Já passaram mais de 15 anos desde a estreia de Madonna em palcos portugueses. Os bilhetes quase se esgotaram de imediato, e isso voltou a suceder agora. Aos seis concertos previstos foram acrescentados mais dois e, sendo assim, ainda há algumas entradas disponíveis.
Em setembro de 2004, os quase 20 mil lugares do Pavilhão Atlântico voaram em poucas horas, obrigando a organização a acrescentar mais uma data. À época, foi também digna de nota a romaria de fãs para a porta da discoteca Lux, que teria sido reservada pela cantora norte-americana para o seu staff (embora a própria nunca tenha aparecido). Hoje é bem mais fácil dar de caras com Madonna numa qualquer ruela de Lisboa, a cidade onde vive desde 2017. Por cá, a rainha da pop apaixonou-se pelas sonoridades lusófonas da morna, do samba e do fado, presentes no disco Madame X, editado em maio de 2019.
Nesta digressão, surge acompanhada em palco por um vasto contingente lusófono, composto pelo jovem-prodígio da guitarra portuguesa Gaspar Varela (bisneto da fadista Celeste Rodrigues, de quem Madonna se tornou amiga), pela Orquestra de Batukadeiras de Cabo Verde, a trompetista portuguesa Jéssica Pina, o músico cabo-verdiano Miroca Paris (antigo colaborador de Cesária Évora), o percussionista português Carlos Mil-Homens e ainda o também percussionista angolano Iuri Oliveira. Este é, no entanto, um concerto bem diferente de Madonna, mais próximo e intimista quando comparado com as anteriores passagens por Portugal (no Parque da Bela Vista, em Lisboa, em 2008, ou no Estádio Cidade de Coimbra, em 2012). É uma Madonna para vermos quase olhos nos olhos, como uma espécie de girl next door.
Depois de Lisboa, a digressão europeia de Madonna continua com 15 espetáculos no Palladium, em Londres, e mais 12 no Grand Rex, em Paris.
Madonna > Coliseu dos Recreios > R. das Portas de Santo Antão, 96, Lisboa > T. 21 324 0580 > 12, 14, 16, 18-19, 21-23 jan, 20h > €75 a €400