O amor pela culinária acabou por levar à prisão de Marc Biart, um mafioso que estava em fuga desde 2014. O criminoso tinha o cuidado de tapar a cara nos vídeos que publicava no YouTube, mas acabou por ser identificado pelas suas tatuagens. A ordem de prisão foi dada há sete anos e o homem acabou por ser detido agora na República Dominicana. O ArsTechnica publica uma mensagem da Interpol no Twitter onde se confirma que “as autoridades localizaram [Biart] depois de reconhecer as suas tatuagens num vídeo do YouTube”.
A notícia da prisão e da extradição de Biart para Itália teve eco em várias organizações noticiosas que não deixaram de salientar o insólito da situação. O homem era procurado por acusações ligadas ao tráfico de cocaína para a Holanda a mando do clã Cacciola da ‘Ndragheta.
A prisão de Biart faz parte de uma investigação maior que acabou também por conduzir à prisão de Francesco Pelle, um chefe da máfia que foi detido no Hospital de São José, em Lisboa esta semana.
A AFP lembra que a cultura secretista e a aplicação brutal do código de silencio da ‘Ndragheta faz com que esta organização seja muito difícil de vigiar e penetrar. O grupo já chega a quase todo o mundo e é atualmente maior do que a Cosa Nostra, a máfia siciliana. A investigação atual incide sobre 355 alegados mafiosos, com acusações de homicídio, tráfico de droga, extorsão e lavagem de dinheiro.