A trajetória que o asteroide 2024 YR4 tem vindo a seguir apresenta 1,2% de probabilidade de poder vir a embater na Terra, segundo as estimativas preliminares da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA). Apesar de a percentagem parecer baixa, coloca o objeto no topo da lista de risco da NASA, com base nestes cálculos preliminares. A colisão pode vir a acontecer já dentro de sete anos, em 2032.
O 2024 YR4 foi detetado em dezembro do ano passado pelo ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) e estava a 829 mil quilómetros da Terra, afastando-se do nosso planeta. A trajetória calculada coloca-o a aproximar-se de novo em 2028. Os cálculos preliminares feitos pela NASA, que “podem facilmente estar imprecisos por um fator de poucos ou ocasionalmente de algumas dezenas”, mostram uma percentagem de 1,2% de uma colisão em 2032.
O asteroide mede 55 metros de largura e viaja a uma velocidade de 17,32 km por segundo. Os investigadores da NASA desenharam seis possíveis cenários de impacto, entre 2032 e 2074, com o de maior probabilidade a acontecer a 22 de dezembro de 2032.
A equipa alerta que “muito provavelmente, novas observações telescópicas devem levar a uma reavaliação para Nível 0 ou Sem perigo”, mas atualmente o objeto está classificado como Nível 3 na escala de Torino, usada para medir o perigo que os asteroides representam.
De acordo com o Gizmodo, o impacto deste asteroide libertaria uma grande quantidade de energia (oito megatoneladas, mais de 500 vezes a que foi libertada pela bomba atómica de Hiroshima).
No passado, apenas o 99942 Apophis representou um risco maior, tendo sido classificado com o Nível 4, em 2004. Nesse caso, o nível de ameaça foi progressivamente sendo reduzido para zero, com os astrónomos a descartarem qualquer possibilidade de colisão nos próximos cem anos.
Com a possibilidade de as características como velocidade, magnitude e massa do asteroide a poderem mudar nos próximos tempos, os investigadores vão estar atentos e a realizar monitorizações continuas que levem a uma reavaliação do risco de colisão.