São na sua maioria médias empresas (mas também as há pequenas – quase um terço do total – e grandes), onde a geração millenial representa 63% dos colaboradores. Dois terços estão concentradas na Grande Lisboa e no Grande Porto e têm e os seus colaboradores apresentam elevados níveis de satisfação.
São 50 e foram consideradas as Melhores Empresas para Trabalhar em 2021. O ranking (que apenas é ordenado para as primeiras 25, onde se nota uma forte aposta no desenvolvimento e talento) foi conhecido esta quinta-feira, 28 de outubro, durante o Fórum Futuro do Trabalho, e é diverso também em termos de setores. Embora o tecnológico se destaque, também as firmas do setor financeiro e de seguros, do comércio e da indústria se encontram bem representados.
A satisfação dos cerca de 10 mil colaboradores inquiridos – e que foi a peça principal para aferir o resultado – superou os 60% no total das empresas do ranking e mais de 70% no caso das primeiras 25, de acordo com a análise realizada pela Escola de Negócios AESE, parceira desta iniciativa a que este ano se juntou a ManpowerGroup.
Os vencedores
Em primeiro lugar na lista está a subsidiária portuguesa da tecnológica mundial HP, que emprega 48 pessoas em Paço de Arcos, Oeiras, e se dedica às vendas e serviços na área dos computadores e impressoras. A cultura de desenvolvimento e de oportunidades de crescimento dos colaboradores foi destacada como uma das âncoras da número um desta lista.
“É normal dizer que é a inovação de produto e de processo que faz crescer as empresas, mas por trás disso estão as pessoas: o seu talento, a vontade de crescer. Vale a pena os esforços do dia a dia, de tentarmos ter o melhor ambiente de trabalho nas empresas. Para que se sintam bem, felizes e gostem de estar na empresa e se sintam com vontade de crescer, desenvolver e acrescentar à empresa,” disse o managing director da HP Portugal durante a entrega do prémio.
Para José Correia, a distinção é um “incentivo às boas práticas empresariais, para que invistam no seu capital humano. Não é um prémio para a empresa, mas para os nosso 50 colaboradores, também para os que trabalharam connosco ao longo dos últimos 30 anos,” acrescentou.

A segunda posição cabe a uma outra tecnológica, a Blip. Sediada no Porto, esta grande empresa (com 391 colaboradores) viu sublinhado o seu trabalho interno de motivação e acompanhamento durante a pandemia e a política de benefícios.

Em terceiro lugar no ranking está uma firma do setor financeiro e segurador: a CA Seguros, seguradora não-vida do grupo Crédito Agrícola. Oportunidades de evolução profissional e de progressão interna são apontadas como exemplo de boas práticas.

As restantes 22 empresas do lote de 25, que foi ordenado valorativamente, são as seguintes:
4 – IT People
5 – PHC Software
6 – Milestone
7 – Zome
8 – Grupo República 45
9 – Só Barroso
10 – E-goi
11 – Unipartner
12 – Globalis
13 – Amco
14 – F.Iniciativas
15 – Beltrão Coelho
16 – Winsig
17 – Zone Soft
18 – Kwanko
19 – Zoetis
20 – Tipocor
21 – Bresimar Automação
22 – YKK Portugal
23 – Present Technologies
24 – Innovarisk
25 – Samsys
As restantes 25 empresas do ranking das 50 melhores foram ordenadas alfabeticamente. São as seguintes:
7Graus; Águas de Santarém; Aegon Santander Portugal; Armis; Bee Engineering; BitSight Technologies; Brighten; BySide; Clínica da Mente; Conceito; Decskill; Edit Value; EC Travel; Estoril Sol Digital; Future Healthcare; H.B. Fuller; InnoWave; InovaPrime; Konica Minolta; Neutroplast; RNM; Segmento Urbano; Sonorgás; Volkswagen Digital Solutions e WDMI.
Trabalho completo na EXAME de novembro
Os perfis de cada empresa destacada neste ranking podem ser consultados na íntegra na edição em papel de novembro da EXAME, que chega às bancas esta sexta-feira, 29 de outubro. Além do ranking, o dossier especial que dá capa a esta revista traz ainda a análise das melhores práticas detetadas em cada uma das empresas, o retrato global do universo vencedor, artigos de opinião dedicados à temática, além da metodologia que permitiu apurar esta lista.
Esta é uma iniciativa histórica da EXAME, que tinha sido interrompida na edição anterior devido à pandemia, e que regressa em 2021 com a nova parceria com a ManpowerGroup e a já também histórica parceria com a AESE, a quem coube a análise efetuada com base em dados descaracterizados.
As empresas interessadas em participar inscreveram-se na iniciativa e responderam online a dois questionários com 80 questões – um direcionado à organização e o outro aos colaboradores – para aferir procedimentos e boas práticas por um lado e níveis de satisfação por outro, que foram depois vertidos em 20 critérios.
A escolha das melhores resultou da consolidação destas vertentes e as eleitas foram depois alvo de um trabalho jornalístico por parte da EXAME, que resultou na edição em papel que chega esta semana às bancas – onde as conclusões do estudo da AESE também estão disponíveis com maior profundidade.