Khruangbin
16. Super Bock, Super Rock Meco, Sesimbra, 18-20 jul Måneskin, Royal Blood
17. MEO Marés Vivas Vila Nova de Gaia, 19-21 jul Take That, James Arthur, Snow Patrol, Ornatos Violeta
18. Sudoeste Zambujeira do Mar, 7-10 ago Da Weasel, Matuê
19. Vodafone Paredes de Coura Paredes de Coura, 14-17 ago Fontaines D.C., The Jesus and Mary Chain, Slowdive, Baxter Dury, Nouvelle Vague, Gilsons, Cat Power, Sleater-Kinney
20. MEO Kalorama Parque da Bela Vista, Lisboa, 29-31 ago LCD Soundsystem, Massive Attack, Sam Smith, Jungle, The Postal Service & Death Cab For Cutie, Ana Moura, The Kills, Nation of Language