A cineasta Margarida Gil surpreende com exposição de escultura
Margarida Gil, cineasta e artista plástica, fala ao JL das “afinidades” do gesto criador na escultura e no cinema e do “poder” da criação
Redescobrir Augusto Cabrita
Duas exposições, Um Olhar Inédito, no auditório do Barreiro, e O Olhar Encantado, na Biblioteca de Marvila, e uma homenagem na Cinemateca nos dias 5, 6 e 7 de março, são oportunidade para redescobrir o fotógrafo, cineasta, repórter e realizador de televisão Augusto Cabrita e o seu poderoso olhar sobre a realidade e muitas figuras das artes e da cultura. Porque a celebração do seu centenário de nascimento pretende ser “um prelúdio e não um epílogo”, como adianta ao JL o neto e curador Augusto António Cabrita
Luís Villas-Boas, jazz e tudo
Dois centenários num espetáculo, Tudo Isto É Jazz!, a 9, no Centro Cultural de Belém, que celebra os cem anos de Luís Villas-Boas e do primeiro concerto de jazz em Portugal. Com conceção de João Moreira dos Santos, que irá lançar um livro com entrevistas do fundador do Hot Clube de Portugal (HCP), cruza música e teatro, e vai ter em palco o ator João Lagarto, a Orquestra do Hot com direção de Pedro Moreira, e músicos como António Barros Veloso, Jorge Costa Pinto, Maria João, Ricardo Toscano, Rita Maria, Rão Kyao, Laurent Filipe ou Zé Eduardo
Fernando Lanhas; ver para compreender (
Pintor, arquiteto, arqueólogo, museógrafo, poeta, Fernando Lanhas é um dos mais singulares artistas do século XX português. Considerado um pioneiro do abstracionismo geométrico, a sua obra abarca diferentes domínios e conhecimentos. No centenário do seu nascimento, é possível redescobri-la em duas exposições, O Homem É Fenómeno Magistral, no Museu de Serralves, e Sabe o Que Não Sabes, no Centro de Artes Visuais de Coimbra, com curadoria, respetivamente, de Marta Moreira de Almeida e de Miguel von Hafe Pérez, que falam ao JL do artista que queria “ver para compreender”, como recorda o filho, Pedro Lanhas, e abarcar todo o universo
'Tempestade Ainda', no Teatro Aberto
Estranha e densamente poética, a ecoar nas tormentas que atravessamos, nas que se estão a formar, Tempestade Ainda, de Peter Handke. É uma encenação de João Lourenço, com tradução e dramaturgia de Vera San Payo de Lemos. E não será por acaso que sobe à cena neste momento. “Era uma peça que estava programada há anos, mas parece que este tempo vem confirmá-la, porque as tempestades continuam”, diz o encenador ao JL. “E são tempestades contínuas”
Shakespeare musical no Trindade
Noite de Reis, de Shakespeare, segundo Ricardo Neves-Neves, que assina a encenação, estreia amanhã, 26, no Teatro da Trindade, em Lisboa. É um espetáculo em que a “música, cantada e tocada, está presente da primeira à última cena”, como adianta ao JL o diretor do Teatro do Eléctrico
João Mota: O temor do ator na hora do regresso
Quase duas décadas depois, vai de novo pisar as tábuas e o que sente na hora do regresso é “temor”, garante ao JL. E já leva 70 anos de ator. João Mota está de volta à cena em A Casa de Bernarda Alba, de Lorca, que estreia amanhã, 22, no Teatro A Comuna, companhia que fundou e dirige há meio século e cujo percurso evocaremos em próxima edição. Um espetáculo com encenação de Hugo Franco, que junta ainda Carlos Paulo e João Grosso, entre outros, num elenco inteiramente masculino
Filipe Raposo: a cor da música
Øbsidiana é o segundo momento da sua Trilogia das Cores, um livro-disco em que o pianista e compositor Filipe Raposo cruza música, literatura, cinema e fotografia para dar a ver e ouvir todos os tons da sua arte. Uma harmonia criativa com “três pilares”: a música clássica, a tradicional e o jazz, como adianta ao JL
Raquel André: Uma Língua Portuguesa afiada
Um “grande elogio“ e um “questionamento” da Língua Portuguesa (LP), na performance-conferência Outra Língua, que estreia a 20, no Teatro Viriato, em Viseu.
Daniel Blaufuks na série PH
É sobre Daniel Blaufuks a oitava monografia da coleção Ph, da Imprensa Nacional, dedicada à fotografia portuguesa contemporânea. O livro, com lançamento a 24, às 18,30 h, na Fundação Gulbenkian, percorre a obra do artista visual, dos iniciais anos 80 aos dias de hoje, e integra um ensaio da filósofa Maria Filomena Molder
Menez: a pintura habitada
Uma exposição antológica na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, revisita três décadas da sua obra. Alguns dos seus trabalhos estiveram, recentemente, em diálogo com os de Sónia Almeida e Júlio Pomar, no Atelier-Museu do pintor, em Lisboa. E também na exposição Tudo o que eu Quero, na Fundação Gulbenkian, atualmente em Tours. Oportunidade para rever e recordar Menez (1926-1995), uma das mais importantes, singulares e ao mesmo tempo “discretas” artistas portuguesas da segunda metade do séc. XX, distinguida com o Prémio Pessoa em 1990. O JL evoca-a, em texto inicial sobre a sua vida e obra, ouvindo a curadora da exposição, e diretora da Casa das Histórias, Catarina Alfaro, e lembrando designadamente textos significativos de Maria Helena Freitas sobre a sua pintura. Depois, testemunhos de Maria Arlete Alves Silva, amiga e galerista de Menez, ao lado do marido, Manuel de Brito, da 111, e de outro amigo, o jornalista e escritor Luís Amorim de Sousa, que no período em que a artista residiu em Londres com ela conviveu, de par com o poeta Alberto de Lacerda, de quem Menez foi especialmente próxima e com quem manteve uma correspondência, da qual publicamos três cartas inéditas.
Ainda Marianas no D. Maria: Novas Cartas em cena
As Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, obra essencial do feminismo, que este ano faz 50 anos, são o ponto de partida de Ainda Marianas, que estreia amanhã, 21, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. E esse é um livro “que desafiou o antigo regime”, que tem sido “votado a um certo esquecimento”, mas, como afirmam as criadoras Catarina Rôlo Salgueiro e Leonor Buescu ao JL, não ficou “cristalizado” e “ainda ressoa até hoje”.
Teatro: Os Filhos
“Qual a nossa responsabilidade perante os outros e as gerações que estão por vir? Esta é uma das questões que se levantam em Os Filhos, a peça de Lucy Kirkwood em cena no Teatro Aberto. E essa é uma questão que interpela o nosso tempo. Daí a importância do teatro refletir sobre “que legado, que Planeta vamos deixar aos vindouros”, como diz ao JL Álvaro Correia (AC), que encena o espetáculo a convite de João Lourenço, diretor do TA. “É também responsabilidade do teatro escolher o que pôr em cena, aquilo sobre que interessa falar quando fazemos um espetáculo.”
A voz (corpo e alma) do teatro
Na sequência do desaparecimento de Eunice Muñoz, republica-se o texto de Maria Leonor Nunes sobre a atriz, capa do número 1336 do JL
Laura Castro: Dar visibilidade à arte
Unir 13 instituições culturais do Norte com o intuito de partilha cultural. É o novo projeto de Laura Castro
Hugo Canoilas: O mar dentro de nós
Uma exposição que vai ao fundo do oceano, para descobrir o princípio da vida e novas maneiras de viver, porque “há mar dentro de nós”, até aos ossos. Ou como a arte pode avançar uma nova “sensibilidade” para a necessidade de ver com outro olhar o mundo à volta e a urgência de cuidar do planeta. Moldada na Escuridão, uma instalação, na Galeria de Exposições Temporárias do Museu Gulbenkian, dá a ver o trabalho que Hugo Canoilas tem desenvolvido nos últimos dois anos. O artista, que atualmente vive entre Viena e Nova Iorque, apresenta ainda em Lisboa um conjunto de obras recentes, na exposição Flotsam & Jetsam, com o neerlandês Willem Weismann, na Galeria Quadrado Azul, onde tem criado A Gruta, com a pegada de vários artistas.
Jorge Silva Melo (1948-2022): Ainda não acabou
Na sequência do falecimento, aos 73 anos, do encenador, ator, cineasta, dramaturgo, tradutor e crítico português Jorge Silva Melo, republicamos a grande entrevista de Maria Leonor Nunes ao fundador do Teatro da Cornucópia, originalmente publicada no número 1183 do JL, em fevereiro de 2016
João Barrento: o caminho certo da literatura
O reconhecimento de João Barrento com o Prémio Vida Literária Vítor Aguiar e Silva